Relembre as duas conquistas mundiais do Corinthians e mate um pouquinho da saudade do futebol
Já dizia uma canção antiga: “A taça do mundo é nossa”. De fato, a satisfação de ganhar um torneio mundial é algo único. O bom é que o sentimento não vale apenas para as seleções, já que os clubes também disputam seus campeonatos internacionais.
O Corinthians conta com dois troféus mundiais em sua galeria de tantos títulos. Então, para matar a saudade do futebol, a Central do Timão preparou um especial sobre as conquistas. Confira!
Se há um título que os rivais gostam de colocar um asterisco é o Mundial de 2000. E a culpa nem é do Corinthians. Anteriormente, acontecia, anualmente, a disputa do Intercontinental, realizada entre os campeões da América do Sul e da Europa. Quatro times brasileiros foram campeões nesse formato: Flamengo, Santos, Grêmio e São Paulo.
No final do século XX, a FIFA resolveu tomar para si a organização do campeonato, aumentando o número de times. Com um caráter experimental, selecionou oito equipes, com bases em resultados de 1998 e 1999. Logo, cada participante representou uma das Confederações. O Corinthians entrou como representante do país-sede, que foi o Brasil. Tal classificação se deu por ser o campeão nacional de 1998, ano utilizado como base para os selecionados.
Assim, o Corinthians entrou no Grupo A, formado por Real Madrid (representante da FIFA por ganhar o Intercontinental de 1998), Al-Nassr (campeão da Supercopa da Ásia de 1998) e o Raja Casablanca (campeão da Liga dos Campeões da CAF de 1999).
Na primeira partida, o Timão enfrentou o Raja, no Morumbi. Luizão e Fábio Luciano marcaram para o alvinegro, ambos no primeiro tempo. Assim, o Corinthians estreou com uma vitória por 2 x 0. No jogo seguinte, enfrentou o todo-poderoso Real Madrid. Em um embate eletrizante, Anelka e Edílson marcaram dois gols cada, finalizando o placar em 2 x 2.
Na última partida do grupo, mais uma vitória por 2 x 0. Dessa vez, contra o árabe Al-Nassr. Ricardinho e Rincón marcaram para o alvinegro em um Morumbi lotado. O Timão se classificou em primeiro lugar do grupo, assim, como previa o regulamento, qualificou-se para enfrentar o Vasco na grande final.
No dia 14 de janeiro de 2000, o Corinthians entrou no Maracanã com mais de 70 mil pagantes. O jogo ficou no zero, até mesmo na prorrogação. Daí foram só os pênaltis para decidir. Rincón, Fernando Baiano, Luizão, Edu fizeram para o Timão. Marcelinho perdeu. Para o lado vascaíno, marcaram Romário, Alex Oliveira e Viola. Gilberto errou e Edmundo bateu a última cobrança. Porém, o atacante desperdiçou e mandou a bola derradeira para cima do gol.
Assim, com a autoridade conferida pelo próprio nome do torneio, o Corinthians era Campeão Mundial da primeira competição de tal configuração assinada pela FIFA, entidade máxima do futebol.
Durante muito tempo, a piada de não ter Libertadores perdurou contra os corinthianos. O tom jocoso também se estendia para o Mundial, já que os rivais o chamavam de ‘torneio de verão’. Tudo porque o Corinthians não havia ganho a competição continental, algo que não faz sentido, já que o clube entrou como representante do país-sede, no caso, o Brasil.
Mas os deuses do futebol quiseram que 2012 viesse para quebrar com todas as ‘zoeiras’. Em julho, mais precisamente no dia 4, o clube conquistou a tão sonhada e inédita Copa Libertadores da América. Assim, qualificou-se para a disputa do Mundial de Clubes, no Japão.
Enquanto no primeiro experimento de 2000 a FIFA dividiu os clubes em grupos, a partir de 2005 começou a imperar o novo formato do Mundial. Agora, representantes de confederações como a CONCAF se enfrentavam em mata-matas. Os clubes sul-americanos e europeus entram já na semifinal, um em cada lado da chave.
Assim, no dia 12 de dezembro, o Corinthians entrou no estádio na cidade de Toyota para enfrentar o Al-Ahly, representante do Egito. A equipe africana já havia despachado o Sanfrecce Hiroshima, representante do país-sede. O jogo não foi nada fácil para o Corinthians. Apesar da superioridade técnica do Timão, os egípcios impuseram grande dificuldade. O gol alvinegro saiu aos 30 do primeiro tempo, marcado por Guerrero.
No outro lado da chave, o Chelsea venceu o Monterrey, do México. Desse modo, América do Sul e Europa se enfrentariam na final. No dia 16 de dezembro, no estádio de Yokohama, a bola rolou para Chelsea e Corinthians. Em diversos momentos do jogo houve equilíbrio entre as duas equipes. Os ingleses, porém, chutaram mais ao gol. Cássio, em uma noite iluminada, fechou a meta. O Timão foi mais cirúrgico e, aos 24 do segundo tempo, Guerrero marcou de cabeça o único gol do jogo.
Assim, sem contestações, classificando-se pela Libertadores e atravessando o planeta, o Corinthians se sagrava novamente Campeão Mundial Fifa.
Para relembrar um pouco da conquista, a Central do Timão preparou um vídeo especial. Confira.
Por Gabriel Gonçalves / Redação da Central do Timão
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