O volante Edenilson, do Internacional, se manifestou nas redes sociais após a divulgação do laudo oficial de leitura labial, realizado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul para apurar a acusação de injúria racial registrada contra Rafael Ramos. O documento de 40 páginas conclui que não é possível identificar o que foi dito pelo jogador do Corinthians.
Em sua conta oficial no Instagram, Edenilson publicou uma foto nos stories com o punho erguido e uma mensagem: “Não iriam nos calar? Já nos calaram. Se ofendidos aceitem, engulam a seco. Finjam que não escutaram, é uma luta desleal, é uma luta inconclusiva“.
Além disso, Edenilson também alterou seu nome na “biografia” do perfil para “Macaco Edenilson Andrade dos Santos” e arquivou todas as suas publicações.
O laudo solicitado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul não conseguiu identificar o que Rafael Ramos disse a Edenilson em 14 de maio, no Beira-Rio, no empate por 2 x 2 entre Corinthians e Internacional. O jogador colorado acusa o lateral-direito de tê-lo chamado de “macaco”. Depois do jogo, o atleta corinthiano foi detido em flagrante pela polícia por injúria racial e liberado após pagar fiança de R$ 10 mil.
O documento do Instituto Geral de Perícias foi entregue nesta quarta-feira, 8, como sequência do caso no âmbito criminal. Segundo nota divulgada pelo IGP, a maior parte dos gestos que compõem a fala de Rafael Ramos ocorrem na “porção interna da cavidade oral”.
“Por essas razões, é impróprio que a perícia criminal oficial do Estado afirme, com responsabilidade do ponto de vista processual e científico, o que foi proferido pelo jogador na cena questionada“, diz o texto.
De acordo com a Polícia Civil, quatro vídeos foram enviados para análise, e o maior deles foi selecionado para melhora da qualidade da imagem. Foram extraídos 41 frames deste vídeo, mas, mesmo assim, não foi possível decifrar as palavras proferidas pelo português por meio de leitura labial. As imagens não apresentam os elementos necessários para definir se houve ou não ofensa racial por parte de Rafael Ramos.
O inquérito será encaminhado para o Ministério Público (MP) sem nenhum pedido de indiciamento contra o jogador do Corinthians. A partir disto, o MP deve decidir se dará prosseguimento ao caso na Justiça ou não.
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