Na última segunda-feira (29), foi produzindo, por meio de uma reunião, um novo e mais rígido protocolo para a realização das partidas do Campeonato Paulista, em uma tentativa de convencer o Ministério Publico da segurança do torneio.
O novo documento é assinado por médicos da comissão técnica da FPF e dos clubes, que inclui cortar ainda mais as pessoas envolvidas nas partidas e se necessário, uma espécie de ”bolha” com monitoramento constante, onde os atletas fiquem contidos antes dos jogos.
O Corinthians, no entanto, já iniciou os processos, e passou a obrigar o uso contínuo de máscaras e álcool em gel para a higienização das pessoas que trabalham e acessam o CT Joaquim Grava diariamente. Os únicos liberados a não usarem são os atletas quando estão em campo.
Além do mais, a equipe vem reforçando outras práticas no combate à pandemia. Os testes e a temperatura dos funcionários vem sendo testados diariamente e o departamento médico vem sendo mais rígido com aqueles que frequentam o local.
Vale ressaltar, que agora os atletas que quebrarem o protocolo da Covid-19 podem ser penalizados com multa e até suspensão de partidas. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê que os protocolos fazem parte do regulamento das competições, cabendo punições para o atleta que não cumpri-lo. É o que diz o advogado especializado em direito desportivo, Victor Targino, ao ‘Lei em Campo’ no UOL Esporte.
“O protocolo instituído pela entidade de administração do desporto tem natureza de regulamento de competição. Portanto, o descumprimento recairia na tipificação do artigo 191, III, do CBJD. Ainda que assim não fosse, o descumprimento intencional dos protocolos sanitários instituídos, mesmo aqueles decorrentes das autoridades públicas, expõe os colegas de profissão a risco de contágio de doença grave, conduta potencialmente passível de enquadramento no artigo 258 do CBJD.”
Um exemplo de quebra do protocolo sanitário que indignou a Fiel Torcida recentemente ocorreu com Jô e Otero. O atacante publicou um vídeo em um resort na Bahia, num momento em que o Corinthians enfrentava um surto da doença, com mais de 20 pessoas, entre atletas e comissão técnica infectadas. O meia Otero aparecia no vídeo juntamente com Jô e família. Apesar do descumprimento, nem o Corinthians, nem a Federação Paulista de Futebol ou a CBF tomaram qualquer providência.
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