Finalidade é ampliar a visibilidade do Campeonato Brasileiro no exterior, além do retorno financeiro aos clubes envolvidos
Em reunião por videoconferência com a presença de 31 clubes, na tarde desta sexta-feira (17),foi concluída a primeira fase do processo de seleção das empresas para exploração dos direitos internacionais de transmissão do Campeonato Brasileiro, Séries A e B, e os direitos internacionais para streaming for betting (sites de aposta).
Iniciada há mais de 10 meses, a seleção das empresas foi definida apenas com o voto dos clubes. Em nota divulgada em seu site oficial, a CBF afirma que a entidade abriu mão de qualquer participação econômica no contrato em favor dos clubes.
Os clubes optaram, nessa primeira fase, pela proposta das empresas Global Sports Rights Management (GSRM) para direitos internacionais para TV aberta, TV fechada, Pay Per View, internet e OTT/streaming; e pelas empresas Zeus Sports Marketing e Stats Perform para direitos internacionais para streaming for betting.
Ainda segundo a nota da CBF, o processo não está concluído. Começa agora uma segunda fase, onde as empresas selecionadas passarão por validação do alvo de trabalho, atendimento às normas de governança e conformidade, apresentação das garantias financeiras e formalização dos instrumentos contratuais.
Os clubes pretendem fechar contratos com as empresas com duração de quatro anos (2020, 2021, 2022 e 2023), visando sempre ampliar a visibilidade do Brasileirão no exterior, além do retorno financeiro aos clubes envolvidos.
Os valores não foram informados, mas estima-se que os clubes definiram a questão em torno de um acordo de cerca de US$ 40 milhões pelo período. Teoricamente, os times da Série A ficariam com 75% do valor, com divisão igualitária entre eles. Os representantes da Série B levariam 20% e os da Série C teriam 5%. O martelo ainda não foi batido. Os direitos para países de língua portuguesa não entram no acordo já que pertencem, atualmente, à Rede Globo.
Mas ainda há outros dois pontos que podem gerar um adicional de receita para os caixas das agremiações.
Anteriormente atrelados aos direitos de TV, os direitos de streaming e os betting streaming rights (streaming para sites de apostas), também estão na vitrine e com preços individuais.
O streaming é a transmisssão como já conhecemos para dispositivos móveis e computadores. Já o betting streaming rights são vídeos que os sites de apostas costumam exibir para apostadores, e assim eles possam alterar suas apostas. Esses vídeos tem qualidade de definição menores e limitação no tamanho de exibição de tela.
Segundo a ESPN, os clubes esperam obter algo em torno de 20 a 30% do valor obtido com as vendas dos direitos de TV. Não se trataria de uma grande arrecadação, por se tratar de algo novo.
Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
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