Dois na época da Copa e mais sete após o torneio; elenco de 1970 teve nove dos 22 jogadores com passagens pelo Corinthians
No dia 21 de junho de 1970, o Brasil enfrentou a Itália pela final da Copa do Mundo de 1970, disputada no México. A Seleção Brasileira venceu os europeus por 4×1, com gols de Pelé, Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto Torres.
Considerada uma das melhores seleções de todos os tempos, aquele plantel do Brasil contava com dois atletas do Corinthians: o goleiro Ado e o meia Rivellino. Além deles, outros sete atletas passariam pelo Timão nos anos seguintes. Veja a trajetória de cada um no alvinegro.
O goleiro Eduardo Roberto Sitinghen, ou simplesmente Ado, chegou ao Corinthians no começo de 1970, onde permaneceu até 1974. Entrou em campo 206 vezes pelo time e não conquistou títulos. Além disso, acumulou alguns problemas, principalmente pelas badalações na carreira. Uma delas foi a briga contra o técnico Sylvio Pirillo, em 1974, que afastou o jogador do time e encerrou a passagem de Ado pelo Timão.
Apesar de ter se destacado pelo maior rival, Émerson Leão passou pelo Corinthians na temporada de 1983, quando conquistou o Campeonato Paulista ao lado de Sócrates e Walter Casagrande. Fez 50 jogos com a camisa alvinegra, e no período, era um dos maiores opositores da ‘Democracia Corinthiana’, movimento do clube que pregava direitos iguais aos funcionários e jogadores.
O lateral jogou a Copa ainda como atleta da Portuguesa. Apesar de não ter entrado em campo no torneio, logo após o fim, transferiu-se para o Corinthians, onde virou ídolo. Zé Maria defendeu o Corinthians em 598 oportunidades, marcando 17 gols e conquistando quatro paulistas (1977, 1979, 1982 e 1983). Ganhou a alcunha de ‘Super Zé’, e permaneceu no time até o ano de 1983.
Durante o Tri, Baldochi defendia o Palmeiras, entretanto, no ao seguinte se transferiu para o Corinthians, onde atuou até 1975. Jogou por 146 jogos e marcou dois gols. Mesmo após sair do Timão, Baldochi travou uma briga judicial com Vicente Matheus, ex-presidente alvinegro, o que impediu sua inscrição em outras equipes no futebol.
Hércules Brito Ruas era um zagueiro forte e uma das referências da defesa brasileira na Copa. Foi convocado enquanto jogador do Flamengo. Quatro anos depois, em 1974, defendeu o Timão por uma temporada. No alvinegro, disputou 29 partidas e não chegou a marcar gols.
O ‘Reizinho do Parque’ é um dos maiores ídolos da história do Corinthians. Em 1970, foi convocado como jogador do Timão, onde já estava desde as categorias de base. Ao todo, foram 474 jogos e 144 gols de 1965 a 1974. Foi campeão do Torneio Rio-São Paulo em 1966, mas a falta de títulos relevantes encerrou a passagem do meio pelo clube.
O atacante Roberto Miranda foi ídolo do Botafogo, clube que o levou à Seleção Brasileira, em 1970. Já no ano de 1973, foi trocado pelo clube carioca pelo lateral Miranda, chegando ao Corinthians. Atuando como meia-direita, sofreu muito com lesões, jogando apenas 77 de jogos de 1973 a 1976. Marcou 21 gols pelo Corinthians e não conquistou títulos.
O ponta-esquerda Edu disputou posição com Rivellino na Copa, perdendo a titularidade para o craque alvinegro. Na época, atuava com Pelé, no Santos. Em 1977, jogou uma temporada pelo Timão, onde conquistou o lendário Paulista daquele ano. Ao todo, foram 40 jogos e cinco gols pelo clube do Parque São Jorge.
O ponta-esquerda ídolo do Botafogo foi uma espécie de 12º jogador na equipe de Zagallo. Em 1971, a Fiel chegou a fazer uma ‘vaquinha’ para trazer o jogador. Na cidade de São Paulo, foram espalhados barris onde os torcedores poderiam depositar o dinheiro. Mas o negócio não deu certo, e Caju até veio, mas só em 1971. A passagem foi muito curta e Paulo César fez só quatro jogos pelo Timão, sem marcar gols.
Carlos Alberto Torres, capitão da conquista, não chegou a jogar pelo Corinthians, mas foi técnico entre 1985 e 1988. Émerson Leão também treinou o Timão de 2006 a 2007.
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Por: Gabriel Gonçalves / Redação Central do Timão
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