A Polícia Federal intimou pela segunda vez o presidente afastado Augusto Melo a depor em um dos inquéritos que investigam possíveis crimes tributários do clube do Parque São Jorge. A PF marcou a oitiva para o dia 6 de agosto, exatos três dias antes da assembleia geral de associados do clube, que votará a última instância do processo de impeachment. A decisão das urnas definirá a destituição ou o retorno do mandatário à presidência.
A primeira vez que Augusto Melo foi convocado ocorreu em 27 de maio, mas ele não compareceu. A defesa do presidente afastado afirma que, à época, ele foi orientado pelo departamento jurídico do clube a reunir documentos relacionados ao Regime Centralizado de Execuções (RCE). A informação doi divulgada pelo UOL.
“Ele não compareceu porque o jurídico do clube informou que não era necessário, que a oitiva seria reagendada para que fossem juntados documentos referentes ao Regime Centralizado de Execuções”, explicou Ricardo Jorge, advogado de Augusto Melo.
Multas e tributos não quitados pelo Corinthians tornaram-se dívida ativa junto à União, o que chamou a atenção das autoridades e motivou a abertura de um novo inquérito pela Polícia Federal. A investigação, conduzida em conjunto pela PF e pelo Ministério Público Federal, está enquadrada nos artigos 1º e 2º da Lei nº 8.137/1990.
Além do inquérito instaurado em 30 de abril, outros dois processos correm em segredo de Justiça relacionados ao mesmo auto de infração. O MPF estipulou prazo de cerca de quatro meses — com possibilidade de prorrogação — para a conclusão das apurações em andamento. Há ainda a possibilidade de novas intimações nesse período.
O clube é apontado como um “grande devedor” no inquérito. Os valores exatos das dívidas são sigilosos, mas tiveram destaque no primeiro ano da gestão de Augusto Melo.
Em nota, a administração atual do Corinthians afirmou que tomou conhecimento do inquérito e está adotando as medidas jurídicas cabíveis.
“O departamento jurídico da gestão interina do Sport Club Corinthians Paulista informa que tomou conhecimento do inquérito e que, neste momento, está adotando as providências legais necessárias para esclarecer as dúvidas das autoridades.”
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