BLOG DA NÁGELA GAIA: Bebidas nos estádios – na dúvida, a liberdade

A comercialização de bebida nos estádios de São Paulo continua proibida, mas o debate pegou fogo entre os torcedores, pois os presidentes dos quatro maiores clubes do Estado (Corinthians, São Paulo, Santos e Palmeiras), se reuniram e se manifestaram favoráveis à liberação que deram os deputados na Alesp. Falta a sanção do Governador.

Foto: Reprodução / Twitter

Não precisamos ser especialistas em operação de segurança de estádios, e nem grandes bebedores de cerveja, para entendermos o que representaria a volta das bebidas alcoólicas aos jogos de futebol.

Há, entre os torcedores, quem seja contra. Respeito.

Frequento estádio aqui em Goiânia, e também vou umas quatro a cinco vezes por ano à Arena Corinthians, em São Paulo.

Nos estádios de Goiânia, a cerveja é “inocente”, livre! É comercializada durante os jogos, vendida nos bares dos estádios e por ambulantes autorizados que passeiam nas arquibancadas, nos incentivando a beber mais uma. Raramente vejo algum tumulto. Aliás, as confusões, quando acontecem, são protagonizadas sempre pelos mesmos indivíduos e nada é feito para impedi-los. Por que? A quem interessa? Mas, isso é assunto para outro post.

Chegamos ao Serra Dourada ou ao Olímpico, compramos nossa cerveja, nosso disco de carne (o melhor do mundo!), e ficamos na bancada encontrando os amigos, cornetando o time, cantando e dando risada. Até que o jogo termine, vão umas três ou quatro latinhas. Não se veem bêbados. Um jogo de futebol é isso: é momento de lazer, e no Brasil, a cerveja faz parte do pacote futebol e samba.

Olha o meu copinho ali disfarçado no estádio Olímpico, num jogo do Atlético Goianiense, pela série B 2018.

Nem vou entrar no quesito da receita dos clubes subir alguns vários milhões por ano, o que faria diferença, não só para os times da capital, mas, principalmente para os do interior do Estado, que se mantêm ativos com sacrifícios. Os clubes sabem o quanto estão perdendo, tanto por não terem o produto à venda em seus estádios, quanto com contratos de exclusividade com determinadas marcas.

“Sendo inconstitucional, o governador não pode sancionar. Irei vetar”, disse João Doria, governador de São Paulo, à imprensa.

Oras, Sr. Governador, com todo respeito, a Constituição legisla sobre isso?… Inconstitucional é essa proibição, que além de ser uma ingerência no setor privado, ainda restringe, de forma indevida e paternal, a liberdade de escolha do cidadão, garantida pela Constituição.

Já que não existem relatórios, pesquisas, ou quaisquer outros elementos comprovando que a bebida é a culpada pela violência nos estádios, “in dubio, pro reo”… em caso de dúvida, deve-se optar, sempre, pela liberdade.

A cerveja é inocente!!! Libera a breja, São Paulo!

32 comentários em “BLOG DA NÁGELA GAIA: Bebidas nos estádios – na dúvida, a liberdade”

  1. Se todos os problemas de “violência”dentro e fora dos Estádios,fossem resolvidos pela proibição da venda de bebidas alcoólicas, então elas(as violências), não deveriam existir mais, em algumas competições no Brasil.

  2. Blog do Flavio Costa

    Mesmo sendo contra, respeito sua opinião. Como sempre sensata e carismática.

    Vai Corinthians!

    1. Obrigada, meu amigo. O que seria desse mundo se todos pensassem igual, não é mesmo? E se todos só gostassem de cerveja? Não sobraria pra mim (q bebo com moderação) hahaha

      1. Blog do Flavio Costa

        Hahahaha
        E olha que eu gosto de cerveja.
        Já sai de jogos “bem molinho”.
        Minha preocupação é somente com as crianças e mulheres que vão sozinhas.

  3. No momento q vive a Arena, acho q é possível sim. Lá tem muita segurança, se alguém passar dos limites logo é advertido. E faria a alegria dos torcedores. Em relação aos times menores atrairia maior publico. Sou a favor.

  4. Então … Não bebo. Complicado né. Sou contra a liberação.. Já vi, e muito, brigas entre organizadas do mesmo time… Já entram *meio alto* por terem bebido …antes de entrarem no estádio..Melhor evitar…Bebam em casa.. Sem falar que cerveja fede. # Só acho.

    1. hahahaha Cláudia. O importante é te ver aqui. A cervejinha deixa q eu tomo haha Obrigada, amiga.

  5. Muitos bebem antes do jogo, que altera o comportamento. Então, melhor beber no jogo é curtir o efeito depois.

  6. A cerveja é inocente. Proibidas nos estádios, ficam disponíveis nos arredores. Caso fossem as únicas causas das violências que, por ventura acontecem, deveriam ser proibidas em todas as reuniões de folias. É insano achar que o futebolista vá aos estádios só para beber e provocar violência.

    1. Já proibiram a cerveja, as bandeiras de mastro, alguns instrumentos musicais, sinalizadores de fumaça colorida, pau de selfie, daqui a pouco vão proibir a gente de torcer. Mas com os brigões, ninguém mexe. Obg pela visita.

  7. Muito boa a matéria..na minha opinião a pessoa q já vai pronta pra arrumar confusão não é motivada pelo uso da cerveja..ela tem outras formas como a maconha por exemplo.

    1. Elizabeth Nunes

      Tbm acho… a cerveja não tem nada haver com as brigas, jogo sem uma ceva não dá… Libera… Libera

  8. Cerveja e futebol combinação perfeita, um clássico cultural do torcedor. Parabéns pela matéria Nagela, você é nota mil!!!, vai Corinthians!!!!

  9. Se breja é sinal de violência, que fechem os bares! Muita medida paliativa pra pouca solução, enfim, bora tomar uma hoje no Serra Ná! haha <3

Comentários encerrados.

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