Contagens de Corinthians e Palmeiras se diferem no número de jogos, veja
Nesta quarta-feira (22), o Corinthians recebe o Palmeiras pela 11° rodada do Campeonato Paulista. Além de ser o retorno do futebol pela pandemia causada pelo Covid-19, outra polêmica paira no ar: a contagem de jogos e vitórias no Dérbi.
O Timão contabiliza 127 vitórias para cada time, além de 108 empates. Já o rival, conta 131 triunfos para si, 129 derrotas e 113 empates. São 11 jogos de diferença na contagem de cada clube.
A explicação da polêmica é que o Palmeiras coloca nos números as partidas do Torneio Início, disputado de 1910 a 1950; além de um confronto pela Taça Henrique Mundel. O Corinthians não considera dez desses confrontos, afinal os jogos foram realizados com um tempo diferente do habitual naquela época.
O 11° jogo restante é um W.O. do Palmeiras em 1923, em que o Corinthians conquistou o Campeonato Paulista sem jogar a final. O Palmeiras descarta a partida por ela não ter acontecido dentro de campo. Os historiadores de cada clube explicam seus posicionamentos.
“Não conto jogos com duração inferior aos jogos normais da época. A questão é que essas partidas não tinham o tempo regulamentar padrão dos jogos da Fifa. Torneio Início eram jogos de 10 minutos e alguns de 15 minutos”, explica Celso Unzelte, autor do Almanaque do Timão, jornalista e historiador do Corinthians, que ainda completou.
“São jogos que não têm a duração normal. Ninguém nega a existência do Torneio Início, está lá registrado, mas, para efeitos estatísticos, a maioria dos especialistas não leva a sério. Lá fora não levam nem amistosos, quanto mais Torneio Início”, continuou em declarações para entrevistas.
Já Fernando Galuppo, historiador e jornalista especialista no Palmeiras, explicou em publicações que para o Palmeiras o Torneio Início é uma competição importante.
“A questão do Torneio Início do Palmeiras, dentro da metodologia, ele entende que é uma competição importante. É uma competição que se iniciou nos anos 1910 e foi jogada até os anos 50. Você não considerá-la como algo relevante na construção da identidade do futebol paulista, você estará desconsiderando parte importante da nossa história”, argumentou Galuppo em publicações e entrevistas.
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Por: Vini Bonadie / Redação Central do Timão