Luxa poderia ter comandado o Timão com quase dez anos de antecedência
Convidado no programa “Histórias Corinthianas” da TV Central do Timão neste sábado, o ex-vice-presidente e diretor de futebol do Corinthians Tomas Lico Martins foi questionado se quando contrataram Nelsinho Baptista em 1990, o nome de Vanderlei Luxemburgo esteve em pauta. O treinador viria a comandar o Corinthians no final da década, levando os alvinegros ao seu segundo título brasileiro em 1998.
O interesse surgiu após a final do Campeonato Paulista de 1990, disputada entre Bragantino, treinado por Luxa, e Novorizontino, comandado por Nelsinho Baptista. O time de Luxa ganhou o título paulista e, posteriormente, Nelsinho levaria Corinthians a conquistar o seu primeiro Campeonato Brasileiro, naquele mesmo ano.
“Naquela época tinha acontecido aquela final caipira, Bragantino e Novorizontino. O Bragantino era dirigido pelo Vanderlei e o Novorizontino era dirigido pelo Nelsinho Baptista. Lembro que na época se cogitou sim o Vanderlei. Eu era um defensor do Vanderlei, pessoalmente”, explicou Lico.
Vice-presidente na era Vicente Matheus, Lico é um admirador de Luxemburgo até hoje. Para ele, a frase “o medo de perder tira a vontade de ganhar”, dita pelo treinador, resume o que ele mais gosta no comandante: a busca por um jogo mais ofensivo e ousado, em vez de apelar para a retranca:
“Para mim, isso reflete esses times que ficam na defesa, defesa, defesa… e não ousam ganhar. Então, eu na época era um que defendia o Vanderlei. Mas foi mais fácil para o Nelsinho, ele foi um ótimo treinador”, afirma o ex-vice.
Por outro lado, Lico também elogiou Nelsinho Baptista, que acabou sendo mais reconhecido fora do Brasil: “Ele teve uma carreira muito externa depois do título. Principalmente [no] Japão. Nelsinho foi para lá, fez a vida dele lá, é muito respeitado por lá, mas no Brasil ele nunca mais teve destaque, diferente do Vanderlei”, disse ele.
O ex-dirigente também ressaltou a importância da chegada de treinadores estrangeiros ao futebol brasileiro: “Acho importante para o futebol essa transição, esse intercâmbio com técnicos de fora. Não podemos ficar só pensando nos técnicos daqui. Nós temos de pensar também, abrir a nossa cabeça para os técnicos de fora”, completou.
Confira a entrevista com Tomas Lico Martins na íntegra:
Por Eduardo Quintino/Redação da Central do Timão
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