RAUL PEREIRA/Agência Estado
Reta final de Copa América. O Brasil e seu maior rival disputam uma vaga para a grande final da competição. O país em peso torcendo para a amarelinha. Não… Não será bem assim. Teremos hoje, como tivemos na Copa do mundo, brasileiros, muitos, torcendo contra a Seleção. O motivo? O CORINTHIANS! Sim, o Corinthians.
A pátria de chuteiras, há três anos, é comandada pelo técnico mais vencedor da história corinthiana. Você olha o Tite sentado naquele banco e para nossa alegria começam a vir lembranças do futebol bem jogado, dos títulos brasileiros, da inédita Libertadores e do inesquecível mundial. Junto a ele tem toda uma comissão técnica que outrora servia apenas à nossa nação, essa com “apenas” trinta milhões.
É exatamente por esse motivo que uma boa parte de torcedores se esquecem que hoje eles prestam serviços a mais de duzentos milhões e que um outro insucesso da Seleção Brasileira pode significar não só a demissão do Tite, tão propagada pela imprensa marrom como certa, como um declínio que pode vir a ser fatal para o “país do futebol” visando os próximos anos.
Acusam nosso treinador, sem nexo, de “paneleiro”, que para um jogador ser convocado basta ter jogado ou ser corinthiano, casos do Fagner e Cássio, que conseguiram a proeza de serem vaiados no estádio de um rival, por compatriotas que deveriam dar apoio.
Foto divulgação
Cara, ali não está o clube, ali está representado todo um país. Esqueceram disso e só os viram com a camisa alvinegra na pele. Cássio é inegavelmente o maior goleiro em atividade no país há muitos anos, assim como não existe lateral direito melhor que o Fagner, que segurou um rojão como titular da seleção na Copa do Mundo e não comprometeu, ao contrário, fez jogos muito seguros. São ótimos, mas eles têm uma “doença grave” que os faz ter tamanha rejeição: eles jogam no Corinthians. Willian, outro jogador de confiança, foi convocado para a vaga do Neymar e o contestaram. Afirmaram que só foi chamado por ser ex-corinthiano.
Todo técnico tem os seus jogadores de confiança. Normal. Ele muda de clube e, em alguns casos, leva os seus. Na Seleção não seria diferente. Ninguém contesta, por exemplo, a titularidade do bom goleiro Marcos na Copa de 2002, mesmo que ele só a tenha assumido assim que seu ex-treinador no clube se tornou o técnico da seleção em 2001. Agora, ai se ele e o técnico fossem ex-Corinthians! Incomodamos mesmo. E por isso alguns preferem torcer para a Argentina (Argentina, amigos!!!) só para que novamente, agora pelos canários, Tite, sua comissão, Cássio e Fagner não façam o que estão acostumados, dar outra volta olímpica. As lembranças para alguns seriam bastante amargas.
Deixe seu comentário, crítica, sugestão. Nos veremos em breve novamente. Grande abraço e… Vai, Corinthians!
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Grande texto, mano Marcelino! O título me é familiar. ?
Kkkk… Verdade, Alex. Mas a vírgula no texto é o diferencial. E isso é sinal que temos bom gosto na hora de escrever… Hehehe… Grande abraço. Tmj
⚫?⚪
É só ver o blog do Milton Neves, questionando a capacidade de Tite.
O sangramento foi tão grande que o tal jornalista me faz uma pergunta dessa em vespera de decisão.
Marcelo, Milton Neves eu ignoro. É um cara que vive de falar mal do Corinthians para ter audiência. Enfim. Nós da Central estamos aqui para fazer exatamente o contrário. Tmj e hoje é Brasil fácil… Rumo ao título!
Parabéns pelo texto.
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