No retorno do campeonato russo, o filho do Terrão marca duas vezes no primeiro tempo na primeira partida depois de três meses de paralisação
Foto: Anna Meyer/Zenit
Após 90 dias sem partidas de futebol em decorrência da pandemia do coronavírus Covid-19, o futebol russo reestreou neste sábado (20). Fora de casa, o Zeni enfrentou o CSKA e goleou por 4 x 0.
O ex-Corinthians Malcom, foi o responsável por dois dos quatro gols do líder do campeonato. O veterano zagueiro sérvio Ivanovic e o argentino Driussi marcaram os outros gols do jogo.
Malcom, que em outubro último passou por uma cirurgia na região do tendão da coxa direita, fez parte do seu tratamento no CT do Corinthians, em São Paulo, mostra que está totalmente recuperado, após ficar de agosto 2019 a fevereiro deste ano sem jogar. Ele tem, agora, sete partidas e três gols pelo time de São Petersburgo.
O jogo contou com a presença do público, com 10% da ocupação da Arena do CSKA, que é de 30 mil pessoas. O Zenit tem 53 pontos e é líder do Campeonato Russo, com 23 jogos disputados.
Especulado no time Sub-23 do Corinthians, por não ser visto pela comissão técnica de Tiago Nunes com preparação adequada para integrar o elenco profissional, Matheus Davó pode ser emprestado.
O atacante está na mira do seu ex-time, o Guarani, para disputa da Série B do Campeonato Brasileiro e pode desembarcar no Brinco de Ouro da Princesa nos próximos meses, por empréstimo.
Nesta sexta (19), o técnico do time campineiro, Thiago Carpini, disse, em coletiva, que o Guarani busca no mercado duas peças para o ataque. Um dos nomes que o clube monitora é de Davó.
“Surgiu, sim, a possibilidade do Davó. A gente não andou com a conversa ainda porque não sabemos como vai ficar. É um jogador que nos ajudou bastante no ano passado. É um menino de muito potencial. Eu não vejo por que não trazer o Davó. É um jogador que pode, sim, agregar”, pontuou o comandante.
“Se tiver a possibilidade de voltar, talvez entre com um custo-benefício em que o Corinthians arcaria também com os valores. Eu acho que o Davó poderia ter feito essa negociação com o Corinthians e passado mais um tempo aqui no Guarani. Seria importante para o processo de maturação e não queimar uma etapa muito rápida”, acrescentou.
Promovido ao profissional em 2019, o atacante estreou em maio, sob comando de Vinícius Eutrópio, e totalizou três gols em 30 jogos na última Série B. Ele cresceu de rendimento sob comando de Carpini e foi uma das peças mais importantes na operação que salvou o Bugre do rebaixamento.
No Corinthians, o atacante jogou por apenas 36 minutos, quando entrou no lugar de Janderson, no empate em 1 a 1, contra o Mirassol, no Paulistão. Davó tem contrato com o Corinthians até 2023, e busca sua afirmação na equipe do Parque São Jorge.
O atacante Gustavo, o Gustagol, desperta o interesse do futebol da Coreia do Sul e, mediante a um acerto com o Colorado, o Corinthians pretende vendê-lo, já que vive um momento financeiro ruim.
O jogador tem um salário de R$ 280 mil mensais no clube gaúcho. O valor é pago integralmente pelo Colorado. No contrato entre gaúchos e o Corinthians, existe cláusula prevendo transferência (ou prioridade para cobrir proposta e ficar com o jogador) em oferta de três milhões de dólares.
O interesse do Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul, criou um impasse entre os clubes donos dos seus direitos econômicos. Acontece que a atual proposta do time coreano, hoje, é de 2,5 milhões de dólares, cerca de R$ 12,8 milhões na cotação atual). Bem vista pelo Timão, porém o Inter, que detém 15% dos seus direitos, não aceita a saída do jogador sem o acordo previsto em contrato, que seria proposta mínima de três milhões de dólares.
Dono de 35% do passe de Gustavo, o Criciúma, segundo o presidente Jaime Dal Farra, ainda não foi procurado pelo Corinthians para tratar da negociação. Segundo ele, caso o negócio avance, a ideia é não ceder sua parte.
“Até o momento não tive nenhum contato do Corinthians sobre isso. Nós temos 35% da venda. O que vale é isso”, revelou Dal Farra.
Não é novidade para ninguém a situação financeira complicada que o Corinthians vive, e no movimento feito nesta semana para liberar os treinos coletivos em Porto Alegre, a direção do Internacional também citou as dificuldades financeiras que o clube vem passando por conta da pandemia do novo coronavírus.
Cabe destacar que, no acordo de empréstimo feito em fevereiro entre Corinthians e Inter, o clube gaúcho adquiriu 15% dos direitos econômicos do centroavante por R$ 1,5 milhão, ficando o Alvinegro com 30%. Os outros 55% são divididos entre Criciúma (35%) e Taboão da Serra (20%). Os direitos federativos pertencem ao Corinthians.
Gustavo tem apenas três jogos com a camisa do Inter, não tendo marcado gols.
Mesmo com a paralisação e indefinição da retomada do Campeonato Paulista, Fiel tem mantido as redes sociais do clube em alta
A Deportes & Finanzas, site de administração de redes sociais esportivas, publicou nesta sexta-feira (19) os rankings referentes a interações nas principais redes sociais dos clubes da América.
Na lista dos 20 clubes da América com mais interações durante o mês de maio, o Corinthians aparece na quarta colocação, em interações da torcida em sua página no Instagram.
Essa marca fez com que o clube apareça também na quarta posição no ranking dos mais populares de 1º de janeiro a 31 de maio, com um total de 36 milhões de interações.
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Já no Twitter, onde o ranking é apresentado mês a mês e não conta com acumulados, o Corinthians ficou bem abaixo, aparecendo em nono lugar, com 461 mil interações durante o mês de maio.
No Facebook, o Timão aparece em 10º com 767 mil interações.
Roma nunca venceu o Corinthians, e ao todo foram três vitórias alvinegras sobre os italianos.
No ano de 1972, o Corinthians excursionou pela Europa, vencendo times como Omlypiakos, na Grécia, e Besiktas, na Turquia. No dia 20 de junho, chegou ao Estádio Olímpico de Roma para enfrentar os donos da casa.
Estádio Olímpico de Roma em sua inauguração, 1953. Foto: The Stadium Guide
No time alvinegro, vários nomes lendários daquela época, como o meia Adãozinho e o centroavante Mirandinha. Em terras italianas, o Timão não deu brecha para a ‘La Lupa’ e venceu com gol de Vaguinho, ainda no primeiro tempo. Veja a ficha técnica do jogo:
Roma 0x1 Corinthians 20 de junho de 1972 Estádio Olímpico de Roma Amistoso Internacional Roma: Ginulfi, Morini, Betini, Valvori, Lirnor, Capelli, Cardova, Capellini, Spadonilla (La Rosa), Zigoni (Scaret) e Franzoni. Técnico: Helenio Herrera. Corinthians: Sídnei, Miranda, Guaraci, Baldochi, Pedrinho, Tião, Nélson Lopes (Marco Antônio), Vaguinho, Adãozinho (Dirceu Alves), Mirandinha (Lance) e Aladim. Técnico: Duque. Gol: Vaguinho (44′).
O jogo foi o último entre as duas equipes até os dias atuais. A equipe italiana nunca venceu o Corinthians. Foram três jogos e três vitórias alvinegras. Veja as outras duas partidas:
Corinthians 1×0 Roma – 14/07/1953 – Torneio Internacional Roma 1×3 Corinthians – 01/08/1953 – Torneio Internacional
Confesso a vocês que a falta do Corinthians e as más notícias que se acumulam tanto no nosso clube como no país me tiraram um pouco o ânimo em escrever. Mas hoje vou usar meu espaço para homenagear.
Essa semana nossa querida Central do Timão, completou seu primeiro ano de vida. Sonho de amigos que se cansaram em ver o Corinthians ser alvo, na maioria das vezes, de absurdos por parte de quem só queria tumultuar o ambiente, a Central nasceu para ser a voz do torcedor nas mídias sociais. E no dia 17 de junho de 2019 o sonho se tornou real.
Um ano após seu surgimento, a Central granjeia do respeito e admiração de muitos torcedores, jogadores, ex-jogadores e profissionais de mídia que vêem na responsabilidade e seriedade das suas matérias e ações sociais mais um ponto a favor da Fiel. Um verdadeiro golaço!
Torcedores comuns, como eu, passaram a ter vez através de blogs, como esse, ou participações em podcasts e mesas corinthianas na TV Central do Timão no YouTube, canal esse em amplo crescimento. Era o que faltava para nós. Se até o Brasil tem sua central, por que não o corinthiano, não é?!
É motivo de muito orgulho participar de um projeto tão grandioso que está somente no começo e com certeza estará ao lado do torcedor corinthiano, sendo sua voz, durante muitos anos.
Como disse certa vez Raul Seixas: “Um sonho que se sonha só é apenas um sonho… O sonho que se sonha junto é realidade”. E assim nasceu a CENTRAL DO TIMÃO.
Vida longa, Central! Tamo junto sempre. Parabéns!!!!
Nos vemos em breve, Fiel. Grande abraço e… Vai, Corinthians!!!
Marcelino Rocha, 42 anos, casado com uma loira linda e pai de uma princesa. Cearense de Fortaleza morando em Brasília-DF há 33 anos, um verdadeiro “cearango”. Representante da Fiel torcida na segunda edição do game show Fanáticos do Esporte interativo em 2017. Escreve na Central do Timão desde sua existência. Apenas mais um louco entre esses 30 milhões.
Arqueiros citaram Alisson, Ederson e Buffon como os melhores atletas da posição
Na última sexta-feira (19), os goleiros da base do Timão, Guilherme Castellani e Matheus Donelli concederam entrevista à Central do Timão, no programa “Mesa Corinthiana”. Na participação, os guarda-redes abordaram diversos temas, entre eles, seus ídolos no futebol.
Ambos são Crias do Terrão. Foto: Central do Timão
Já é normal que os goleiros do Timão tenham como referência os goleiros Cássio e Walter, pelo tempo que ambos estão no clube e pela vitoriosa trajetória no Corinthians. No entanto, em uma estafeta em que não é possível colocar nenhum dos dois como ídolos, os jovens citaram outras de suas referências.
“Tirando eles (Cássio e Walter), particularmente, eu comecei a gostar muito da posição de goleiro por causa do Casillas. Como ele está aposentado agora, um outro cara que eu admiro muito é o Ederson, do Manchester City”, disse Gui Castellani, que passou a palavra para Matheus Donelli.
“Sempre gostei muito do Buffon, não só como goleiro, mas também como atleta. Ele sempre foi um atleta sensacional, está com 42 anos e jogando em alto nível. Na final da Copa da Itália ele foi um dos destaques do jogo, então é um espelho para mim”, falou Donelli, que decidiu falar sobre goleiros brasileiros.
“Como o Gui citou, o Alisson e o Ederson são um dos melhores atualmente, gosto muito da características e do estilo de jogo deles, então eu procuro muito observar eles”, finalizou.
Volante revelou que jogadores e funcionários do clube tomariam todos os cuidados necessários
O futebol, aos poucos, está voltando. Na Europa, alguns campeonatos já retornaram, ou tem data para serem retomados. No Brasil, o Campeonato Carioca voltou nesta última quinta-feira (20).
Já em São Paulo, estipulou-se que os treinos coletivos só poderão ocorrer a partir do dia 1° de julho, e o Paulistão só será reiniciado no fim do mesmo mês ou então no começo de agosto.
Gabriel aclama pelo retorno dos treinos. Foto: Buda Mendes/Getty Images.
Engana-se quem pensa que os jogadores não desejam o retorno dos treinos coletivos. Em entrevista ao podcast ‘Hoje Sim’ do GloboEsporte.com, o volante Gabriel considerou algumas medidas como “muito rigorosas”, e revelou que deseja retornar as atividades no CT, desde que todos tomem as devidas precauções.
“Eu me sinto confortável, sim, para voltar a treinar. As medidas que estão sendo tomadas estão sendo um pouco duras nesse sentido (de vetar o retorno). Eu não sou contra a volta do treino até mesmo porque lá no CT teríamos todas as precauções, tudo certinho. Com número reduzido de funcionários, jogadores trabalhando separadamente.”, revelou Gabriel ao jornalista Cléber Machado.
A saúde mental
Com todos os acontecimentos dos últimos tempos, como a pandemia e os casos de racismo que tomaram proporção pelo mundo, o volante disse que teme sobre como estará a parte mental dos jogadores para o retorno. Além disso, salienta que os treinos em casa são totalmente diferente das atividades com os companheiros.
“Dimensão de campo, a bola que estou treinando, piso, é tudo diferente. Tudo sem adversário. Além de tudo isso, tem a parte mental. Porque no jogo você tem responsabilidade de ganhar partida, vencer, classificar. É uma série de fatores.Se nós sentimos quando temos dezembro de férias. Teoricamente as férias é para relaxar a cabeça. Depois, volta.”, disse Gabriel, que seguiu falando sobre tudo o que está ocorrendo.
“São três meses de pandemia, o triplo de férias e diferente porque não está com a cabeça tranquila. Pandemia, economia caindo, tudo acontecendo, racismo… Uma série de coisas que não deixa a gente com a cabeça tranquila como férias. Essa volta vai ser bem complicada no mental de cada atleta”, finalizou.
Canal fechado de TV relembra trajetória final do Timão na competição; anote na agenda
Foto: reprodução
Neste sábado (20), a partir das 20h, o canal SporTV 3, da Rede Globosat, exibe três partidas da trajetória do Corinthians no Brasileirão 2005. Após escândalos de arbitragem e remarcação de jogos, o Timão engrenou na liderança e conquistou seu quarto título na competição.
Veja o horário e as partidas das reprises:
20h: Flamengo 1×3 Corinthians – 28º rodada – 25 de setembro de 2005
Mesmo com o time na liderança, antes do jogo contra o Flamengo, o Corinthians demitiu o técnico Márcio Bittencourt. O motivo era que o treinador “não teria experiência”, conforme afirmado pela diretoria alvinegra.
Também no pré-jogo, o presidente do rubro-negro, Márcio Braga, provocou o Corinthians ao perguntar “quem é Tevez?”. O atacante marcou dois gols na vitória alvinegra, e a cada tento ‘se apresentava’ ao mandatário do Flamengo. No final da partida, Tevez disse que “agora ele me conhece”.
Ficha técnica do jogo Flamengo 1×3 Corinthians 25 de setembro de 2005 Estádio Luso-Brasileiro (Arena Petrobrás) Campeonato Brasileiro Flamengo: Diego, Léo Moura, Renato Silva, Fernando, André, Augusto Recife, Júnior, Renato, Souza (Robson), Fellype Gabriel (Léo Mattos) e Obina (Fábio Júnior). Técnico: Andrade. Corinthians: Fábio Costa, Coelho, Marinho, Betão, Gustavo Nery, Wendel (Édson), Bruno Octávio, Hugo, Roger (Carlos Alberto), Nilmar e Tevez. Técnico: Márcio Bittencourt. Gols: Nilmar (81), Fellype Gabriel (22′) e Tevez (67′ e 76′).
21h: Corinthians x Santos – 37ª rodada – 06 de novembro de 2005
Antes da partida entre Brasil e Alemanha pela Copa do Mundo de 2014, outro ‘7×1’ dominava as ‘zoeiras’ do futebol. Em confronto válido pelo Brasileirão, o Corinthians recebeu o Santos no Pacaembu, para pouco mais de 21 mil pagantes.
O que se viu em campo vou um verdadeiro ‘show’ de Tevez e Nilmar. O argentino marcou três vezes; o brasileiro, duas. A vitória no clássico ajudou o Corinthians a encaminhar o título naquele Brasileirão conturbado.
Ficha técnica do jogo Corinthians 7×1 Santos 6 de novembro de 2005 Pacaembu Campeonato Brasileiro Corinthians: Fábio Costa, Marcelo Mattos, Marinho, Wendel, Eduardo Ratinho, Bruno Octávio (Wescley), Rosinei (Dinelson), Carlos Alberto, Hugo, Nilmar e Tevez (Jô). Técnico: Antônio Lopes. Santos: Saulo, Paulo César, Halisson (Wendell), Rogério, Kléber, Fabinho (Mateus), Heleno, Ricardinho, Giovanni, Geílson e Luizão (Basílio). Técnico: Nelsinho Baptista. Gols: Rosinei (1′), Genílson (9′), Tévez (21′, 37′ e 54′), Nilmar (58′ e 78′) e Marcelo Mattos (91′).
22h: Goiás 3×2 Corinthians – 42ª rodada – 04 de dezembro de 2005
O torcedor mais jovem pode estranhar a ’42ª rodada’ no Brasileirão. Entretanto, naquele ano, o campeonato contava com 22 equipes. Apesar da derrota, o Corinthians conseguiu sair do Serra Dourada com o título. Curiosamente, seis anos depois, o Corinthians conquistaria seu próximo brasileiro também em um quatro de dezembro.
Ficha técnica do jogo Goiás 3×2 Corinthians 04 de dezembro de 2005 Estádio Serra Dourada Campeonato Brasileiro Goiás: Harley, Rafael Dias, Aldo (Romerito), André Leone, Paulo Baier, Cléber, Cléber Gaúcho, Rodrigo Tabata (Rodrigo Portugal), Jadílson, Souza e Roni (Dodó). Técnico: Geninho. Corinthians: Fábio Costa, Coelho (Édson), Marinho, Wendel, Marcelo Mattos, Bruno Octávio, Rosinei, Carlos Alberto (Wescley), Gustavo Nery, Nilmar (Jô) e Tevez. Técnico: Antônio Lopes. Gols: Paulo Baier (46′), Tevez (51′), Coelho (58′), Souza (70′) e Romerito (85′).
Saudoso médico e jornalista faleceu quando tinha 71 anos, em 2014, mas segue na memória dos corinthianos
Quando se fala de ‘ídolo de um clube de futebol’, é comum se pensar em jogadores e em técnicos, mas no caso do Osmar de Oliveira, ou simplesmente Dr. Osmar, a história é diferente. O médico ficou conhecido pelo seu fanatismo e por dedicar grande parte da sua vida para auxiliar atletas do Timão.
Foto: Reprodução/Corinthians
Apesar de, geralmente, os jornalista fazerem “mistério” para revelarem seus clubes de coração, Dr. Osmar nunca negou ser corinthiano, e utilizava de frases como: “Corinthiano não nasce, ele é concebido”. Toda essa representatividade fez com que os torcedores se apegassem cada vez mais ao doutor.
Mesmo revelando ser Coringão, Osmar conseguiu se tornar uma grande referência no jornalismo esportivo. Pela Band, teve três passagens, sendo a última de 2007 até o ano de sua morte, em 2014. O Doutor participava do programa “Terceiro Tempo”, que apresentado por Milton Neves; e do Jogo Aberto, apresentado por Renata Fan.
“Era craque como médico e muito coerente como analista esportivo. Agora, quando se tratava de Corinthians ele se transformava. Era mais um louco do Parque São Jorge. Sinto muita falta dele”, disse Milton.
Dr. Osmar de Oliveira no Jogo Aberto, em 2009. Créditos: TV Bandeirantes
A perda
Sua maior frase de efeito, enquanto estava em vida, foi: “não sou Corinthiano de coração porque um dia ele para. Sou Corinthiano de alma porque ela é eterna”. No dia 11 de julho de 2014, o coração do Dr. Osmar parou, após uma parada cardíaca, enquanto estava internado no hospital A.C Camargo, em São Paulo. No entanto, sua alma é eterna e sempre será lembrada entre os corinthianos.
Neste sábado (20), o médico alcançaria sua 77° aniversário, o que não foi possível. No entanto, todo o respeito e a admiração que o Dr. Osmar adquiriu durante os anos continuam intactos.
Edílson sacramentou o empate e ‘decretou’ o final do jogo após embaixadinhas; relembre
20 de junho de 1999, o século XX estava no fim, mas a rivalidade entre Corinthians e Palmeiras vivia momentos quentes. As equipes haviam se enfrentado pelas quartas-de-final da Libertadores, com a vitória dos alviverdes. Agora, outra decisão, a do Campeonato Paulista.
Paulo Nunes e Nenê pelas quartas-de-final da Libertadores, confronto que já ‘esquentou’ a rivalidade. Foto: MARIE HIPPENMEYER/AFP via Getty Images
No dia 13 de junho, na disputa da primeira partida da final, o Corinthians venceu por 3×0 o time misto do rival, que preparava para a decisão da Libertadores. No dia 16, o alviverde venceu o Deportivo Cali e ficou com o título. Além disso, os palmeirenses entraram em campo com os cabelos pintados de verde, em uma clara provocação ao Timão.
Desde o início, o confronto já estava tenso, perante à ‘brincadeira’ dos palmeirenses. Aos 34 minutos do primeiro tempo, Marcelinho abriu o placar para o lado preto e branco. Porém, nos cinco minutos seguintes, Evair marcou dois e virou o jogo. O resultado ainda dava o título para o Corinthians.
Disputa de bola na finalíssima, em 20 de junho de 1999. Foto: MARIE HIPPENMEYER/AFP via Getty Images
Por mais que o Palmeiras tentasse, não conseguiu aumentar o placar. Já aos 28 minutos do segundo tempo, Edílson marcou o gol corinthiano e empatou a partida. A partir daí, o alviverde teria que golear o Corinthians para sair com o título, deixando a taça ‘na mão’ dos alvinegros.
Dois minutos depois do gol, o autor do tento, Edílson, ‘o capeta’, pega a bola quase na lateral do meio de campo e ‘peteca’ algumas embaixadinhas. Toda a tensão daquele 1999 cheio de rivalidade encontrara o estopim. O resultado: uma briga generalizada no gramado do Morumbi.
Chutes para um lato, tapa na cabeça para outro e goleiro caindo no vestiário; a confusão marcou época. Perante tamanha violência, o árbitro Paulo César de Oliveira resolve encerrar o jogo com 75 minutos de disputa. O Corinthians sagrava-se campeão paulista do último torneio estadual do século.
História das embaixadinhas
Foto: Caio Guatelli / Estadão
Segundo Vampeta, meia corinthiano na época, Edílson planejou aas embaixadinhas ainda no vestiário.
“Aquela confusão, aquelas embaixadinhas, foi tudo planejado. Eu me lembro que, durante um treino em Atibaia, o Edílson falou: ‘nós temos que devolver a gozação para os caras’. O Dinei falou ‘pô, então vamos imitar a Tiazinha, a Feiticeira’, porque era assim que o Paulo Nunes costumava fazer“, declarou Vampeta à Jovem Pan, que ainda explicou a ideia de Edílson.
“Daí o Edílson disse ‘isso aí não. Só me avisem quando estiver para acabar o jogo, que eu vou cruzar o campo fazendo embaixadinha, independentemente do placar’. E ele fez, o jogo estava 2×2, gritaram do banco que faltavam 15 minutos para acabar, e o Edílson fez as embaixadinhas. Aí o pau quebrou“, finalizou Vampeta.
Em participação no ‘Desimpedidos’, canal do YouTube, Edílson relembrou o fato, ainda em 2019.
“Eu fazia aquilo nos treinamentos. Eu sempre gostei de ficar petecando a bola, fazer embaixadinha. O Palmeiras tinha sido campeão da Libertadores na quarta-feira e a gente tinha ganhado o primeiro jogo de 3×0. O Palmeiras tinha que ganhar da gente de quatro, o que era muito difícil. Quando eles ganharam o jogo da Libertadores, ficaram dizendo que o Paulista não valia de nada, ‘Paulistinha’. Eles tem essa mania de ‘Paulistinha'”, disse o ex-jogador.
Ficha técnica do jogo Palmeiras 2×2 Corinthians 20 de junho de 1999 Morumbi Campeonato Paulista, Final – Volta Palmeiras: Marcos, Arce, Roque Júnior, Cléber, Júnior, Rogério, Zinho, Alex (Agnaldo) (Galeano), Paulo Nunes, Oséas e Evair. Técnico: Luiz Felipe Scolari. Corinthians: Maurício, Índio, Gamarra, Nenê, Silvinho, Rincón, Vampeta, Ricarinho, Marcelinho, Edílson e Fernando Baiano (Dinei). Técnico: Oswaldo de Oliveira. Gols: Marcelinho (34′), Evair (36′ e 39′) e Edílson (73′).
Com uma equipe muito segura na defesa e um Danilo ‘gelado’, Corinthians segurou o Santos de Neymar e saiu de campo com o empate
Corinthians x Santos pela semifinal da Libertadores de 2012. Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP/GettyImages
No dia 20 de junho de 2012, Corinthians e Santos entraram no gramado do Pacaembu em jogo válido pela semifinal da Libertadores de 2012. Após uma vitória de 1×0 na Vila Belmiro com gol de Emerson Sheik, o Timão precisava de um empate para ir à tão sonhada e inédita final de Libertadores.
O Corinthians começou o jogo em seu próprio campo de defesa, sabendo muito bem o que precisava fazer. O Santos ficou com a posse de bola, e mesmo sem dominar o jogo, marcou o gol aos 35, com Neymar. Caía ali a invencibilidade de quase 600 minutos do time, que não via as próprias redes balançarem desde a quinta rodada da fase de grupos, contra o Nacional, no Paraguai.
Neymar marca gol aos 35 do primeiro tempo. Foto: Miguel Schincariol/AFP/GettyImages
Para os mais de 35 mil corinthianos presentes no estádio, a probabilidade de pênaltis já poderia assustar, trazendo as lembranças daquela semifinal contra o maior rival, em 2000. Porém, esse Corinthians de 2012 parecia diferente. Ainda com certa tranquilidade, segurou o resultado até a saída para o intervalo.
Logo aos dois minutos do segundo tempo, os pouco menos de 20 ºC em São Paulo pareceram um calor desértico frente os pés ‘gelados’ de Danilo. Após bola levantada na área, o meia ficou com a sobra, e com sua frieza característica, ajeitou e colocou no canto oposto do goleiro.
Após o empate, o Corinthians ficou ainda mais seguro do resultado. Portou-se no campo defensivo e anulou as jogadas do Santos, que mesmo precisando de apenas um gol para se classificar, parou na consciência tática da equipe de Tite, que não deu espaços ao azar.
Depois do apito final de Leandro Pedro Vuaden, o Corinthians fez história e classificou-se para a decisão da Libertadores. O adversário: o Boca Juniors, argentino multicampeão do torneio.
Jogadores do Corinthians comemoram vitória sobre o Santos Foto: NELSON ALMEIDA/AFP/GettyImages
Ficha técnica do jogo Corinthians 1×1 Santos 20 de junho de 2012 Estádio do Pacaembu Corinthians: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Danilo, Alex, Jorge Henrique e Willian (Liedson). Técnico: Tite. Santos: Rafael, Henrique, Edu Dracena, Durval, Juan (Léo), Adriano (Elano), Arouca, Paulo Henrique Ganso, Alan Kardec, Neymar e Borges (Dimba). Técnico: Muricy Ramalho. Gols: Neymar (35′) e Danilo (48′).
SporTV transmite jogo completo e com narração ao vivo a partir das 18h
Em 2000, a Fifa organizou o primeiro Mundial de Clubes com a sua chancela. Uma competição parecida já ocorria: o Torneio Intercontinental, disputado entre os campeões sul-americano e europeu. Para a edição inaugural, a entidade baseou a escolha em resultados dos anos 1998 e 1999.
Assim, Al-Nassr (Supercopa da Ásia), Raja Casablanca (Liga dos Campeão da CAF), Necaxa (Liga dos Campeões da CONCACAF), Vasco (Libertadores), South Melbourne (Liga dos Campeões da OFC), Manchester United (Liga dos Campeões da Europa), Corinthians (representante do país-sede e campeão brasileiro) e Real Madrid (Intercontinental) iniciaram a disputa no dia 5 de janeiro de 2000.
Corinthians enfrenta Real Madrid pela fase de grupos, 7 de janeiro de 2000. Foto:Shaun Botterill /Allsport
Após uma fase de grupos, os dois melhores clubes disputaram a final: Corinthians e Vasco. No dia 14 de janeiro de 2000, as equipes entraram no gramado do Maracanã, tomado por cerca de 25 mil corinthianos na ‘Segunda Invasão do Rio de Janeiro’.
Corinthians x Vasco, final do Mundial de 2000. Foto: Shaun Botterill /Allsport
Cheio de craques dos dois lados, como Edílson e Marcelinho no Corinthians; e Romário e Edmundo no Vasco, o jogo extrapolou o tempo normal e também a prorrogação. Assim, alvinegros disputaram o título nos pênaltis. Edmundo perdeu a última cobrança e deixou o caneco com o Corinthians.
Então, neste sábado (20), a partir das 18h, o SporTV transmite ao vivo a reprise inteira do jogo, com a narração de Odinei Ribeiro e comentários de Lédio Carmona, Ricardinho e Alexandre Lozetti. A transmissão faz parte do programa ‘Faixa Especial’, que vai ao ar das 18h às 20h59.
Ficha técnica do jogo Corinthians (4) 0x0 (3) Vasco 14 de janeiro de 2000 Maracanã Mundial de Clubes da Fifa – Final Corinthians: Dida, Índio, Adílson, Fábio Luciano, Kléber, Rincón, Vampeta (Gilmar), Ricardinho (Edu), Marcelinho , Edílson (Fernando Baiano) e Luizão. Técnico: Oswaldo de Oliveira. Vasco: Hélton, Paulo Miranda, Odvan, Mauro Gavão, Gilberto, Amaral, Felipe (Alex Oliveira), Juninho (Viola), Ramón (Donizete), Edmundo e Romário. Técnico: Antônio Lopes. Pênaltis Corinthians: Rincón, Fernando Baiano, Luizão e Edu Vasco: Romário, Alex Oliveira e Viola.
Jogo no Pacaembu parecia um ‘passeio’ do Peixe, mas o Corinthians foi atrás do empate; relembre
Jornal da época do clássico Fonte: Terceiro Tempo
Na tarde do dia 20 de junho de 1971, Corinthians e Santos entraram no gramado do Pacaembu pelo segundo turno do Campeonato Paulista. O Timão trazia em sua história o término recente de um longo jejum de 11 anos sem vitórias sobre o Peixe no torneio estadual, tabu quebrado em 1968, com gols de Flávio e Paulo Borges.
Inclusive, Paulo fazia a ponta-direita neste dia, ao lado de outros nomes importantes do Corinthians, como Mirandinha, Zé Maria, Adãozinho e Rivellino. Na outra parte do confronto, Clodoaldo e Pelé, já tricampeão do mundo com a seleção brasileira no ano anterior.
Corinthians 3×3 Santos, 1971 Créditos: TV Cultura
O Santos abriu o placar logo aos 15 minutos, com Rogério. Aos 36, Pelé marcou o segundo. No início da etapa complementar, Ferreti anotou o terceiro. Parecia que o Peixe iria ‘passear’ no Pacaembu, em outra tarde de derrota corithiana contra Pelé.
Porém, o Timão foi para cima buscar o resultado. O gol de Marçal contra, aos 16 minutos do segundo tempo, deu esperanças ao Coringão. Quatro minutos depois, Mirandinha diminuiu. Com os 3×2, o Corinthians foi em busca do empate, e conseguiu. Aos 35 do segundo tempo, Mirandinha marcou o tento alvinegro do Parque.
Assim, o Corinthians saía do jogo com o sabor da vitória, após empatar um 3×0 aparentemente perdido. O Santos, já sem chances no Campeonato Paulista, sairia em excursão pelo mundo poucos dias depois, como frequentemente fazia na época de Pelé.
Imagens remasterizadas do clássico, em cores. Fonte: Youtube
Ficha técnica do jogo Corinthians 3×3 Santos 20 de junho de 1971 Estádio do Pacaembu Campeonato Paulista Corinthians: Aldo, Zé Maria, Almeida, Luís Carlos, Pedrinho, Tião, Adãozinho (Suingue), Rivellino, Paulo Borges (Lindóia), Mirandinha e Aladim. Técnico: Baltazar. Santos: Cejas, Moreira (Lima), Ramos Delgado (Djalma Dias), Marçal, Turcão, Clodoaldo, Pelé, Nenê, Rogério, Ferreti e Edu. Técnico: Mauro Ramos de Oliveira. Gols: Rogério (15′), Pelé (36′), Ferreti (48′), Marçal (contra, 61′) e Mirandinha (65′ e 80′).
Em 1945, um grupo de torcedores corinthianos liderados pela jovem Amélia Barreto, criou um time cujo estádio se chamava Parque São Jorge, e em pouco tempo arrastava uma torcida apaixonada no interior paulista
Foto Reprodução
O Sport Club Corinthians de Presidente Prudente, também conhecido como Corinthinha de Prudente, foi fundado em 08/02/1945. Participou da Primeira Divisão do Paulista somente em 1960, tendo sido rebaixado no mesmo ano, e nunca mais conseguiu retornar à elite. Mandava seus jogos em estádio próprio, denominado “Parque São Jorge”.
O Corintinha não existe mais, o estádio foi demolido para dar lugar à construção do Shopping Center Americanas, e os poucos troféus e fotos estão espalhados em mãos de pessoas que tiveram alguma ligação com o clube.
A fundação
Foto: Reprodução
Um grupo de torcedores do Corinthians Paulista, de Presidente Prudente, estava incomodado de o único time do município, a Prudentina, ser tricolor, assim como o rival do Timão da Capital. Por usar uniforme vermelho, preto e branco, que também são as cores do município, o clube tinha a antipatia dos corinthianos. Por isso, em 1945, Amélia Barreto resolveu juntar os torcedores do Timão para criar um xará.
Produtores de algodão e amendoim, os japoneses Gushiken, Kuskin, Kusken, Gosken e Sairin compraram todos os uniformes, as bolas, os materiais de treino, mas exigiram participar do time. Mas, Gushiken era cego do olho esquerdo. Perdeu a visão depois de se chocar com um arame farpado durante uma “pelada” nos campos de plantação. Mas não foi empecilho.
Já em 1948, a equipe conquistaria seu primeiro título – o de campeão da Alta Sorocabana. Foi a última competição amadora da equipe, que se inscreveu na segunda divisão (Série Branca) do Campeonato Paulista junto à Federação Paulista de Futebol. Em sua estreia no profissional, foi apenas o 10° colocado da chave, perdendo a vaga para a fase final para o Linense.
Parque São Jorge de Presidente Prudente – Foto acervo Prefeitura
Foi nessa época que o time construiu seu estádio, o Parque São Jorge. O terreno, localizado na rua Siqueira Campos, foi doado por Mellén Isaac ao presidente do clube, Alvino Gomes Teixeira. Na inauguração, o time do interior paulista venceu a equipe de aspirantes do São Paulo por 4 a 0, quebrando uma série invicta de 36 jogos do time da capital paulista.
Parque São Jorge de Presidente Prudente – Foto Reprodução Internet
Porém, foi apenas nos anos 1950 que o Corinthinha, apesar de não conquistar nada, viu que era preciso aumentar o estádio, que já não cabia a torcida. Um mutirão da torcida construiu uma nova arquibancada no Parque São Jorge, aumentando para 10 mil lugares a capacidade do estádio.
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Em 59, o time conquistaria a única vaga disponível para o acesso ao Paulistão de 1960. Era a conquista da Série A-1 do Campeonato Paulista, em 1959. Foi o primeiro acesso de um clube da cidade.
O Corinthinha estreou na primeira divisão em 12 de junho de 1960, em casa, justamente contra o xará famoso, o Sport Club Corinthians Paulista. Foi derrotado por 2 a 0. No entanto, venceu a Portuguesa Santista (3 a 0) e Portuguesa (5 a 2) em seguida.
No entanto, logo viriam outras derrotas, e a equipe não conseguiu escapar do rebaixamento. O Corinthinha era rebaixado com a 17ª colocação, à frente apenas da Ponte Preta. Era o fim de sua única participação na elite do futebol paulista.
Mudança de cores e nome
A tentativa de conquistar a simpatia dos torcedores dos outros times paulistas na cidade, fez com que o Corinthians prudentino mudasse de nome em 1973. Surge então o Presidente Prudente Esporte Clube, com as cores azul e amarela, que buscava unificar as torcidas da cidade. Dividiu.
O time perdeu o apoio dos torcedores mais tradicionais e de seus fundadores, principalmente de “dona” Amélia Barreto, a torcedora-símbolo, a idealizadora do time. Uma votação decidiu pela retomada do nome e das atividades do Sport Club Corinthians de Presidente Prudente.
O ano de 1975 marcaria a retomada do Corinthinha ao futebol paulista. Porém, como não existia a Lei do Acesso no estadual, o time passou a viver os piores momentos de sua história até então em divisões intermediárias. Tanto que, em 76, teve seu estádio penhorado e vivia a maior agonia de sua existência.
Em 1977 recebe a visita do ilustre Presidente do Corinthians Paulista, Vicente Matheus – Estádio Parque São Jorge – Presidente Prudente – Foto: Reprodução
Salvo pela Fiel de Prudente
Um grupo de atletas e torcedores se une para tirar o clube do vermelho. O time reforma o gramado de seu estádio e volta a realizar bons jogos, deixando para trás a ameaça de extinção. Voltou a encher as arquibancadas do Parque São Jorge na segunda divisão de 77 e no ano seguinte deixou de alcançar o acesso apenas na fase final.
Em 79, ganha destaque como um dos favoritos à vaga do acesso. Porém, nem mesmo com a diretoria organizada, o time arrumado e os salários em dia, o time garantiu o retorno à elite do Paulistão. Era o melhor da história do clube desde 1959.
Década de 1980: a venda do estádio
Em 1980, o time passou 23 jogos sem perder entre a primeira e a segunda fase da segunda divisão. O Parque São Jorge estava novamente lotado, mas o time deixou escapar o acesso mais uma vez nas rodadas finais.
A decepção foi grande, e o time perdeu parte do apoio da torcida. Logo, as verbas tornaram-se escassas, e em 1983, o terreno do Parque São Jorge foi vendido para a construção de um shopping center – o primeiro da cidade, o Americanas (atual Prudente Parque Shopping).
Registro da demolição do Parque São Jorge de Presidente Prudente (Foto: Divulgação)
De nada adiantou o choro desesperado e a contestação dos torcedores, que iniciaram movimentos até mesmo para devolver o dinheiro da negociação à empresa compradora do terreno. Em 7 de novembro de 1983, o Corinthians de Prudente vendia o maior patrimônio de sua história.
Sem patrimônio, o time ainda disputou algumas partidas no Parque São Jorge, mas posteriormente firmou-se no recém-inaugurado Estádio Municipal Eduardo José Farah, o Prudentão. Porém, até o final da década de 1990, fez campanhas medianas na Série A-2 do Paulista, sem brigar diretamente pela vaga, mas sem lutar contra o rebaixamento.
Década de 1990: o último suspiro
Rebaixado para a Série A-3, sem recursos, o Corinthians P.P. fecharia suas portas. Mas, com novas eleições, o presidente Jaime Lira Leal Filho conseguiu junto à FPF evitar o fechamento do clube e deu prosseguimento da equipe no Paulista da Série A-3.
O time voltou em 1996 para a A-2. Naquele ano, realizou uma campanha memorável, e ao final do torneio, foi promovido ao lado de Matonense e Francana.
Instável, voltou a ser rebaixado em 1999 e em 2000 fechou suas portas definitivamente. Era o fim de um sonho de 55 anos, que começou porque uma alvinegra, Amélia Barreto, se negava a usar as cores que representavam um time rival.
O “novo” Corinthians de Prudente pode até fazer lembrar aquele antigo Corinthinha do século XX, mas percorrem caminhos paralelos. Este, atual, disputa uma liga amadora desde 2016 por meio da Taça Paulista de Futebol. Utiliza o mesmo nome e escudo para disputar a Liga Amadora de Futebol. Porém, não tem nenhuma ligação com o tradicional clube que representou a cidade em campeonatos estaduais por décadas.
Torcedores símbolo
Amélia Barreto e Adir Dallefi foram as figuras que viveram, incansavelmente, a história do extinto Corinthians de Presidente Prudente e tudo fizeram para sua manutenção e sucesso. Ambos já faleceram.
Adir Dallefi, o Marginal, torcedor símbolo. Rodou o estado inteiro acompanhando o Corinthinha. Faleceu de câncer em 2017, aos 61 anos – Foto: Reprodução
Hino Oficial do Sport Club Corinthians de Presidente Prudente
“É branco e preto é preto e branco / Eu sou Corinthiano o que é que há / É na vitórias ou nas derrotas / Eu sou Corinthiano o que é que há / Nós somos os mosqueteiros / Um por todos todos por um / Povo altaneiro que enaltece a sua gente / Salve o Corinthians, Corinthians de Prudente!”
“Eu vou postar aí, galera. Meu tênis é neon! Pra aqueles corinthianos ainda que ainda tem aquela coisa de verde, o meu tênis é neon.”, disse bem humorado o atacante Jô, em publicação de treino em suas redes sociais.
“Todo mundo sabe o carinho e o respeito que eu tenho pelo Corinthians, jamais vou afrontar a história ou os corinthianos, tá bom? Deus abençoe a todos.”
O atacante ainda reforçou sua preocupação escrevendo no vídeo, que “o verdadeiro corinthiano não está na cor e sim, no coração”.
Foto: Reprodução
Formado nas categorias de base do Corinthians, o atacante de 33 anos sabe algumas regras básicas do clube para ser bem aceito entre os torcedores. Devido à rivalidade com o Palmeiras, que é verde, a maioria dos torcedores alvinegros não usa a cor e cobra veementemente os jogadores que usam, considerando desrespeito às cores do Timão.
A cor do rival já causou problemas a jogadores do Corinthians em ocasiões anteriores. Exemplo disso, o volante Willians – que era reserva – foi cobrado por usar uma bermuda verde quando deixava o CT Joaquim Grava, em 2016.
“Shorts verde, meu irmão?”, questionou um torcedor, na época.
Atacante renegociou valores que ainda tinha a receber do Timão
Em entrevista à Fox Sports, na tarde desta sexta (19), o diretor financeiro do Corinthians revelou que além do salário, Jô receberá, a partir de 2021, também um pagamento mensal referente à dívida do clube com o atleta.
“Tínhamos um compromisso passado com o Jô que renegociamos para pagar durante o contrato dele”, revelou o diretor.
“Não é por isso que o contrato é de três anos e meio. Mas, durante um tempo, nós vamos pagar o salário e parte da dívida que tínhamos com o Jô, a partir de janeiro”.
Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians
Entretanto, o diretor não esclareceu a que se refere a dívida e nem informou o valor. Também ficou em aberto a informação se esse parcelamento quitará todo o valor devido ao atacante, já que, em sua fala, Matias Ávila se referiu à “parte da dívida”.
Jô ganhará menos de R$ 600 mil mensais, somando salário e luvas (premiação pela assinatura contratual) diluídas no contrato — valor inferior ao teto salarial do clube. O atacante vai ocupar o lugar de Vagner Love na folha de pagamento, recebendo praticamente o mesmo salário do ex-camisa 9.
A despesa mensal do Corinthians com o atual elenco está em cerca de R$ 12,3 milhões. Em decorrência da crise financeira ocasionada pela pandemia do coronavírus Covid-19, o Corinthians viu suas receitas sofrerem alto impacto e assim ainda não conseguiu pagar as folhas referentes aos dois últimos meses.
Segundo jornalista, declarações de Matias Ávila não caíram bem no Parque São Jorge
Em entrevista ao Fox Sports, o diretor financeiro do Corinthians, Matias Ávila, confirmou que o adiantamento feito com banco europeu só chegará aos cofres do Corinthians após Pedrinho chegar a Portugal.
Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians
Pedrinho foi vendido ao Benfica (POR) por 20 milhões de euros, cerca deR$ 110 milhões, e seria pago em quatro anos. O Corinthians, no entanto, conseguiu negociar o valor total junto a um banco europeu.
Apesar de o dinheiro ainda não ter caído na conta do Timão, para Matias Ávila, a venda ajuda a colocar “a casa em dia”.
“A venda do Pedrinho foi boa para o Corinthians porque nós poderemos, financeiramente, colocar a casa em dia. (…) O dinheiro do Pedrinho não chegou. Nós negociamos o adiantamento dos três anos com um banco estrangeiro. O Pedrinho tem que chegar lá – ele viaja dia 30 – para que você finalize essa operação. Como você adianta o dinheiro de um bem se o bem não está presente no novo dono?”.
O empresário de Pedrinho, Will Dantas, emprestou ao Corinthians os 30% da negociação, a que teria direito na venda do atleta. Conforme disse o dirigente, Will será ressarcido até o final desta temporada.
“É uma operação que nos ajuda muito a resolver metade da nossa dívida. Vai nos ajudar muito, e nós vamos pagar metade da comissão do Will ainda este ano. Combinamos R$ 15 milhões esse ano.”
Segundo apurou o jornalista Tiago Salazar, da Gazeta Esportiva, o pagamento a Will Dantas não se dará da maneira dita pelo Diretor Financeiro, e isso teria gerado irritação no Parque São Jorge.
O que se sabe é que foi acordado com o agente de Pedrinho que ele receberia o valor emprestado em três parcelas anuais de cerca de R$ 11,8 milhões, mas somente a partir do próximo ano, até o final de 2023.
Para evitar punição da FIFA, Timão tem que quitar pelo menos uma parcela da pendência que tem com o time uruguaio
O diretor financeiro do Corinthians, Matias Romano Ávila, prometeu livrar o Corinthians de uma punição que impediria novos registros de atletas. O Clube deve quitar uma das parcelas atrasadas ao Montevideo Wanderers, no valor de um milhão de dólares, cerca de R$ 5,3 milhões na cotação desta sexta (19). O valor refere-se à parcelas atrasadas pelo pagamento do zagueiro Bruno Méndez.
“A dívida com o Wanderers devemos pagar na terça-feira. Tem o dinheiro para pagar e vai pagar. Não temos problemas com esse assunto. Temos problemas com o futuro. Não estamos quebrados, estamos com o financeiro complicado por conta da falta de jogos e o dever de cumprir algumas obrigações”, relatou o diretor, em entrevista à Fox Sports.
(Foto: reprodução/CorinthiansTV)
Segundo o clube uruguaio, o Corinthians pagou apenas a primeira das três parcelas combinadas na venda de 85% dos direitos econômicos do jogador, negociado por 3,5 milhões de dólares.
Cabe lembrar, que o prazo deste pagamento foi imposto pela FIFA. A maior entidade do futebol deixou como limite o dia 22 de junho para que seja pago, caso contrário o Corinthians seria punido com o veto do registro de novos jogadores, e isso já impactaria na possível inscrição do atacante Jô, anunciado durante essa semana.