- Por Ruan Phelipe / Redação da Central do Timão
De acordo com o relatório Convocados 2023, elaborado pelo economista Daniel Grafietti, com apoio da empresa OutField Inc. e Galapagas Capital, o Corinthians se destaca no cenário das negociações de atletas, juntamente com o São Paulo, sendo estes os maiores destaques em termos de valores relevantes.
No que diz respeito à composição de receitas com negociações de atletas por clube, os valores são corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Tanto o São Paulo quanto o Corinthians tiveram números expressivos nesse aspecto. Vale ressaltar que no caso do São Paulo, essas receitas são impactadas em cerca de R$ 100 milhões pela revenda de atletas que já estavam na Europa, como Antony e Casemiro.
Outros clubes que também se destacaram foram Internacional, Athlético, Coritiba e Fortaleza, movimentando valores menores, mas relevantes para suas estruturas. Além disso, clubes como Atlético GO, Avaí e Cuiabá também tiveram negociações relevantes. Por outro lado, Palmeiras e Flamengo continuam negociando valores elevados, apesar da forte redução na equipe rubro-negra. Santos, Fluminense e Grêmio, que tradicionalmente são vendedores, reduziram suas negociações, mas ainda mantiveram números elevados.
No caso específico do Corinthians, os números mostram que as receitas com negociação de atletas representaram 14% das receitas totais em 2022, enquanto em 2021 essa representatividade foi de 6%. Em termos monetários, as receitas totais do Corinthians foram de R$ 534 milhões em 2021 e R$ 737 milhões em 2022. Já as receitas provenientes de negociações de atletas alcançaram R$ 30 milhões em 2021 e R$ 104 milhões em 2022.
Embora seja claro que os clubes não devem depender exclusivamente dessas receitas, pois são incertas, é inegável que elas fazem parte da estrutura da indústria do futebol. O aspecto principal a ser avaliado é o nível de dependência que os clubes têm em relação a essa fonte de receita. As simulações realizadas apontam que o intervalo ideal fica entre 10% e 25% das receitas totais, desde que haja alguma recorrência.
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