O time feminino do Corinthians sofreu com desfalques ao longo da temporada e teve de se reinventar ao longo do ano para conquistar o tetracampeonato do Brasileirão, contra o Internacional, no sábado. Em entrevista na última segunda-feira, o técnico Arthur Elias detalhou todas as alterações táticas que precisou realizar na equipe durante o mata-mata da competição.
“Tivemos muitas dificuldades nesta temporada. Fizemos uma boa quartas de final, contra uma boa equipe, o Real Brasília, sem tomar gol, mas produzindo menos do que precisávamos para enfrentar o Palmeiras e para uma possível final”, declarou Arthur ao Baita, Amigos, da BandSports.
“E aí, com todos esses desfalques e com as características das jogadoras que eu tinha, eu mudei o sistema na semifinal. Acho que foi uma decisão bastante acertada para potencializar as jogadoras que a gente tinha”, complementou.
Arthur Elias explicou que escalou o Corinthians com apenas uma zagueira, três jogadoras em cada lado do campo, duas meio-campistas técnicas na armação das jogadas e uma centroavante de ofício. Para o treinador, o sistema causou dúvidas na marcação de Palmeiras e Internacional, na semifinal e na final do Brasileirão Feminino.
“Acabei jogando o primeiro jogo da semifinal, contra o Palmeiras, e as duas finais contra o Inter, só com uma zagueira de ofício e com duas pelo lado. Fizemos um trinca pelos dois lados do campo. Diany, Jaqueline e Portilho pela direita, Yasmim, Tamires e Adriana pela esquerda, uma zagueira central, duas meio-campistas técnicas, que armam o jogo, Gabi Zanotti e Vic (Albuquerque), e na frente a Jhennifer, jovem, que tem características de 9, fez quatro gols nos últimos três jogos”, disse.
“Conseguimos fazer um sistema onde geramos dúvidas nos adversários. Tanto Palmeiras quanto o Inter marcaram no 4-4-2, e geramos dúvidas na marcação das pontas, laterais e zagueiras deles. Conseguimos ter um jogo por dentro muito forte, pela capacidade das nossas meio-campistas, mas elas precisavam controlar um gasto de energia delas, porque a Zanotti não está 100% fisicamente por uma lesão. Gabi Morais e Vic também não estão no auge da forma, estão voltando de lesão.”
Por fim, Arthur Elias destacou que suas alterações táticas deram resultado positivo para o Corinthians.
“Então, conseguimos, dentro do que tinha, fazer um time muito competitivo, gerar dúvidas na marcação adversária e marcar alto os dois jogos, bem ofensivo, e deu certo. Fomos para o último jogo com crescente grande durante a competição”, concluiu o técnico.
O Brasileirão Feminino de 2022 foi o 12º título conquistado por Arthur Elias à frente do Corinthians. Ele ainda foi campeão de outras três edições da competição (2018, 2020 e 2021), de uma Copa do Brasil (2016), de três Libertadores (2017, 2019 e 2021), de três Paulistas (2019, 2020 e 2021) e de uma Supercopa (2022).
Veja mais:
Diany destaca apoio de Cássio ao Corinthians Feminino e faz convite especial para Renato Augusto
Renato Augusto vê Corinthians mais forte em final contra o Flamengo e ‘esquece’ Libertadores
Corinthians recebe São José para se reaproximar da zona de classificação do Paulistão Feminino
2019 @ Central do Timão - Todos os direitos reservados