Roberto de Andrade, que presidiu o Timão entre 2015 e 2018, comparou os tipos de negócios feitos pelos rivais paulistas na construção de seus estádios
Nesta segunda (18), Roberto de Andrade, ex-presidente do Corinthians, concedeu entrevista à Fox Sports. Questionado se a Arena foi um erro do Clube, o ex-dirigente contestou, mas revelou que pensa que o modelo de negócio feito pelo Palmeiras para o Allianz Parque seja melhor que o do Timão, pois é mais viável.
“Não dá para falar que é um erro porque é um sonho de qualquer clube ter uma arena. Pode ser que o erro… Eu não gosto de falar isso porque não participei da forma que foi desenhada a parte financeira. Eu lembro muito bem que todo mundo criticava a forma que o Palmeiras negociou a arena dele por 30 anos com a WTorre. E o Palmeiras continua com a bilheteria, paga um aluguel para usar o campo, mas a receita do estádio é 100% do clube”, declarou.
“E nós fizemos de uma forma diferente. Só que olhando hoje, a gente vê que a forma que o Palmeiras fez foi melhor que a nossa porque a gente não consegue viabilizar. Nós vamos pagar o estádio? Vamos pagar o estádio. Talvez não no mesmo prazo, talvez até igual ao Palmeiras, em 30 anos ou perto disso. Nós fizemos em 15 anos, começamos a pagar em 2015, então faltam dez. Desses dez, estamos aguardando uma conversa com a Caixa para podermos renegociar o valor mensal e fatalmente vamos esticar o prazo. Não sei se para 15, 20… se não for 30, vai ficar muito perto disso. Podemos dizer que existiam maneiras melhores, mas não podemos nos queixar por isso, já foi”, acrescentou.
O Allianz Parque, estádio do Palmeiras, é administrado pela construtora WTorre, com contrato até 2044. Assim, o clube não tem liberdade para usar a agenda do estádio da maneira que desejar, e por isso, tem que disputar algumas partidas fora, devido a eventos e shows. Apesar disso, o clube garante para seus cofres 100% da bilheteria das partidas.
Além disso, o clube recebe da construtora 50% da renda bruta de todos os jogos que precisa fazer fora de sua arena e, ainda, parte da arrecadação de eventos, camarotes e cadeiras cativas.
Já o Corinthians tem total liberdade para usar sua Arena. Porém, a arrecadação com bilheterias e eventos vai para um fundo responsável pelo pagamento do financiamento da Caixa Econômica Federal.
Por Redação da Central do Timão
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