A sequência de polêmicas nos bastidores do Corinthians ganhou mais um capítulo e agravou o momento conturbado do Timão. A Verssat Segurança LTDA, empresa que prestava serviços ao Alvinegro, alega que recebeu um calote do clube, que também trocou para um fornecedor que gera maiores despesas.
De acordo com informações divulgadas pela Gazeta Esportiva, a empresa não foi paga pelos serviços que prestou ao clube em 2024, desde que a gestão de Augusto Melo teve início. O montante a ser pago à Verssat ultrapassa R$ 2,6 milhões, sem acréscimo de juros. No entanto, Marcelo Mariano, diretor administrativo do Corinthians, tornou-se o principal nome da polêmica.
De acordo com a reportagem da Gazeta, o diretor administrativo teria ignorado o pagamento à empresa de segurança para priorizar os valores que seriam repassados ao intermediário do acordo de patrocínio máster do clube com a VaideBet, que acabou deixando o clube na última sexta-feira.
Em março deste ano, Marcelinho, como é conhecido, foi ao departamento financeiro do clube e ordenou que a empresa Rede Social Media Design LTDA, intermediária do acordo com a VaideBet, recebesse o montante de R$ 1,4 milhão. Rozallah Santoro, responsável pelo setor naquele momento, estava em uma viagem e não foi consultado. O ex-diretor financeiro deixou o Corinthians na última sexta-feira.
Em entrevista à Gazeta, Anderson Dantas, proprietário da Verssat e responsável por empresas de limpeza que trabalham no Parque São Jorge e na Neo Química Arena, apontou que a situação deve ser resolvida até este mês de junho. Caso contrário, acionará a Justiça.
“Em maio, eles rescindiram o nosso contrato. Estamos há cinco meses sem receber. Essa gestão nunca me pagou, só recebemos até o fim de 2023. E estamos pagando imposto, benefícios, salários, tudo em dia aos nossos funcionários. Então, isso me deixa numa situação complicada”, disse.
“Eu vou acionar o jurídico, infelizmente, porque ninguém me deu retorno. Não queria chegar a esse ponto, porque, apesar de tudo, sou corinthiano, morei em Itaquera por muitos anos, não queria fazer isso. Mas, infelizmente, vou ter que acionar o jurídico e pedir para entrar com processo de cobrança”, continuou Dantas.
“Nunca chegou a esse ponto de atrasar quatro, cinco meses. Lá, sempre me pagaram. Às vezes, atrasava um mês, mas logo pagavam e tinha um relacionamento, sempre me atendiam, tanto na Arena quanto no Parque São Jorge, eles também entravam em contato. Nunca foi assim”, complementou.
Ainda de acordo com a reportagem, a empresa de segurança notificou o Corinthians diversas vezes com a intenção de resolver a situação, oferecendo a possibilidade de parcelar a dívida e até mesmo uso de camarote na Neo Química Arena para abatimento do valor. Anderson Dantas ainda alegou que seus funcionários sofreram assédio moral pela nova prestadora de serviços.
“Eles me mandaram uma carta de rescisão, não entendi o motivo, não me chamaram para conversar, também não falaram sobre os valores que estão abertos, simplesmente mandaram a rescisão, colocaram outra empresa lá e, até hoje, não me deram retorno nenhum”, disse o responsável pela Verssat.
“Entrou a nova gestão e ninguém me procurou. Eu fui lá ver o que estava acontecendo referente aos pagamentos, que não estavam sendo feitos. Dia 11 de abril, falei com o Marcelinho, mas ele me disse que não poderia fazer nada por mim e pela minha empresa. Depois disso, nunca mais tive contato com ninguém”, continuou Anderson Dantas.
“Enquanto a gente estava lá cumprindo o aviso de 30 dias, apareceu a empresa nova para fazer o mesmo serviço e começaram a falar para os nossos funcionários que não ficaríamos, orientando eles a passar para lá. Com isso, vieram vários funcionários pedir demissão. Eu tive que repor o pessoal, acabou me gerando um grande prejuízo. A gente gastava com uniforme, exame médico, treinamento, contratava e, no outro dia, pediam demissão. Perdemos cerca de 30 funcionários. No Parque, eram 36 funcionários na limpeza e 23 na parte da segurança. E, na Arena, eram 54 funcionários da limpeza”, completou.
Despesas mais altas com a nova prestadora de serviços
Além da dívida com a Verssat Segurança LTDA, o Corinthians aumentou suas despesas com novas empresas contratadas. Em abril, por exemplo, a nota fiscal emitida pela empresa, apenas pelo trabalho de segurança, foi de R$ 176,8 mil. A Workserv Serviços Terceirizados, nova empresa contratada pelo clube para o serviço de segurança, emitiu uma nota de R$ 353,9 mil pelo trabalho feito no mesmo mês de abril.
Os sócios e administradores da Workserv são Patrícia Nunes de Oliveira e Alvaro José Moreira de Assis. Além dela, também houve a contratação da empresa RF Segurança LTDA para cuidar da segurança do gramado da Neo Química Arena, que emitiu uma nota no valor de R$ 21,6 mil no mês de maio.
Ainda de acordo com a reportagem, a Workserv não possui o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) para executar os serviços de segurança. A empresa também não conta com a autorização da Polícia Federal, necessária para prestar serviços de segurança e vigilância patrimonial. Dessa forma, o clube corre o risco de ter suas sedes interditadas em caso de fiscalização.
O histórico de Marcelo Mariano no Corinthians
Marcelo Mariano, braço direito da gestão de Augusto Melo, está envolvido na política do clube desde a época de Dualib, quando foi assessor do vice-presidente Osmar Stabile no departamento de esportes terrestres, responsável por modalidades como futsal, basquete, boxe e futebol americano.
Em 2006, a Prefeitura de Osasco fechou um convênio de R$ 330 mil com o futsal do Corinthians. Anos depois, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) condenou o clube por irregularidades na prestação de contas desse repasse, afirmando que o clube não seguiu todas as normas previstas no Termo de Ciência e Notificação, e nomeou Marcelo Mariano como responsável no processo.
A defesa do Corinthians alegou que os recursos foram utilizados para pagar salários, taxas federativas, previdência social e outras despesas administrativas, além de afirmar que o futsal corinthiano representou o município de Osasco naquele ano. No entanto, o Ministério Público de Contas apontou que a verba foi utilizada para contratar jogadores e comissão técnica, prática não considerada essencial para o município de Osasco, e não apenas para cobrir despesas com transporte e alimentação.
O valor a ser devolvido pelo Corinthians, corrigido pela inflação, foi de R$ 706.283,11. O clube recorreu da decisão em dezembro de 2022, mas o TCE-SP negou o pedido.
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