Mesmo com uma passagem ruim que durou cerca de três meses no clube, entre setembro e dezembro de 2018, Jair Ventura parece ter entendido o que é o Corinthians. Hoje desempregado após deixar a Chapecoense no início de agosto sem nenhuma vitória, o treinador concedeu entrevista ao “Charla Podcast” e relembrou alguns momentos vividos em seus dias no Parque São Jorge.
Jair Ventura recordou ter sido o técnico mais jovem a comandar o time profissional do Timão no século e falou sobre Emerson Sheik e Danilo, ídolos do clube que foram seus atletas em 2018 – o primeiro nasceu em 1978 e o segundo em 1979, mesmo ano em que o treinador veio ao mundo.
O filho de Jairzinho também relembrou uma conversa que teve com o ex-presidente Andrés Sanchez antes de um treino aberto para quarenta mil pessoas na Neo Química Arena, de olho em um confronto decisivo na Copa do Brasil de 2018 – o Corinthians promoveu treinos abertos para a semifinal, contra o Flamengo, e para a final, diante do Cruzeiro, mas o treinador não especificou qual foi a atividade em questão.
“Quando eu cheguei no Corinthians, eu fui o treinador mais jovem no século da equipe principal. O (Emerson) Sheik tinha a minha idade, o Sheik é (nascido no ano de) 1979, o Danilo é (nascido em) 1979, os dois jogaram a final da Copa do Brasil (de 2018) e acabaram aposentando naquele ano. E você pergunta: ‘como é que consegue gerir esses caras?’ É mais fácil. A gente tem a mesma idade. O cara vai contar história para mim? Eu sou ele, mesma idade. Lógico, eu não vivenciei o que o Sheik e o Danilo vivenciaram. O Sheik multicampeão”, disse o treinador.
“O Andrés (Sanchez, ex-presidente) me ligou terça-feira. Acabou o treino de manhã e ele falou: ‘amanhã estou precisando de um treino aberto lá na Arena’. Falei: ‘pô, Andrés. É o único dia que eu tenho para fazer jogada ensaiada e o caramba’. Aí ele: ‘então está bom, vou te dar o telefone do presidente da (Gaviões da) Fiel e você fala para ele que você não vai abrir o treino’. Eu falei: ‘não pô. Eu queria esse treino, muito (risos)’. E foi um treino aberto para quarenta mil pessoas, pô! É diferente de tudo, cara. Você trabalha com paixão. O futebol é outro mundo”, contou.
“O Andrés foi um cara que a gente teve um bom relacionamento e hoje é um amigo, também. Ele falou: ‘eu tenho medo de acontecer uma tragédia, cara. Meus filhos recebem ameaça de morte todas as vezes que a gente perde um jogo’. É muita loucura, é muita paixão que envolve. É diferente”, encerrou.
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