Caçula do Corinthians campeão Mundial em 2012, Giovanni Piccolomo, atual camisa 10 do Coritiba, falou sobre como Tite colocou Jorge Henrique na final e deu um “nó” no Chelsea
Formado na base do Corinthians, Giovanni Piccolomo, campeão do Mundial de Clubes FIFA 2012 com apenas 18 anos, concedeu entrevista ao jornalista Pedro Suaide do canal Espn.
Falando sobre o Mundial, o meia, hoje camisa 10 do Coritiba, revelou quem mais lhe chamou atenção no torneio.
“Para mim, o Jorge Henrique mudou a forma do futebol. Eu acho que hoje os extremos voltam a marcar graças a ele e o que ele fazia lá em 2012”.
Giovanni destacou ainda como Tite usou Jorge Henrique como um ‘antídoto’ para anular o craque belga Hazard e diz que ele ‘mudou o futebol’.
“O Jorge era um cara que atacava e defendia da mesma forma, tinha um fôlego impossível. O Tite colocou ele para reforçar a dobra da marcação, pois sabia que o lado esquerdo do Chelsea era muito forte, com o Hazard. O Alessandro marcava muito bem, então ele automaticamente também caía no setor do Ralf, e o Jorge sempre ajudava… Acho que foi uma escolha muito feliz, por ser um jogo diferente.”
Depois de brilhar na Copinha 2012, Giovanni foi alçado ao time profissional por Tite. Ganhou reconhecimento da Fiel torcida quando descartou disputar o Sul-americano com a Seleção sub-20 para ir ao Japão com o Corinthians na disputa do Mundial de Clubes FIFA 2012, mesmo sabendo que dificilmente sairia do banco, o que de fato ocorreu.
Teve um início de 2013 com muitas expectativas, por ter terminado muito bem o ano anterior. E teve a chance para mostrar seu futebol nas três primeiras rodadas do Campeonato Paulista 2013, onde o técnico Tite resolveu poupar seus principais jogadores. Mas não conseguiu puxar os holofotes para si, pelo fato de jogar sobrecarregado na armação e junto com muitos reservas, causando baixo rendimento na equipe.
Após o retorno dos titulares e com as contratações das estrelas Renato Augusto e Alexandre Pato, aumentou muito a concorrência no setor ofensivo e não teve mais oportunidades. Já no meio do ano, iniciou uma série de empréstimos por equipes menores. Cedido ao Tigres do Brasil-RJ em 2016 para jogar o Campeonato Carioca, Giovanni perdeu as esperanças de ser aproveitado no Parque São Jorge.
À época, o elenco do Corinthians tinha os meias Rodriguinho, Marlone e Danilo, enquanto a aposta para o futuro era em Matheus Pereira. Assim, Giovanni deixou o Corinthians e encontrou o Náutico.
Hoje, camisa 10 do Coritiba, não esquece a admiração que sempre teve por Jorge Henrique.
“Quando subi para o profissional, fazia a posição do Jorge. Então fiquei uns três meses treinando de lateral-direito para aprender a fazer o que ele fazia, de atacar e defender do mesmo jeito”.
Por Redação da Central do Timão
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