No cenário atual, o lógico seria dar o favoritismo ao time alviverde, porém nem sempre o resultado dos encontros entre os arquirrivais obedeceu a lógica do favoritismo
De um lado, o segundo elenco mais caro do país, a segunda melhor campanha do Campeonato Paulista e jogando em casa com o gramado sintético a seu favor.
De outro, uma equipe também fortalecida por novas peças, mas que ainda não encaixou e, de quebra, ainda amarga um de seus piores inícios de temporada, por pouco não rebaixado no Campeonato Paulista.
Com base nisso, muitos colocam o Palmeiras como favorito natural contra o Corinthians neste sábado, às 16:30h, no Allianz Parque, quando será decidido o título de campeão Paulista de 2020.
Mas muitos não vêem favoritismo e vão além, lembrando que, se sempre foi difícil determinar favoritismo ao Derby paulista, agora, com o mando de campo relativizado pela falta de público, o jogo está totalmente aberto e imprevisível.
Nem sempre o resultado entre Corinthians x Palmeiras teve lógica. Vamos relembrar cinco vezes, de confrontos recentes, em que o Alvinegro saiu vencedor, na base do “contra tudo e contra todos”.
Um dos jogos memoráveis tanto para corinthianos como para palmeirenses, que nunca se conformaram com o placar final. O Corinthians estava há 17 anos sem título Paulista e enfrentava, sem tantos craques, um Palmeiras recheado de jogadores da Seleção Brasileira, como Leão, Luis Pereira, Dudu e Ademir da Guia. Todos davam certo uma goleada.
Com oito minutos de jogo, o Corinthians já perdia por 2 x 0. Veio o segundo tempo e a reação. O Timão empatou, mas ainda estava comemorando, quando o alvinegro marcou o terceiro. Mas, a semana de humilhações tinha que ser fechada de forma diferente e o Timão empatou mais uma vez. 3×3. E aos 43 minutos, Mirandinha driblou ninguém menos que Luis Pereira, para fazer 4×3 para o Corinthians e colocar esse Derby na lista dos “eternos”.
O jogo era válido pelo Paulistão de 1979, mas foi realizado em janeiro de 1980. Em meados de novembro de 1979 a FPF marcou uma rodada dupla pra o Morumbi (Corinthians x Ponte Preta e Palmeiras x Guarani), mas o presidente do Corinthians, Vicente Matheus alegou que o Timão perderia arrecadação, pois sozinha a Fiel torcida lotava o Morumbi.
E o Corinthians não entrou em campo no dia 11/11/1979 para enfrentar a Ponte Preta pela 2ª Fase do Paulista daquele ano. O campeonato se arrastou nos tribunais, o Corinthians foi derrotado no tapetão e a Ponte ficou com os pontos da partida, o que não comprometeu a classificação do time à semifinal.
O campeonato acabou adiado para janeiro do ano seguinte, porque o resultado do tribunal da FPF demorou a sair. O rival comandado por Telê Santana era favoritíssimo ao título Paulista, mas acabou perdendo ritmo de jogo na paralisação.
Dono da melhor campanha, o rival tinha vantagem de dois empates. Na primeira partida deu empate em 1 x 1, com Palhinha empatando para o Corinthians aos 40 do 2º tempo. No segundo jogo novo empate. O regulamento mandava o jogo para a prorrogação, com o Palmeiras ainda com a vantagem do empate. Acabou perdendo para o Corinthians por 1 x 0, com gol de canela de Biro-Biro e não chegou à final.
O Corinthians havia sido eliminado de forma humilhante da fase Pré da Libertadores pelo Tolima, da Colômbia. Quatro dias depois pegava o Palmeiras. O alviverde era líder do Paulista e mandante do jogo no Pacaembu cheio de provocações.
Logo no início, o Corinthians foi obrigado a engolir um mosaico da torcida rival que mostrava uma taça Libertadores de um lado e do outro e tentou mostrar o que seriam risadas. Mas o mosaico mal montado mal dava para se perceber o que deveria ser realmente mostrado.
Com grandes defesas do goleiro Júlio César que parecia uma muralha, e um gol de Alessandro, aos 37 minutos do segundo tempo, o Corinthians venceu e deu início à campanha que conquistaria o título de campeão Brasileiro daquele ano, com Tite no comando.
Em 2017, o Palmeiras era ainda mais favorito do que hoje. Era o atual campeão brasileiro, mas contra um Corinthians chamado pejorativamente pela mídia e torcidas adversárias de “quarta força”, ou seja, o time mais fraco do Estado.
A partida ficou marcada por um erro do árbitro Thiago Duarte Peixoto, que, confundido pelo abafa dos jogadores palmeirenses, expulsou o volante Gabriel de campo, quando na verdade queria expulsar o atacante Maycon. Além de desacreditado, o Corinthians ainda jogou com um a menos em campo e venceu por 1 x 0, com gol de Jô.
Final do Campeonato Paulista. O palco, Allianz Parque, o mesmo onde será disputado o duelo deste sábado (08). O rival, dono da casa, havia vencido por 1×0 o jogo de ida na Arena Corinthians e alguns torcedores já ostentavam a faixa de campeão. Porém, logo no início, Rodriguinho acabou com a festa alviverde.
A decisão – que acabou marcada pelo episódio que fez o Palmeiras chamar o Campeonato Paulista de “Paulistinha”. O árbitro Marcelo Aparecido de Souza marcou um pênalti inexistente de Ralf em Dudu, e voltou atrás na marcação. O jogo foi para os pênaltis, Cássio defendeu duas cobranças e o Corinthians conquistou a taça na casa do rival.
Neste sábado (08) novo capítulo será escrito na história do Derby. O time alviverde está há 12 anos sem ganhar o título Paulista. Além disso, nos 12 últimos encontros entre os rivais, sofreu oito derrotas para o Corinthians, inclusive o último Derby que poderia impedir a classificação alvinegra para a segunda fase e até levar ao rebaixamento no Estadual.
Já o Corinthians vem embalado por quatro vitórias e um empate a partir da volta do campeonato, e vai em busca do inédito tetracampeonato Paulista consecutivo, feito nunca conquistado por nenhuma equipe na era profissional.
A partida acontece às 16:30h deste sábado (08) no estádio alviverde. Como as equipes ficaram no 0x0 no jogo de ida, caso prevaleça o empate no tempo normal, o título será decidido na cobrança de pênaltis.
Por Nágela Gaia/Redação da Centraldo Timão
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