Empresário em sua cidade natal, Danilo Avelar mostra compreensão com a situação financeira do Corinthians durante pandemia
A pandemia de coronavírus causou a paralisação do futebol no Brasil e há quase dois meses os clubes não entram em campo. Dessa maneira, a falta de jogos ocasionou em uma crise financeira ainda maior no Corinthians. A diretoria, inclusive, já anunciou o corte de 25% no salário dos jogadores e 70% para os funcionários que recebem acima de R$ 3 mil.
Porém, apesar das dificuldades, o clube ainda acha que não é o momento de voltar. Andrés Sanchez já se pronunciou dizendo que não adianta retomar os treinamentos com 500, 800 mortos por dia no país. E parece que o pensamento se estende também para os atletas do Timão. Pelo menos é o que pensa – o agora zagueiro – Danilo Avelar.
“Sou a favor daquilo que seja com segurança, seja para atletas profissionais, seja para pessoas que trabalham dentro do estádio. Óbvio que vai muito mais além do que um jogo, não são só dois times em campo, tem toda uma estrutura em volta, funcionários trabalhadores”, disse o jogador á Rádio Globo. Danilo ainda reforça a preocupação com uma volta segura.
“Na verdade, a questão financeira neste momento não me preocupa, pelo fato de que a preocupação hoje é essa pandemia. Acho que isso vai além de qualquer questão financeira, óbvio que de uma certa maneira isso afeta, mas temos que nos preocupar com a saúde, com a segurança das pessoas e consequentemente depois que tudo isso passar você consegue analisar com mais clareza as questões financeiras”, disse o jogador.
Além de jogador, Danilo Avelar é empresário, já que administra um restaurante em sua cidade natal, no interior de São Paulo. Trazendo a vivência no mundo dos negócios, o zagueiro argumenta que não tem que concordar ou discordar das medidas do clube, mas sim compreender a situação.
“Eu não tenho que achar justo ou não, eu tenho que saber entender a situação. Para ter acontecido esses cortes salariais, seja atleta ou funcionário, não só do Corinthians como de outras pessoas, é porque existe uma força maior. Existe um porquê, que não cabe a mim falar, porque não estou dentro dos bastidores para saber o que se passa financeiramente em uma grande empresa, que é o Corinthians, porém sou empresário também, tenho funcionários, tenho empresa, sei o que é pagar taxas, juros, entendo os funcionários. Então entendo perfeitamente a situação financeira de uma empresa nesse momento em que todo mundo foi pego de surpresa”, disse o atleta.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
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