Desde 2008, a CBF determinou, junto ao Ministério Público, baseado no Estatuto do Torcedor, onde o argumento maior era manter as praças esportivas seguras, a proibição do consumo e venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. A grosso modo.
Em 2018, a CBF liberou que os estádios pudessem ter bebidas alcoólicas, desde que fizessem campanhas educativas, a fim de evitar o consumo excessivo. Mas ficava a cargo do Ministério Público de cada Estado essa permissão, ou não. E desde lá, o Estado de São Paulo não se manifestou, até que no ultimo mês, a Alesp, Assembleia Legislativa de São Paulo, aprovou o projeto que libera o consumo de bebidas alcoólicas em praças esportivas. Faltando a sanção do governador do Estado, João Dória.
Depois de toda essa história, conto a minha ida a Arena Corinthians. Bebo minha cervejinha antes de todos os jogos do Corinthians. Então, sou a favor. Saio de casa, chego ao Role 011, bar do Metrô Artur Alvim e faço a resenha com todos os meus amigos fieis. Nunca causei uma confusão. Nem meus amigos, que eu saiba.
A meu ver, existe uma hipocrisia imensa sobre a proibição das bebidas alcoólicas, porque à vista de todos, vendem-se bebidas de todos os tipos nas imediações da Arena. Inclusive na porta , à vista da PM. Até porque a legislação brasileira permite o consumo nas ruas, aos maiores de 18 anos.
Nos EUA, não se permite consumo de bebidas alcoólicas nas ruas, apenas em bares e restaurantes. E, inclusive, nas Arenas. Na NFL o maior patrocinador é a Budweiser, que investe fortunas. Todos chegam aos estádios com suas latas de cervejas embrulhadas em sacos de papel de pão, isso mesmo. Compradas nas lojinhas das estações de metrô, a cerveja e o saco.
A partir do momento em que se entra nas Arenas, o patrocinador está por todos os lados. Os americanos bebem como se fossem seus últimos dias de vida. Um jogo tem por volta de 3 a 4 horas. Pouco antes do término, param a venda. Todos saem, bêbados ou não, e ninguém mais encontra um quiosque ou ambulante para continuar sua bebedeira. Se dirigem ao estacionamento e às estações de trem, seguros pela Polícia local, a lei se cumpre, segurança mantida.
Então pergunto: O que mudaria vendê-las dentro das arenas e estádios paulistas? Nada no sentido de aumentar a violência. As pessoas já entram nelas após algumas ou muitas doses.
A segurança pública, incapaz de terminar com a violência causada por parte de alguns torcedores isolados, retirara tudo dos estádios: bandeiras, sinalizadores, álcool, torcedores rivais, menos os malfeitores. Quem causa a violência, é bandido. Eles vão causar brigas com ou sem todos esses fatores. E isso já se foi provado. Eles não pararam. Eles brigam a quilômetros dos estádios.
Mas, os clubes ganhariam, e muito, com a entrada das empresas de bebidas, em patrocínios, em investimentos e em vendas, pelo que gerará o consumo delas. Então, precisamos que o Ministério Público e outras autoridades parem com essa proibição sem fundamento, se atendo a sua capacidade ou não de garantir a segurança dentro e fora dos estádios, liberando as bebidas nas praças esportivas.
Bebe-se em todos os lugares. Nos estádios vai gerar investimentos e empregos. Os torcedores de bem continuarão de bem, os do mal continuarão do mal. E isso passa longe de ter álcool ou não, dentro dos estádios.
#LiberaBrejaSP
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