Carille caiu, ano perdido, reinício. O real culpado: Andrés Sanchez
Time sem ganhar há sete jogos, e para piorar pegando um líder Flamengo voando e no Maracanã. Desastre. Num jogo que não faltou luta, o VAR atrapalhou, e até o pênalti defendido por Cássio, numa bela defesa, voltou macia para Bruno Henrique marcar.
Em 3 minutos tomou o 2º e 3º. Mostrou o quanto o time estava sem liga, sem comando e sem confiança. Mas a vergonha foi tão grande, pela goleada, que quero falar o que deixou chegar nesse ponto.
Onde Carille , muito mal assessorado nas coletivas , e sem saber se expressar, foi perdendo o grupo, que alimentado por uma parte da mídia que cobre o clube, foi perdendo suas convicções.
A demissão de Carille para quem acha que foi bom negócio ao Corinthians, na minha opnião, se engana. Corinthians perdeu um ano de trabalho. Era insustentável? Sim. Tinha como mantê-lo no cargo? Não. Porque reiniciar tudo, demanda mais tempo.
E por isso as críticas tem que ser direcionadas a ANDRÉS SANCHEZ, que, na verdade, fez o clube não só perder esse ano, mas um ano e meio. Vamos aos fatos dessa implosão de Fabio Carille.
Em meados de 2018, após um histórico título em cima e na casa do maior rival, Fábio Carille saiu do clube em alta, no inicio do Brasileiro em boa colocação e pontuação. Com uma perda dessa , o mandatário do clube vem tomando medidas equivocadas constantemente. Começou a desmanchar o time. Saíram Rodriguinho, Balbuena, Sidclay ( um vergonha a vitrine que o Corinthians nunca pode ser para ninguém) e Maycon. Time esse que já tinha perdido em seu início de ano, Jô e Arana. Um time titular inteiro.
Andrés, com todo esse cenário, saiu comprando jogadores sem um CT decidindo e planejando, como Araos, Mosquito e Richard. Apostou tudo em Osmar Loss, um jovem técnico promissor da base, porém jogando tudo na ESTRUTURA do clube, se esquecendo que sem pessoas competentes, a estrutura não vai andar sozinha.
E deixou Loss na mão. Sem nenhum nenhum suporte, só com Alessandro o qual já sabia que era carta fora do baralho e já não tomava partido como fez muitas outras vezes com competência e também sem Comissão técnica forte e capaz.
Sem time, sem staff, com um jovem sem casca, o time foi caindo e Loss caiu.
Aí ele trouxe Jair Ventura, uma outra aposta, sem a mesma proteção. O time num milagre da Camisa e da Fiel eliminou o Flamengo nas semifinais da Copa do Brasil. Mas Jair sucumbia também à sua inexperiência e falta de casca para aguentar a péssima campanha no Brasileirão 2018, brigando pelo rebaixamento e também caiu.
No desespero, Andrés pediu a volta de Carille e de sua comissão técnica de volta. Negociou e o campeão, rei dos clássicos, voltou. Mas o presidente deu a pior cartada que culmina com a saída de toda a comissão técnica e de Carille após o VEXAME no Maracanã. Montou um STAFF DE AMIGOS.
Trocou o competente e respeitado campeão e capitão Alessandro por Vilson, um jogador sem nenhuma ascendência com o elenco, e Sheik como amigo de boteco, que não é exemplo para elenco nenhum. E ressuscitou o diretor diarreia, Edu Ferreira. Amigo de Vilson, o qual ele mesmo trouxe numa passagem recente como dirigente. Ressuscitou um jogador que vivia no departamento médico. E que agrediu um colega de profissão, Marciel, em um treino.
Por que escrevo tudo isso? Porque Carille se perdeu na sua inexperiência. Não teve suporte nenhum nos momentos difíceis. Vilson e Sheik, nunca deram as caras. Nunca blindaram o treinador e cobraram o elenco. Não fizeram o papel que lhes cabia. Carille foi metendo os pés pelas mãos, dando declarações mal assessoradas, ou pelos menos sem o suporte que um bom diretor, próximo a ele, poderia reverter. E tudo caminhava por esse desfecho. Elenco perdeu a confiança no técnico. Carille suas convicções. Carille caiu, toda a comissão técnica também.
Mas, para que o clube não perca mais um ano em 2020, que a torcida, cobre quem realmente merece: o presidente Andrés Sanchez. Que ele escolha um substituto à altura e do tamanho do Corinthians. E principalmente uma comissão técnica e staff de profissionais experientes e capacitados.
Que volte a ter um CIFUT top de linha e que melhore as finanças, coisa que esse grupo deve desde 2014. E para torcida, além de cobrá-lo, é deixar o próximo técnico trabalhar e ver o mesmo evoluir. Aprender a perder, percebendo a capacidade do novo comandante, suportado por um bom diretor de futebol.
Vai Corinthians!
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