Desde que surgiu, a categoria Sub-23 do Corinthians gera questionamentos na torcida e na imprensa, seja pelo alto número de contratados ou pelos critérios mal explicados para contratações.
Segundo Jacinto Antônio Ribeiro, o Jaça, diretor do departamento de formação de atletas do Corinthians e conselheiro vitalício do clube, ao portal Gazeta Esportiva, a criação do Sub-23 no Corinthians foi uma missão que lhe foi dada pelo presidente Andrés Sanchez:
“Até o início do ano passado, não tínhamos Sub-23. O Roberto (Andrade) disse que a CBF obrigaria os clubes a ter, e o Andrés me deu essa missão. Faltavam dois meses para o campeonato começar e nós não tínhamos time nenhum, não tínhamos técnico… tivemos que montar o time e fomos atrás de indicações e observações”
Com mais de 30 atletas contratados, o elenco de Aspirantes do Corinthians disputa apenas o Campeonato Brasileiro da categoria no momento, e fornece alguns atletas para a equipe alternativa que disputa o Campeonato Paulista Sub-20.
“Hoje, nós temos 31 jogadores no Sub-23. Alguns ficam pouco tempo. Renovamos alguns contratos recentemente, mas isso também só aconteceu porque o campeonato vai até março, e não mais até dezembro. Por isso, alguns foram renovados até o fim do campeonato. Só isso”.
O último atleta contratado foi o zagueiro Heitor Casagrande de 22 anos, sem registro profissional nos últimos dois anos. O fato causou indignação na Fiel Torcida, que chegou a levantar uma hashtag de repudio a quantidade de contratações sem critério da categoria. Sobre isso o Jaça explicou:
“Até hoje, nós nunca contratamos. Contratação que eu entendo é ir lá e pagar pelo jogador. Todos vieram e o Corinthians nunca gastou 1 centavo. O Hugo Borges (atacante) é o que ganha mais, isso porque ele estava no profissional do Vasco já. Indicaram, veio, ficou três, quatro semanas sendo observado e ficamos com ele. O Vasco ficou com 40% e cedeu 60% dos direitos. Ele ganha R$ 20 mil, o mesmo salário que ele ganhava no Vasco. Mas, a média é de 3, 4 mil, tem um ou outro que ganha 7 ou 8 mil. Outra exceção é o rapaz que veio do Flamengo, o Gabriel Silva (atacante), também foi profissional lá, e ganha R$ 12 mil… O gasto todo não chega a R$ 200 mil por mês”.
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