Se alguns meses de futebol parado já representam um prejuízo técnico, tático e de desenvolvimento ao futebol profissional, imaginem quando se fala em futebol de base.
Devemos analisar que os jogadores da base vivem em evolução constante e extremamente rápida, experiências vividas em uma partida já mudam a forma de pensar e vão amadurecendo o atleta. O longo tempo sem partidas, sem os treinos em campo e a convivência com o time podem influenciar de forma inimaginável na trajetória de um jovem atleta.
O Corinthians vem tomando todas as providências possíveis para amenizar ao máximo tais prejuízos, realizando treinos diários via online. Os profissionais se dedicam ao máximo para manter os atletas bem fisicamente, mentalmente e na medida do possível tecnicamente também.
Tive a grande experiência de acompanhar um treino do sub-16 e sub-18 do time de Futsal do Corinthians, onde os atletas realizaram exercícios físicos sob o comando de profissionais dedicados, atenciosos e que cobravam o melhor de cada atleta.
Existe o temor de que a quarentena cause também danos psicológicos aos atletas. Em mentes tão acostumadas com competição e a correria, estar em casa por longos períodos podem ser motivos de preocupação pelas comissões e coordenações da base. O bate-papo, o cuidado individual amenizam esses problemas tornando a carga emocional mais leve e ajudando os atletas a passarem por esse momento da melhor forma.
Há de se pensar nos atletas nascidos em 2000 também, atletas que tiveram sua última Copinha neste ano e no ano que vem não terão mais essa vitrine, este seria o ano de buscar espaço para deslanchar. Há casos em que alguns atletas conseguem empréstimos, mas em todo caso, o sub-23 pode ser extremamente útil nesse momento.
São muitos os percalços dessa parada, ainda não sabemos quando as categorias mais jovens retornarão a competir, mas a torcida para que todos passem por esse momento da melhor forma possível e que continuem evoluindo, crescendo e servindo ao time profissional boa qualidade.
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