O ex-presidente corinthiano Andrés Sanchez apontou um “defeito” na base do Corinthians. Ele acredita que a falta de um hotel para as revelações alvinegras é o principal causador do mau desempenho do Timão nas competições de categorias inferiores nos últimos anos. Porém, o ex-mandatário prevê uma melhora neste aspecto após o término da construção do alojamento, o que deve ocorrer no final deste ano.
“A base do Corinthians tem um defeito. O hotel vai acabar acho que até o final do ano, meio do ano que vem. Quando tiver o hotel da base, você vai ver o que é revelar jogador muito mais do que hoje. Hoje não posso trazer jogador de 14, 15, 16 anos. Eu nunca trouxe. Na casa dos atletas tudo tem mais de 17 anos. Tem 16, 20 atletas lá”, disse Andrés, em entrevista ao podcast “De Lavada”, na última segunda-feira.
“Os outros times têm moleques de 14 anos morando no alojamento, porque nós não temos hotel. O Palmeiras aluga casas para colocar os meninos pra morar. Eu não vou fazer isso. Quando tiver o hotel pronto, o Duilio vai acabar o hotel, que é a única coisa que falta, aí vamos poder colocar 160 garotos lá dentro, com segurança, psicólogo, com tudo, aí vão vir muito mais jogadores.”
Andrés Sanchez ainda explicou que o Corinthians não tem como trazer a família de um garoto que mora longe para São Paulo. Para ele, isso também é um problema que dificulta o sucesso do clube nas categorias de base. “O moleque de 14, 15 anos, que nosso scout vê lá em Belém, como que vou trazer o jogador pra cá? Vou trazer a família? Não dá para fazer isso. A base tem seus problemas, sou oriundo da base”, concluiu.
Andrés Sanchez foi presidente do Corinthians em dois mandatos. No primeiro, entre 2007 e 2011, conseguiu iniciar o projeto da Neo Química Arena e conquistar títulos como Brasileirão Série B (2008), Paulistão (2009), Copa do Brasil (2009) e Brasileirão Série A (2011), além de ter montado os elencos campeões da Libertadores e do Mundial, em 2012.
Entretanto, o ex-mandatário não obteve o mesmo sucesso em sua segunda gestão, entre 2018 e 2020. Ele conquistou apenas dois troféus estaduais (2018 e 2019) e viu a dívida do clube aumentar em mais de 100% – o valor registrava R$ 476,6 milhões quando Andrés tomou posse, e estava em R$ 956,9 milhões quando entregou o cargo para Duilio Monteiro Alves.
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