O Corinthians está nas oitavas de final da Copa Sul-Americana! Na noite desta terça-feira, 18, o Timão foi até o Estádio Monumental de Lima, no Peru, para reencontrar o Universitario, pelo jogo de volta dos playoffs da competição continental. Os comandados de Vanderlei Luxemburgo venceram o primeiro jogo por 1 x 0 e voltaram a ganhar, agora por 2 x 1. Maycon e Ryan marcaram os gols alvinegros.
Desde antes de a bola rolar, o clima era de guerra. Isso porque o Universitario e seus mais de 80 mil torcedores presentes do estádio prometiam revanche, primeiro pela derrota no jogo de ida e segundo pela prisão do preparador físico Sebastian Avellino Vargas no Brasil por racismo. Os donos da casa começaram com uma marcação forte e o primeiro tempo foi de pouquíssimas chances de gol.
O duelo melhorou somente no segundo tempo. A partida foi ficando mais aberta após as diversas substituições nas duas equipes e o Universitario buscava uma pressão em casa, tentando, ao menos, levar o jogo para os pênaltis. Mas Maycon, que entrou na etapa final, aproveitou rebote de uma bola na trave de Róger Guedes e abriu o placar para o Corinthians.
O resultado de 2 x 0 no placar agregado forçava o time adversário a marcar, pelo menos, dois gols para levar a decisão para os pênaltis. A missão parecia impossível, mas o torcedor peruano voltou a acreditar em uma possível classificação após Guilherme Biro cometer pênalti por toque de mão e Flores converter.
O Universitario foi para o abafa nos minutos finais, mas o Corinthians selou a classificação nos acréscimos, com o garoto Ryan. O volante do sub-20 aproveitou rebote de um chute de Róger Guedes, que puxou contra-ataque pelo meio e avançou pela esquerda, para marcar seu primeiro gol como profissional. Já eliminados, os donos da casa ainda armaram uma confusão generalizada antes do fim, que rendeu cinco expulsões.
E como fica?
O resultado classifica o Corinthians às oitavas de final da Copa Sul-Americana. O próximo adversário alvinegro na competição continental será o Newell’s Old Boys, da Argentina. Os dois jogos da próxima fase serão disputados no começo de agosto.
Próximo compromisso
O Corinthians, agora, volta a focar no Brasileirão, após duas semanas sem entrar em campo pela competição nacional. O próximo adversário alvinegro será o Bahia, no próximo sábado, dia 22, às 18h30, na Arena Fonte Nova, pela 16ª rodada do campeonato. Uma vitória em Salvador é fundamental para o elenco de Vanderlei Luxemburgo se afastar da zona de rebaixamento.
Escalação do Corinthians
Para buscar vaga nas oitavas da Sul-Americana, o técnico Vanderlei Luxemburgo utilizou, mais uma vez, uma equipe recheada de jogadores considerados reservas, como aconteceu na última rodada da fase de grupos da Libertadores, diante do Liverpool-URU, e no primeiro duelo contra o Universitario.
O Corinthians, então, iniciou o confronto na capital peruana com a seguinte formação: Carlos Miguel; Bruno Méndez, Caetano e Murillo; Rafael Ramos, Giuliano, Ruan Oliveira, Adson e Matheus Bidu; Róger Guedes e Felipe Augusto.
Titulares como Cássio, Fagner, Gil, Fábio Santos, Gabriel Moscardo, Fausto Vera, Renato Augusto e Yuri Alberto foram poupados, de olho na sequência da Copa do Brasil e do Brasileirão, e sequer viajaram para o Peru. A única exceção foi o atacante Róger Guedes, que está suspenso do jogo contra o Bahia e, para não ficar muito tempo sem atuar, foi titular em Lima.
Foram, ao todo, quatro desfalques para o técnico Vanderlei Luxemburgo: o meio-campista Paulinho (lesão no joelho), o meia-atacante Matías Rojas (não inscrito) e os atacantes Pedro (dores no quadril) e Gustavo Mosquito (em transição). Chrystian Barletta, que vinha tratando um trauma no joelho, voltou a ser opção.
O banco de reservas do Corinthians foi composto pelos seguintes nomes: Matheus Donelli, Maycon, Romero, Léo Mana, Cantillo, Guilherme Biro, Roni, Matheus Araújo, Wesley, João Pedro, Ryan e Chrystian Barletta.
Escalação do Universitario
Do outro lado, o treinador uruguaio Jorge Fossati fez três alterações em relação ao time que iniciou o primeiro jogo contra o Corinthians, na última terça-feira. O técnico adversário colocou os meio-campistas Cabanillas e Pérez Guedes e o atacante Herrera nas vagas de Murrugarra, Bolívar e Valera, respectivamente.
Os Merengues, então, começaram o duelo decisivo dos playoffs com Diego Romero; Corzo, Riveros e Di Benedetto; Cabanillas, Ureña, Quispe e Pérez Guedes; Polo, Urruti e Herrera. O treinador manteve o esquema tático com 5-3-2 utilizado no primeiro jogo.
Os únicos desfalques para o técnico Jorge Fossati foram os suspensos Carvallo, Valera e Siucho.
Já o banco de reservas contou com as seguintes opções para o decorrer da partida: Calderón, Saravia, Guzmán, Ancajima, Bolívar, Flores, Murrugarra, Calcaterra, Rojas, Rivera, Celi e Succar.
Arbitragem
A Conmebol designou um quarteto de arbitragem da Colômbia para comandar o duelo. Responsável pelo apito no segundo jogo da final da Libertadores de 2012, que garantiu o título ao Corinthians, Wilmar Roldán foi o árbitro principal em Lima. Ele foi auxiliado pelos assistentes Alexander Guzmán e Wilmar Navarro, enquanto Carlos Betancur foi o quarto árbitro. Já o chileno Ángelo Hermosilla ficou responsável pelo VAR.
Primeiro tempo
O Universitario deu a saída, mas o Corinthians rapidamente tomou a posse e tentou a primeira chegada ao ataque com uma cobrança de lateral pela direita, sem sequência. Os peruanos iniciaram com uma forte marcação no campo ofensivo nos primeiros minutos e, aos dois, Rafael Ramos cometeu falta em Urruti na intermediária. Cabanillas cobrou rasteiro e a zaga alvinegra afastou.
Impulsionado por cerca de 80 mil torcedores presentes no Estádio Monumental de Lima, o Universitario prometia dificuldades ao Corinthians. Aos seis, Róger Guedes partiu pelo meio e acionou Adson, que foi puxado e sofreu falta pela esquerda. A bola foi alçada na área e o goleiro Romero saiu de soco para tirar o perigo. Dois minutos depois, os donos da casa responderam e ganharam escanteio pela direita. A zaga alvinegra afastou a batida.
Aos dez minutos, Wilmar Roldán aplicou o primeiro cartão amarelo do jogo para Ruan Oliveira, que subiu para disputar com Ureña no meio-campo e cometeu falta, mas não atingiu o rosto do adversário. Em seguida, Polo finalizou de longe e errou o alvo. A arbitragem começou bem rigorosa e deu cartão amarelo outro cartão amarelo aos 11, agora para Corzo, após falta em cima de Róger Guedes.
Pouco depois, mais um cartão amarelo. O advertido da vez foi o zagueiro Caetano, que cometeu uma falta mais dura sobre Urruti. A bola foi levantada na área, e Carlos Miguel saiu para fazer a defesa sem qualquer perigo. O Corinthians encontrava dificuldades para sair de trás com qualidade, muito em função da forte marcação peruana.
Aos 19, o Timão conseguiu uma chegada com mais perigo. Róger Guedes avançou pelo meio com a bola dominada e abriu com Rafael Ramos, que cruzou pela direita com a intenção de encontrar o camisa 10 no meio da área. Mas o cruzamento passou por todo mundo e parou em Matheus Bidu, que finalizou bonito pela esquerda e ganhou escanteio.
Neste momento, o time de Vanderlei Luxemburgo buscava esfriar o adversário. As melhores jogadas ofensivas do Corinthians passavam pelos pés de Róger Guedes, principal jogador alvinegro em campo e referência técnica da equipe. O jogo, porém, seguia bem amarrado, sem chances claras de gols para os dois times.
Aos 23, o Universitario assustou com Quispe, que aproveitou rebote de Murillo após cruzamento da esquerda e chutou de primeira, da entrada da área. A bola passou bem perto do gol defendido por Carlos Miguel. Seis minutos depois, o goleiro do Corinthians defendeu, sem rebote, uma boa finalização de Herrera, que recebeu pela esquerda, cortou para o meio e bateu.
Os donos da casa começavam a gostar do jogo. O Corinthians recebia uma pressão e era desorganizado neste momento da partida. Aos 30, Quispe recebeu com muita liberdade pela direita e Carlos Miguel, mais uma vez, saiu do gol para salvar o time.
O Corinthians, enfim, passou a conseguir trocar passes com mais tranquilidade e respondeu apenas aos 34, após bola tocada de pé em pé na entrada da área. Matheus Bidu cruzou na ponta esquerda e Ureña mandou para escanteio. A bola ainda ficou viva na área após a cobrança, mas o lance não teve sequência.
Em seguida, o Universitario ganhou escanteio após contra-ataque. A cobrança encontrou Urruti livre, dentro da área, mas o atacante cabeceou mal e mandou para fora. Pouco depois, Quispe driblou a marcação alvinegra antes da meia-lua e sofreu falta perigosa. Os jogadores do Corinthians reclamaram que a bola teria batido na mão de Pérez Guedes antes do lance, algo não marcado pela arbitragem. Urruti foi para a cobrança e exigiu boa defesa de Carlos Miguel, que mandou para escanteio.
O tiro de canto foi cobrado com jogada ensaiada, mas, na hora da finalização, uma furada espetacular do Universitario. Ruan Oliveira aproveitou e puxou contra-ataque, que parou em Matheus Bidu pela esquerda. O lateral cruzou na área e a zaga peruana tirou o perigo. A arbitragem acrescentou um minuto neste primeiro tempo.
Já nos acréscimos, Herrera disputou na linha de fundo com a zaga alvinegra e viu a bola sair, mas Wilmar Roldán, de início, não marcou a saída. O atacante adversário aproveitou, puxou para dentro da área e chutou cruzado para Carlos Miguel espalmar. Mas, em seguida, a arbitragem avisou que a bola havia saído. Logo depois, o primeiro tempo foi encerrado sem gols.
Segundo tempo
Durante o intervalo, o técnico Vanderlei Luxemburgo realizou somente uma alteração no Corinthians, colocando o meio-campista Matheus Araújo no lugar de Ruan Oliveira, que fez um primeiro tempo discreto. Já o treinador do Universitario, Jorge Fossati, decidiu voltar sem substituições para o segundo tempo.
Na primeira chance da etapa final, Adson arriscou de fora da área com apenas um minuto e mandou para fora. Em seguida, os Merengues responderam com um ataque perigoso, finalizado de cabeça após cruzamento da direita. Mas Carlos Miguel saiu com tranquilidade para ficar com a bola depois da cabeçada.
O segundo tempo seguia como o primeiro, bastante amarrado e com poucos espaços. O Universitario chegou com perigo aos sete, com Quispe, que carregou até a entrada da área e chutou em cima da zaga corinthiana. Pouco depois, Rafael Ramos caiu no gramado com dores no joelho direito e precisou ser substituído, dando lugar ao garoto Léo Mana. O português sentiu após disputar com Cabanillas.
Já aos nove, Jorge Fossati fez sua primeira modificação no Universitario, colocando Edison Flores na vaga de Urruti. Pouco depois, Vanderlei Luxemburgo realizou mais duas mudanças: Guilherme Biro e Maycon substituíram Adson e Felipe Augusto.
Aos 14, o Universitario encontrou um passe perigoso na entrada da área e Léo Mana chegou afastando para escanteio. Corzo subiu para cabecear a cobrança e Carlos Miguel fez a defesa tranquila. Os donos da casa ensaiavam uma pressão para buscar o empate no placar agregado, mas a defesa do Corinthians protegia bem o gol.
A melhor chance do Corinthians no jogo, até então, aconteceu aos 22, com Róger Guedes. O atacante recebeu passe em profundidade pela esquerda, nas costas da zaga peruana, e dominou cara a cara com o goleiro Romero, finalizando em cima do adversário, que fez boa defesa.
Primeiro gol do Corinthians: a oportunidade de Róger Guedes acendeu o time de Vanderlei Luxemburgo, que abriu o placar na chance seguinte. Aos 23 minutos, Matheus Bidu fez bom cruzamento da esquerda e encontrou o camisa 10 no meio da área. O atacante mergulhou para cabecear e acertou a trave. Mas, no rebote, Maycon apareceu para emendar um chute forte, tirando o zero do marcador em Lima.
A arbitragem ainda demorou para validar o gol por conta de um possível impedimento de Róger Guedes, mas confirmou após análise do VAR.
Logo após sofrer o gol de Maycon, Jorge Fossati fez duas alterações no Universitario: Calcaterra e Rivera entraram nas vagas de Pérez Guedes e Herrera. E aos 28, o árbitro Wilmar Roldán marcou pênalti para o Universitario, após Polo ir até a linha de fundo, cruzar na área e acertar a mão de Guilherme Biro.
Primeiro gol do Universitario: Edison Flores foi para a cobrança, aos 30 minutos do segundo tempo, e soltou uma bomba. A finalização saiu alta e Carlos Miguel não conseguiu defender, apesar de ter caído na direção certa.
O empate reacendeu a torcida do Universitario, que se calou após o gol de Maycon, e deu um ânimo a mais para os donos da casa tentarem, ao menos, levar a decisão para os pênaltis. Mas o Corinthians seguia se segurando na defesa e buscava suas chances. O time de Vanderlei Luxemburgo quase desempatou aos 32, com mais um bom cruzamento de Matheus Bidu pela esquerda. A bola passou por todo mundo na pequena área.
Já aos 35, o Universitario quase virou o jogo. Flores dominou na intermediária, girou e bateu forte, mas Carlos Miguel espalmou e fez a defesa em dois tempos. O goleiro quase deu rebote nos pés de Rivera, se recuperando no lance. Em seguida, o jogador do Corinthians ficou caído, com dores, mas seguiu em campo após receber atendimento.
Pouco depois, Ancajima e Succar entraram nas vagas de Polo e Corzo. Do lado alvinegro, Luxemburgo deu chance ao garoto Ryan, de apenas 20 anos, que entrou no lugar de Giuliano. Já aos 42, Murillo sofreu cartão amarelo por parar contra-ataque. O Universitario pressionava o Corinthians, que se segurava na defesa. A arbitragem acrescentou seis minutos neste segundo tempo.
Segundo gol do Corinthians: nos acréscimos, ainda deu tempo para o Corinthians marcar o gol da vitória e selar de vez a classificação para as oitavas de final. Aos 46 minutos, Róger Guedes pegou a bola no meio-campo, avançou até a área, driblou a marcação e finalizou. O goleiro Romero deu rebote nos pés de Ryan, que apareceu dentro da área apenas para empurrar para o gol.
Ryan comemorou tirando a camisa e sofreu cartão amarelo. Logo em seguida, os jogadores do Universitario se irritaram e iniciaram uma confusão com os corinthianos. Policiais precisaram intervir com escudos e torcedores peruanos começaram a jogar objetos no gramado. Clima completamente hostil no Estádio Monumental de Lima.
Os jogadores alvinegros ficaram acuados no corredor que dá acesso ao vestiário do estádio, aguardando o fim da confusão promovida pelos peruanos. O jogo, então, foi retomado após alguns minutos, e o árbitro Wilmar Roldán expulsou cinco atletas, dois do Corinthians (Ryan e Matheus Araújo) e três do Universitario (Calcaterra, Di Benedetto e Guzmán).
Pela confusão, a arbitragem acrescentou, ao todo, 19 minutos neste segundo tempo, depois de dar apenas mais seis. Todo mundo ficou sem entender nada após as expulsões, mas o jogo seguiu. O Universitario seguia em busca do empate e lançou ao ataque nos últimos lances. E quase conseguiu aos 62 minutos (!), com Quispe, que brigou dentro da área e chutou no travessão.
Três minutos depois, Flores finalizou e a bola bateu nas mãos de Bruno Méndez, que sofreu cartão amarelo. Próxima da área, a falta foi cobrada com muito perigo por Cabanillas, mas Carlos Miguel pulou para fazer ótima defesa e garantir a vitória alvinegra em Lima. O jogo foi encerrado logo após a cobrança.
Estatísticas gerais (SofaScore)
Corinthians: dois gols marcados, 44% de posse de bola, sete finalizações (cinco certas e duas travadas), três escanteios, 16 faltas cometidas, dois cartões vermelhos (Ryan e Matheus Araújo), seis cartões amarelos (Ruan Oliveira, Caetano, Murillo, Bruno Méndez e dois para Ryan), quatro grandes chances criadas (duas perdidas), oito defesas de Carlos Miguel, 324/418 passes, 28/72 bolas longas, 5/13 cruzamentos, 8/11 dribles, 136 perdas da posse de bola, 46 duelos ganhos, 10 disputas aéreas vencidas, 19 desarmes, sete interceptações e 40 cortes.
Universitario: um gol marcado, 56% de posse de bola, 18 finalizações (nove certas, cinco erradas e quatro travadas), nove escanteios, nove faltas cometidas, um cartão amarelo (Corzo), três cartões vermelhos (Calcaterra, Di Benedetto e Guzmán), duas grandes chances criadas (uma perdida), três defesas de Romero, 423/503 passes, 44/64 bolas longas, 5/31 cruzamentos, 12/26 dribles, 152 perdas da posse de bola, 46 duelos ganhos, 10 disputas aéreas vencidas, 10 desarmes, seis interceptações e 16 cortes.
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