Presidente do Corinthians na conquista da Copa Libertadores de 2012, que completa dez anos nesta segunda-feira (4), Mário Gobbi relembrou o título inédito e revelou bastidores que marcaram a trajetória na competição.
Em entrevista concedida à coluna do jornalista Vitor Guedes, o ex-dirigente corinthiano relembrou a atuação do clube nos bastidores após o jogo de ida das oitavas de final, diante do Emelec, do Equador. A partida terminou empatada por 0 x 0, e contou com grande atuação do goleiro Cássio, mas também com reclamações por parte da delegação alvinegra sobre a arbitragem.
“O marco disso tudo foi o jogo com o Emelec (12 de maio de 2012, 0 a 0, jogo de ida das oitavas). Naquele jogo, o árbitro (José Hernando Buitrago-COL) invertia a marcação de faltas e falava para o time de Emelec: ‘vamos, o jogo é nosso, vamos jogar’. Ele expulsou o Jorge Henrique e fez de tudo para irritar nosso time. Quando entrei no vestiário, estava uma revolta muito grande de todo o elenco.
“O Danilo me chamou no vestiário e disse que nunca tinha passado por aquilo no campo em toda a sua carreira. Eu conversei com o Tite e achei que a gente tinha que dar um esculacho. Eu voltei para o campo, dei a coletiva que todos viram. Eu falei que a Libertadores era uma várzea e que não sabia porque queriam ganhar tanto.”
“A gente não podia treinar no campo, o vestiário era cheio de urina e que não sabia qual o mérito de ganhar uma competição que tinha que ganhar fora do campo. Soltei o verbo, voltamos e logo quando cheguei em São Paulo liguei para o presidente da Conmebol Nicolás Leoz e marquei uma ida lá“, completou Mário Gobbi.
Indagado em dar sua opinião sobre qual atleta se destacou mais na conquista, Mário Gobbi optou por não citar apenas um e preferiu exaltar o trabalho do grupo como um todo.
“Todos os 11 jogadores, o elenco como um todo, todo o mundo. O Danilo teve atuações fantásticas, o Paulinho, o Sheik fez os gols da final, o Cássio, a zaga jogou muita bola com Chicão e Leandro Castán, o Romarinho fez gol na Bombonera com toda a irreverência de quem é jovem… Ah, não é ficar no muro, não, mas acho que o mais forte foi o conjunto, o grupo, difícil destacar só um ou alguns.”
Nesta terça-feira (5), o Corinthians reencontra o Boca Juniors, às 21h30 (Brasília), na La Bombonera, pela volta das oitavas de final da Copa Libertadores. Na partida da ida, as equipes empataram sem gols por 0 x 0, na Neo Química Arena.
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