Após uma semana de insucessos nas negociações com Renato Gaúcho e Diego Aguirre, o Corinthians, enfim, anunciou seu novo treinador na noite do último domingo (23). Trata-se de Sylvinho, ex-lateral-esquerdo do Timão na década de 1990. Com uma experiência de apenas onze jogos como técnico efetivo, não dá para saber com exatidão do que esperar taticamente do novo Corinthians.
Com isso, a Redação da Central do Timão tentará, nesta matéria, explicar um pouco de como jogava o Lyon, da França, comandado por Sylvinho, e algumas ideias de Roberto Mancini, atual treinador da seleção italiana, que tinha o corinthiano como seu auxiliar na Inter de Milão, da Itália.
O começo de Sylvinho no futebol francês foi muito bom. Começou vencendo o Mônaco, fora de casa, por 3×0. Logo em seguida, venceu o Angers, como mandante, por 6×0. Em apenas dois jogos, sua equipe havia marcado nove gols e não havia sofrido nenhum. Mesmo assim, alguns problemas já começaram a aparecer logo no segundo jogo, mesmo com um placar tão elástico.
Sua formação mais utilizada foi o 4-3-3. Logo que chegou à França, disse que gostava da posse de bola e de jogar no campo do adversário. Sua média foi de 65% de posse nos primeiros jogos. No entanto, o que mais incomodava a torcida de seu clube, era a posse de bola sem definição. O time não evoluía ofensivamente, tendo um exagerado toque de bola entre a linha defensiva. Os dois laterais dificilmente subiam ao ataque, diferentemente das características de Fagner e Lucas Piton, atuais titulares das posições no Corinthians.
O Lyon, portanto, dependia do talento individual de seus atletas para poder criar chances de perigo. Defensivamente, porém, sua equipe era muito bem organizada. É o que imaginamos de alguém que já trabalhou com Tite, Fábio Carille e Mano Menezes, não é mesmo? Sem a bola, gostava de utilizar o 4-5-1, que variava para um 4-1-4-1 bem compactado. O time não dava espaços ao adversário.
Por último e não menos importante, sob o comando do Lyon, Sylvinho também utilizou, em duas partidas, a formação 3-5-2, que vinha sendo desenvolvida por Vagner Mancini no Corinthians. Desta vez, assim como ocorre no Timão, os laterais participavam bastante da criação de jogadas. Sem a bola, se transformava em um 5-3-2 defensivo.
Roberto Mancini, atual técnico da Seleção Italiana, também era adepto da formação com três zagueiros. No entanto, na maioria de seus jogos, atuava no 4-4-2, sendo este o esquema que seus jogadores mais estavam habituados. Sylvinho, por sua vez, sempre assumiu ser muito fã do futebol italiano, principalmente pela parte defensiva e intensidade envolvida nos jogos e treinamentos.
Vale lembrar, o novo técnico do Timão também já trabalhou com Arsène Wenger no Arsenal e com Pep Guardiola no Barcelona, dois dos maiores treinadores da história do futebol.
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