Na última quinta-feira (02), o Corinthians publicou o 28° episódio da websérie “As Brabas”. O novo capítulo tem como protagonista a zagueira Érika, uma das principais personalidades do futebol feminino brasileiro.
O vídeo possui cerca de 16 minutos e pode ser visto na íntegra pela Corinthians TV e no app Universo SCCP.
Primeiramente, Érika contou como iniciou seu sonho de ser jogadora na infância. “Eu comecei a jogar bola aos sete anos de idade, na escola do Marcelinho Carioca. Então você já imagina, corinthiana desde pequena. Eu tenho um irmão e ele sempre foi aos jogos do meu tio, que era jogador. Eu acho que comecei dessa forma (querer ser jogadora), porque onde meu irmão estava eu queria estar também.”
“Eu fui a primeira menina na Escolinha do Marcelinho Carioca, jogava no meio dos meninos. Eu acho que isso durou por uns dois ou três anos. Eu mesma levava as meninas da minha escola, elas gostavam de jogar futebol. Eu falava: ‘Vamos para lá, eu faço nessa escolinha’. Elas reclamavam porque não tinham outras meninas e eu questionava: ‘O que é que tem? Tem eu‘, recordou.
A zagueira ainda diz que outra profissão brigava com a de jogadora na infância. “Teve uma época na minha vida que eu comecei a ser modelo, por causa do tamanho e do biotipo. Mas, eu não gostava muito, eu desfilei apenas uma vez. Toda vez que tinha o futebol eu deixava essa parte de modelo para lá. Teve uma vez que eu fui para um desfile importante e saí no meio. Falei para minha mãe me levar o mais rápido possível e quero chegar a tempo. E foi aí aos 12 anos que eu percebi que o que eu queria mesmo era futebol.”
Érika também revelou quem foi sua maior inspiração para se tornar jogadora. “A pessoa que sempre me inspirou a jogar futebol foi a Cici. É engraçado tudo isso porque ela faz parte da minha vida hoje. Eu conheci ela pessoalmente com 12 anos, fazendo um teste de futsal na Associação SABESP, e ela estava lá no treino. E eu já assistia ela na televisão, não passava muito, mas eu já procurava sobre. Do jeito dela, carequinha, perninha canhota, ela mal corria, porque era muito técnica.”
“E eu falei para minha mãe que eu queria conhecer ela, e naquele dia o maior teste de idade era para 15 anos e eu fui treinar mesmo assim. E falaram que eu conseguiria jogar com essas meninas sim. Quando olha para trás, a Cici. Me emocionei na hora, com 15 aninhos”, continuou Érika.
“Ela falou para mim: ‘Tudo bem, baixinha?’ E eu com aquele olhar não conseguia falar com ela. A Cici tirou a camisa e me deu para segurar, até hoje eu tenho. Uma camisa de manga longa escrita ‘Brasil‘.”
Erika ainda contou que, em 2009, quando se transferiu para os Estados Unidos, Cici foi sua auxiliar técnica. Além disso, uma das principais jogadoras da história da Seleção Brasileira voltou a jogar no mesmo clube da zagueira corinthiana.
A defensora de 34 anos também falou sobre a evolução do futebol feminino. “Hoje temos muito mais profissionais, muito mais material para a modalidade crescer. Então, eu não posso deixar que isso regrida. Eu vou fazer o máximo até o fim da minha carreira. Vemos isso, só que estamos trotando, eu quero correr nesse crescimento. Acredito que falte muito ainda pra isso, mas estamos em uma crescente.”
“Antigamente, eu estava nas Olímpiadas 2008 e recebia 300 reais. Eu jogadora de Seleção e todos achavam que eu estava rica, pois para todo mundo se você joga futebol você é rico, não importa a categoria. Eu sempre gostei de jogar futebol, nunca foi por dinheiro, mas chega uma hora que a gente precisa se manter. Chega uma hora que tudo precisa mudar. Que bom que eu consigo fazer aquilo que eu amo e me manter”, concluiu.
Veja mais:
Escalação: Corinthians faz treino tático na preparação para enfrentar o Botafogo-SP
Cássio exalta Paulistão e fala sobre próximo adversário do Corinthians: “Muito qualificado”
Hyoran no Corinthians? Meia e diretor do Atlético-MG negam: ‘Nunca oferecemos jogador algum’
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados