O Corinthians foi campeão do Brasileirão de 2005 com um elenco recheado de estrelas com os investimentos da empresa Media Sports Investment, a popular MSI. Além do título nacional, porém, aquele grupo ficou conhecido pelas diversas confusões nos bastidores.
Peça marcante daquele time, o zagueiro Betão diz que foi o elenco com mais qualidade técnica em que trabalhou em sua carreira. Mesmo assim, o jogador não esquece das brigas quase que diárias dos atletas alvinegros, além de um desentendimento entre o meio-campista Roger e o atacante Tévez.
“Digo sempre: foi o melhor elenco que trabalhei, de longe, tecnicamente. Mas, de confusão, todo dia tinha uma, todo dia. Vocês conhecem o Roger, ele é bem temperamental… Tinha dia que chegava no vestiário e cumprimentava todo mundo, tinha dia que não cumprimentava ninguém, fazia as coisas dele. E teve uma época, por um problema pessoal, que ele ficou um tempo na casa do Tévez. Ele passou um tempo lá e depois conseguiu se ajeitar e voltou à rotina normal”, disse o defensor, atualmente no Avaí, ao programa “Resenha ESPN”.
“Passou um tempo, e dia que não cumprimentava, dia que cumprimentava… E teve um dia, numa resenha de vestiário, que falaram: ‘Alguém quer falar alguma coisa?’. E o Tevez: ‘Yo (eu) quero. Roger, o que acontece? Você morou na minha casa e agora nem me cumprimenta mais. O que está acontecendo?’ E o Roger, daquele jeito: ‘Não, não é nada não’… O Carlos Alberto levantou e ‘eu também quero falar agora! Roger, você tem que começar a tocar a bola para mim! Você não está tocando a bola para mim!’ Misturou as conversas, já viu…”
Quem também se lembra muito bem das confusões do Corinthians de 2005 é o ex-meia-atacante Dinélson, que se aposentou em 2020. Ele citou outra briga envolvendo o argentino, desta vez com Carlos Alberto, que começou após uma “jogada normal” em um treino.
“Nada, só uma jogada normal e tal… O Carlos Alberto com o Tévez ali, os dois davam uma briguinha. Foi uma jogada, e o Carlos Alberto entendeu que ele (Tévez) foi mais forte em mim, só que eu não percebi nada. Era imprensa me ligando, e nem sabiam, não tinha muito esse recurso de telefone. Mas, na concentração, meu telefone tocando, tocando… Atendo o jornalista, e eu, na minha cabeça: ‘De que lado vou ficar?’ Comecei a ficar nervoso, gaguejar e desliguei. Problema deles. Eu vou defender Carlos Alberto? Tévez? Fiquei nervoso, gaguejava“, recordou Dinélson.
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