Revelado pelo Guarani, jogador marcou apenas três gols na temporada e estaria com as negociações avançadas com o Corinthians
Na tarde desta quinta-feira (19), torcedores do Corinthians criaram campanha #DavóNão em hashtag no Twitter, repudiando a contratação do atacante Matheus Davó, que pertence a Elanko Sports e atuou pelo Guarani na última temporada.
Os torcedores entendem que, além do atleta não ter demonstrado bom futebol na temporada, falta transparência em negócios com a Elenko, que tem participação de um ex-conselheiro do clube e em jogadores com esse perfil. Recentemente jogadores como Luidy, Matheus Jesus dentre outros jovens agenciados pela Elanko, chegaram ao clube sem grande destaque.
Na quarta-feira (18), o presidente do Guarani, Ricardo Miguel Moisés, revelou, em entrevista coletiva, que a negociação do atleta Davó deve ser anunciada pelo Corinthians antes mesmo das festas de fim de ano.
Ricardo Moisés disse, ainda, que a negociação do Guarani foi com a Elenko Sports, em agosto, que desde então, possui 80% dos direitos econômicos do atleta. O clube não teria mais nenhum poder de decisão sobre o jogador, pois recebeu o valor referente aos 40% – R$ 800 mil -, mas ficará com 20% dos direitos econômicos de negociações futuras.
A Elenko Sports agencia outros quatro jogadores do Corinthians: Gabriel, Danilo Avelar, Renê Junior e Matheus Jesus e é quem conversa diretamente com a diretoria do Corinthians. A negociação está encaminhada, faltando detalhes burocráticos que, provavelmente serão resolvidos antes do final desse ano.
Davó chamou atenção ao fazer quatro gols no Internacional, na fase decisiva da Copa São Paulo. Após o torneio, renovou contrato até março de 2022, com multa de R$ 8 milhões para o mercado nacional. Pelo time profissional do Guarani, foram 30 jogos, com três gols.
Veja algumas publicações de torcedores do Corinthians em suas páginas no Twitter, e ao final, um resumo das especulações e negociação de Matheus Davó com o Corinthians:
No início de outubro, o jornalista Flávio Ortega, setorista dos canais ESPN no Corinthians, informou que Matheus Davó seria o primeiro reforço do Timão para a temporada 2020. De lá para cá, muito se tem especulado sobre o assunto.
Duílio Monteiro Alves, diretor de futebol do Corinthians, presente em reunião do Conselho Técnico do Campeonato Paulista 2020, realizada na Federação Paulista de Futebol, em outubro último, ao ser questionado sobre a negociação de Davó, desconversou e disse que Andrés Sanchez é o encarregado do negócio:
“Não está definido. O Corinthians observa o Davó há tempo. Trata-se de um excelente jogador. Por enquanto, é isso. Início de conversa. O presidente toca isso pessoalmente. Vamos aguardar. Difícil falar em cima de especulação. Não sei nem se será contratado”, comentou Duílio.
No mesmo dia, em entrevista a uma rádio de Campinas/SP, Ricardo Miguel Moisés, presidente do Guarani, falou que as conversas estavam em estágio avançado, e o acordo deveria ser fechado até o final do ano, mas, o Guarani tinha como foco escapar do rebaixamento no Brasileirão Série B e precisava do atacante. O Guarani terminou a Série B na 13ª colocação na tabela, com 44 pontos e o atacante Davó marcou apenas três gols.
Novo capítulo
No início deste mês, em entrevista para a Rádio Central, de Campinas, Ricardo Miguel Moisés, confirmou que havia acertado a venda de 40% dos direitos do jogador junto a seu próprio empresário ainda em agosto:
“O Guarani ainda tem 20% do Davó. Houve, sim, no final de agosto, negociação de 40% dos direitos econômicos dele com o próprio atleta e com o empresário”, revelou o presidente bugrino.
Perguntado se o atleta já havia acertado com o Timão, o presidente do clube de Campinas foi bem categórico:
“- Não, o Davó ainda não está fechado com o Corinthians. Há sim, esforço da diretoria em conseguir segurá-lo para o Paulista”.
Exigência
O Guarani fez uma exigência para liberar Davó. O Bugre pede uma cláusula contratual proibindo o Corinthians de emprestar o jogador a Ponte Preta nos próximos três anos. O temor de ver Davó atuar em seu “grande rival” existe por conta do excesso de negociações entre o Timão e Ponte Preta.
Por Redação da Central do Timão
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