Timão acredita que mercado vai aquecer e o clube pode ser procurado por times europeus em busca de peças
A situação financeira do Corinthians, que antes já não era confortável, durante a pandemia que paralisou os campeonatos, se ampliou. Enquanto espera pelo dinheiro do adiantamento da venda de Pedrinho, problemas e dívidas se somam à diminuição de receitas, suspensão de patrocínios, salários atrasados, o risco de ter que demitir funcionários e até sofrer sanções da Fifa por atraso de pagamento.
Mas, segundo seu diretor de futebol, Duílio Monteiro Alves, o time possui atletas jovens e de bom futebol, alguns tratados como joias, com perfil que pode interessar ao mercado europeu e isso pode amenizar o impacto da crise nas finanças do Timão, podem se tornar os alvos. Com a crise mundial e a desvalorização da moeda no Brasil, os clubes europeus tendem a contratações mais fáceis e com um valor baixo para seus padrões.
Assim o Timão se prepara para perder Carlos Augusto (21 anos), Lucas Piton (19 anos), Bruno Méndez (20 anos) e Mateus Vital (22 anos). Todos eles já receberam sondagens recentemente e têm mercado no Velho Continente.
Duílio revelou ao site Lance! ter recebido consultas, não só por Carlos Augusto, cujo empresário viajou para a Europa recentemente para ouvir ofertas pelo lateral-esquerdo.
“Sobre a situação do Carlos, a gente tem recebido algumas consultas, não só dele. Acredito que até pela dificuldade financeira que é mundial, não só do Brasil, os clubes de fora farão investimentos mais baixos, então o Brasil passa a ser um mercado procurado, por ter jogadores jovens e a diferença do câmbio que ficou maior. O mercado vai se aquecer.”
“O Carlos (Augusto) não é diferente, tivemos sondagens, mas nada concreto. Lucas Piton também teve, Bruno Méndez, pelo Mateus Vital tivemos consultas. O mercado vai ter um movimento com esses jogadores mais jovens, de contratos menores, vai ser um mercado movimentado no Brasil”, concluiu.
Nesta sexta-feira (12), o Timão vendeu André Luís para o Daejeon Hana Citizen, da Coreia do Sul. O atacante, que tinha contrato com o Timão até 31 dezembro de 2022, e já estava emprestado ao clube coreano, agora, ficará em definitivo no país asiático. O Timão vai embolsar 2 milhões e 200 mil dólares pelos 50% que tinha de direito e terá 10% de uma futura venda. Este valor é o dobro do que o clube pagou pelo jogador na compra. Os outros 50% pertencem ao Cianorte/PR.
Mais recentemente, vendeu o cria da base Pedrinho para o Benfica-POR, por 20 milhões de euros (R$ 112,3 milhões na cotação atual). A negociação de mais jovens para o exterior tende a ser uma saída para amenizar a crise financeira.
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Por Nágela Gaia / Redação Central do Timão
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