Quarto goleiro com mais jogos na história do Corinthians e ídolo na década de 50, Cabeção faleceu em janeiro de 2020, aos 89 anos
Luiz Morais , o Cabeção, nasceu no dia 9 de agosto, mas foi registrado como nascido 14 dias depois, no dia 23. Cabeção chegou ao Corinthians com oito anos de idade, em 1930. Ganhou títulos em todas as categorias de base, chegou ao time de cima em 1949, junto com Roberto Balangero, Luizinho e Idário. Foi convocado à Seleção Brasileira em 1953 e disputou a Copa do Mundo de 1954.
Frequentador da Fazendinha desde criança, onde seu pai era sócio, sua carteirinha tinha o número 2.051.
Luiz foi o primeiro goleiro do Brasil a utilizar luvas (1957) e o primeiro da posição na história a trocar a camisa preta pela cinza. Sobre isso, “seu” Luiz Morais contava, se divertindo, nas entrevistas que concedia.
“A história das luvas eu trouxe da Inglaterra. Estava aquele frio, comprei umas luvas. Agora, a história da camisa cinza foi a partir de um jogo contra o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. Os vascaínos iam jogar de preto e então o juiz me fez trocar de camisa. Peguei um agasalho cinza do roupão do clube e daí para a frente virou moda.”
Cabeção vestiu a camisa alvinegra em 326 partidas, conquistou dois títulos Paulista 51 e 54, e o Torneio Rio-São Paulo 53/54, e é o quarto goleiro na história do Corinthians com mais jogos. No ranking dos arqueiros que mais defenderam as traves do Timão, Cabeção está atrás apenas de Cássio (610), Ronaldo (602), Gilmar (395).
O goleiro também foi técnico do Timão por um jogo, no Campeonato Paulista de 1976, após a saída de Filpo Núñes. Venceu o São Paulo por 1 x 0 e logo depois entregou o cargo para Duque. Também comandou as equipes de base do Corinthians, sendo o responsável pelo lançamento de vários goleiros que também estão na história do Corinthians, entre eles Ronaldo, Solito, Solitinho e Rafael.
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