Antonio Roque Citadini é ex-vice-presidente, conselheiro vitalício e foi duas vezes candidato à presidência do Timão
Convidado do programa “Futebol na Veia”, da ESPN Brasil, neste sábado (13), o ex-vice-presidente e conselheiro vitalício do Corinthians, Antonio Roque Citadini, revelou que poucos defendiam as bandeiras da Democracia Corinthiana no Parque São Jorge e que o movimento demorou a ser reconhecido e valorizado dentro do Clube.
“Ninguém gostava de falar da Democracia Corinthiana. Falavam que eram uns bêbados. Só eu defendia o Casagrande, o Sócrates. Agora, o pessoal lá dentro defende”, disse.
A Democracia Corinthiana foi um movimento surgido na década de 1980 no Corinthians, liderado por um grupo de futebolistas politizados, como Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon. Inicialmente criada para abolir a administração autoritária dentro do clube, dando voz a todos os funcionários, o movimento se misturou à política do país e acabou se constituindo no maior movimento ideológico da história do futebol brasileiro.
Este foi um período da história do clube no qual decisões importantes como contratações, regras de concentração, direito ao consumo de bebidas alcoólicas em público, liberdade para expressar opiniões políticas e outros, eram decididas através do voto igualitário de seus membros, de modo que o voto do técnico, por exemplo, valia tanto quanto o de um funcionário ou jogador. Isso criou uma espécie de “autogestão” do time, algo revolucionário para o contexto em que estava inserido.
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Por Nágela Gaia / Redação da Central do Timão
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