O ex-diretor de marketing do Corinthians de 2008 a 2012, Luis Paulo Rosenberg revelou um projeto antigo para transformar o Parque São Jorge em uma arena para o clube, isso antes da construção da Neo Química Arena.
Em entrevista ao Pendlcast, uma das muitas perguntas feitas para Rosenberg estava a de transformar o Parque São Jorge em um projeto multiuso, semelhantemente como foi feito no Ginásio Ibirapuera, onde a Prefeitura de São Paulo concedeu a área para um complexo multiuso ser construído.
O ex-dirigente falou que seria possível fazer algo para seis mil pessoas, e seria inviável de maior escala. Para justificar a ação, Rosenberg acabou revelando um projeto feito antes da construção da Neo Química Arena. A ideia era transformar o Parque São Jorge no novo estádio do Corinthians, mas devido a problemas com a CET não foi possível.
Veja a resposta dele na integra:
“Nós tentamos trabalhar essa hipótese, mas tem um problema sério que é o seguinte, a gente está numa área muito congestionada da marginal, então realmente complica a vida da cidade. Vocês sabem que antes de fazer o projeto de Itaquera, o Aníbal Coutinho, mesmo arquiteto, fez um projeto colocando a arena dentro do Parque São Jorge, mais bonito do que o de Itaquera. Dentro da fazendinha, ele foi tão inteligente. Eu falei “Você vai brigar com tudo quanto é sócio e eu não vou conseguir aprovar” Ele fez em andares, e em cada andar, como se fosse um cometa, a calda do cometa em patamares, em um patamar ele colocou o Basquete, em outro a peteca, no outro o playground, de tal forma que ele reproduzia pra cima tudo o que tinha embaixo. Mas uma arena incrível. Quando a CET fez os estudos de tráfico falaram “Eu sei que vocês têm poder político pra colocar São Paulo de pé pra aprovar esse projeto, mas o estrago que vocês vão fazer, nós vamos lutar até o último homem, porque vai ficar intransitável a Marginal Tietê”, declarou o ex-dirigente do Timão.
Na mesma fala, Rosenberg é questionado se a Radial Leste, avenida que passa do lado da Neo Química Arena, não ficaria intransitável em dia de jogo, como a Marginal Tietê, no possível projeto.
“Mas olha onde você já está, o fluxo de trafego lá (na Radial Leste) é muito pequeno, aqui não (se referindo a Marginal Tietê). Aqui eu vou atrapalhar um bando de pai de família que está querendo ir pra casa, até pra sentar e assistir à televisão para torcer pra nós. Se a gente fizer em pequena escala, alguma coisa assim que comporte cinco, seis mil espectadores, acho que dá pra pensar, ou clientes de shopping, mas é muito limitado em comparação aos outros clubes”, completou Rosenberg.
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