- Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão
A diretora Cris Gambaré é o nome forte por trás do time feminino multicampeão do Corinthians nos últimos anos. Responsável por grande parte do sucesso da modalidade no clube, a dirigente comemora o fato de ter conseguido profissionalizar a categoria há dois anos.
Em entrevista ao podcast “A Glória é Delas”, da Conmebol, Cris detalhou o processo de profissionalização do Corinthians Feminino, o que ocorreu em 2020. Ela acredita que a modalidade é um produto que vende e dá audiência se for bem trabalhado, tendo em vista o crescimento midiático dos últimos anos.
“Foi evolução. A gente foi entendendo o cenário a cada ano e foi evoluindo. Não dá para ficar na zona de conforto. O futebol feminino é um produto e um produto bom, que vende e tem audiência. Sendo bem trabalhado, vai ser facilmente autossustentável. Foi quando a gente conseguiu entender um pouco mais desse cenário”, disse Gambaré.
A diretora corinthiana lembrou que o time comandado por Arthur Elias conquistou títulos importantes antes mesmo de ser profissionalizado. Isso fez com que ela lutasse ainda mais por todos os direitos legais das atletas, como registro em carteira de trabalho e direitos de imagem.
“Em 2018, ganhamos. Em 2019, fomos para a Libertadores e ganhamos. Tem volta? Não. E aí, com a parte jurídica, financeira e com os presidentes, que sempre foram muito próximos à modalidade. E isso nos engrandece e nos fortalece, porque as decisões perante CBF, Conmebol e Fifa, vêm direto do presidente compartilhado com nosso departamento.”
“E aí definimos, não tem mais volta, vamos fazer o que é certo. O que é certo? É fazer exatamente como é o masculino. CLT, direito de imagem, todas as garantias de trabalho delas, garantias que elas podem ser consideradas profissionais do futebol“, declarou a dirigente.
Cris Gambaré também celebrou o fato de o futebol feminino ser mais visto e respeitado nos últimos anos. Por fim, comemorou e agradeceu todo o apoio recebido pelo presidente Duilio Monteiro Alves.
“(O futebol feminino) não está só sendo visto, mas respeitado. Só visto não adiantaria. Temos um respeito cultural, dentro dos clubes também. Sempre foi um mundo onde homens participavam de toda a esfera do futebol, e sabemos que conseguimos ano a ano subir um degrau. O presidente sabe o quanto é grande e qual é o trabalho que é feito, esse apoio que ele nos dá, essa importância, não só para a modalidade e para os profissionais, mas para todo o movimento de mulheres querendo trabalhar, isso é tão importante“, concluiu.
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