O ex-técnico do Corinthians, Fábio Carille, deixou o Timão no meio de 2018 rumo ao futebol árabe após ser campeão do Brasileirão no ano anterior e bicampeão paulista. Em entrevista ao podcast “Flow Sport Club” na tarde desta quinta-feira (24), o treinador explicou sua saída do clube naquela ocasião e citou os principais motivos que o fizeram aceitar a proposta do Al Wehda, da Arábia Saudita.
De início, Carille lembrou que o Corinthians estava bem no Brasileirão de 2018 e havia acabado de vencer o Paulistão sobre o Palmeiras, no Allianz Parque. Porém, começou a ter uma debandada em seu elenco na metade daquele ano, quando perdeu Rodriguinho, Maycon e Balbuena. O técnico, que já tinha perdido nomes importantes de 2017, como Pablo e Jô, afirmou que as perdas em seu grupo o motivaram a deixar o Parque São Jorge.
“A gente estava muito bem, em segundo no Campeonato Brasileiro, acho que eu dirijo oito jogos, estávamos classificados na Libertadores e Copa do Brasil. Houve uma movimentação muito grande na época do Duilio diretor, principalmente”, disse o comandante.
“Eu sabia que a gente ia perder mais jogadores no meio do ano e não ia ter como repor. Perdeu Rodriguinho, que estava muito bem, Balbuena, que foi para a Inglaterra, e Maycon, que foi para o Shakhtar. Talvez volte pela questão da guerra. Eu já tinha perdido três, que era Pablo, Balbuena e Jô, e ia perder mais três… Foi pesando um monte de coisa onde eu decidi ir (para a Arábia).”
Carille ainda detalhou a negociação com o Al Wehda antes de decidir rumar ao Oriente Médio. O treinador disse que o clube saudita aceitou todas as suas exigências contratuais e, por isso, ele não conseguiu rejeitar a proposta.
“Logo na sequência, eu recebo a oportunidade de ir para a Arábia Saudita, contatado pelo ministro do país, onde ele fez uma reformulação no campeonato… Os times contrataram muito bem, campeonato difícil, minha primeira experiência fora, no Al Wehda, da cidade de Meca (…) Vou dizer o que aconteceu: a gente tinha informação de que o mundo árabe tinha dificuldade para pagar. Junto com empresário e advogado, começaram a discutir com clube valores, e depois contrato, as cláusulas. A gente mandava para lá, eles devolviam aceitando.”
“Aí chegou na última, o adversário falou ‘eu vou pedir uma chancela da FIFA, um carimbo, que se não pagar, vai para FIFA e recebe em cinco, seis meses. Se eles mandaram isso de volta, não tem como falar não’. Mandamos. Deu dez, 15 minutos, eles aceitaram. Falei ‘vou ter que ir’… Eu estava muito bem no Corinthians naquele período, as coisas estavam acontecendo. Eu tive três, quatro dias para pensar”, explicou Carille.
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