A assessora da diretoria administrativa do Corinthians, Cintia Montino, registrou na manhã desta sexta-feira, 24/11, um novo boletim de ocorrência contra membros da oposição alvinegra, seis dias após fazer uma denúncia contra o candidato oposicionista à presidência do clube, Augusto Melo. Novos ataques misóginos foram, novamente, o motivo do B.O, que resultou em abertura de inquérito policial.
A Central do Timão teve acesso às conversas, vazadas por membros de um grupo de WhatsApp da oposição, denominado Amigos Sauna Corinthians. No diálogo, registrado no boletim de ocorrência desta sexta-feira, os conselheiros Wanderley Ferreira da Silva e Ronaldo Fernandez Tomé utilizam termos ofensivos em declarações alinhadas com o áudio de Augusto Melo, que motivou a primeira denúncia.
“Pagar para pegar essa mina, melhor pegar um travesti”, escreveu Ronaldo. “Se minha p… ficar dura com esse dragão, passo a faca (…) A voz é (de Augusto Melo no áudio que motivou o primeiro boletim de ocorrência). Agora se ela (Cintia Montino) cobra não é problema nosso (…) Essa é pior que a mulher do macrom (sic, em referência à aparência física de Brigitte Macron, esposa do presidente da França, Emmanuel Macron)”, completou.
Por sua vez, Wanderley escreveu: “Nem velhinhos pagando pra… (…) Esse é o nível das assessorias, rrsss (risos)”. “A b… também é dela”, completa. As conversas, em tom de seriedade e não de brincadeira, difamam Cintia Montino e indicam que a assessora se prostitui e adota práticas sexuais em troca de dinheiro – veja o boletim de ocorrência abaixo.
De acordo com o boletim de ocorrência, “a declarante (Cintia Montino) não aceita de forma alguma que tais ofensas e palavras lhe sejam dirigidas”. A vítima também declarou que não tem nenhuma relação com os dois conselheiros, mas sabe quem são.
Ela ainda relatou que “tem muito medo de encontrar com estes indivíduos no clube ou em qualquer outro lugar e teme que lhe ataquem física ou verbalmente ou lhe causem algum mal”. Por isso, a declarante “vive em estado permanente de ansiedade e medo, não consegue dormir e tem tido crises de choro frequentes”.
Na última quinta-feira, 23, Cintia Montino deu depoimento na Câmara Municipal de São Paulo, durante a CPI da Violência e Assédio Sexual Contra Mulheres, e citou as conversas de WhatsApp em questão. A vítima disse que pretende punir Augusto Melo, Wanderley Ferreira da Silva e Ronaldo Fernandez Tomé. De acordo com ela, os registros do diálogo virtual foram encaminhados para a Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians.
“Quero punir não só ele (Augusto Melo), como rodinha de WhatsApp dos amiguinhos dele falando mal de mim também. Já peguei todos os prints em grupos de sauna, piscina e futebol. Os amiguinhos dele falando mal de mim, me chamando de ‘p***’, ‘vagabunda’, já mandei todos os prints para a Ética, e para o processo também”, disse Cintia Montino, em um trecho do depoimento.
O novo boletim de ocorrência foi registrado na véspera das eleições presidenciais do Corinthians, marcadas para este sábado, 25, no Parque São Jorge. Augusto Melo disputa o pleito com André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão.
Relembre o caso anterior
Os áudios que originaram o primeiro boletim de ocorrência vieram a público no último sábado, 18, quando a assessora da diretoria administrativa do Corinthians, Cintia Montino, fez uma denúncia contra Augusto Melo. No arquivo vazado, ao qual a Central do Timão teve acesso e que foi registrado no boletim de ocorrência, o candidato faz a acusação de que a assessora estaria cobrando por serviços de natureza sexual.
A Cintia, eu vou pegar ela, e deixa que eu vou falar aqui que ela cobra dinheiro para dar a bu**** para os velhos aqui, deixa ela, eu vou catar ela aqui, vou acabar com ela aqui”, diz o candidato no arquivo vazado.
No boletim de ocorrência, Cintia relatou que enfrenta frequentes episódios de choro e vive com o receio de se deparar com Augusto, temendo que ele possa lhe causar danos. A preocupação decorre do fato de o candidato ser uma presença frequente no clube, onde seu grupo político exerce considerável poder e influência.
Augusto Melo reconheceu a autoria do áudio e pediu perdão pelas ofensas. O oposicionista disse que era amigo da vítima, mas ela “mudou de lado” de uns anos para cá e, por isso, ele começou a sofrer ataques. O empresário, porém, acredita que isso não justifica o erro.
Veja o boletim de ocorrência registrado nesta sexta-feira:
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