Na tarde deste domingo, 20, o Corinthians recebeu o Flamengo na Neo Química Arena, em duelo válido pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil. Mesmo com um a mais desde a primeira etapa, o Alvinegro Paulista sofreu para criar chances e empatou em 0 x 0, resultado que eliminou a equipe da competição.
Após a partida, o técnico Ramón Díaz e o auxiliar Emiliano Díaz falaram à imprensa em entrevista coletiva. Eles lamentaram a eliminação, explicaram as mudanças feitas na equipe, opinaram sobre o que faltou para o Timão marcar ao menos um gol e projetaram a sequência da equipe na temporada. Confira algumas das respostas da dupla:
Faltou o gol (Emiliano e Ramón Díaz, respectivamente)
“Hoje não estávamos no dia que precisávamos estar. Fizemos muitos cruzamentos e eles estavam com três zagueiros. Precisamos ter um pouco mais de calma.”
“Como dissemos desde que chegamos, buscando uma equipe ofensiva, mas que seja contundente, buscando mais a tranquilidade. Vimos uma equipe muito acelerada tentando entrar um pouco rápido demais no ataque. Vamos ter mais uma chance, uma partida importante (na Copa Sul-Americana) e tomara que possamos ganhar.”
Postura do adversário (Ramón Díaz)
“Creio que o Flamengo se agrupou muito bem defensivamente. Tivemos duas ou três chances, mas não claras como na outra partida. Isso nos custou. Tínhamos de manter mais a calma. Havia muita pressão porque era uma partida importantíssima para nós. Entregamos tudo. Sabemos que quando perdemos em uma partida tão importante como essa, fica dolorido. Mas, com sorte, não é a única chance que temos. Jogaremos outras coisas importantíssima pelo clube. Vamos tratar de recuperar para ter um bom rendimento.”
Mudanças realizadas (Ramón e Emiliano Díaz, respectivamente)
“Fiz a mudança porque considerei que necessitávamos mais ataque, creio que o Giovane entrou muito bem, profundo, teve chances, teve chances que poderia ter feito o gol.”
“Gustavo pelo Félix foi pelo amarelo. Ele tinha um corte na cabeça e estava sangrando muito. E com o Carrillo manteria um pouco mais do controle da bola e teria mais profundidade. Sobre o Talles, a última vez que fez 90 minutos foi aqui contra o Flamengo também. Notamos no segundo tempo ele um pouco cansado também. Sempre foi com a intensão de atacar e sermos um pouco mais profundos (as alterações), mas acho que hoje não deu certo porque não fomos tão claros na hora de definir.”
Capricho na definição (Emiliano Díaz)
“Qualidade, não (faltou). Fizemos 34 gols. Somos o time que mais gols fez no futebol brasileiro desde que chegamos. Tem dias que não estamos no dia certo, hoje a bola não entrou. Faltou um pouquinho mais de calma. Essa é a palavra. Para a ultima bola entrar. Mais nada. Temos uma final agora outra vez e o Corinthians não para. Temos um dia para lamentar. Hoje estamos tristes. Chateados. Todas as sensações que podemos ter depois de uma semifinal de copa. Esse grupo tinha um sonho muito grande de disputar uma final, mas temos de seguir.”
Por que Bidon não entrou? (Emiliano Díaz)
“Não precisamos do Breno hoje. Ele é um dos titulares, mas hoje precisávamos de mais gente por fora. Por fora hoje tínhamos Pedro e Giovane. O Hector é mais centroavante e hoje decidimos por isso. Eles estão preparados para jogar, mesmo que não tenham minutagem. Tentamos o jogo por fora deixando os centroavantes à frente da zaga, com o Garro tentando romper a linha. Mas não deu certo.”
Próximos jogos (Ramón)
“São dois jogos que temos de jogar e na nossa casa queremos ganhar. Se mantivermos a calma e a pressão… são jogos decisivos, que com certeza com nosso torcedor vamos tentar ganhar. São partidas complicadas, temos de manter a calma, trabalhar taticamente para tratar de ganhar.”
Pressão no cargo? (Ramón Díaz)
“Pressão temos desde que chegamos. Estamos na zona de rebaixamento desde que chegamos. Pressão existe. Não merecemos estar onde estamos. Todo mundo sabe, nós sabemos. Não existe nenhuma semifinal do mundo que não tenha pressão de ganhar. A pressão existe. Se tem pressão é porque estamos capacitados para estar aqui. Gostamos de estar sempre em time grande porque tem mais pressão que em time normal. A pressão existe em time grande. Estamos tranquilos. Acho que não muda, mesmo ganhamos hoje tinha de passar para a final da Sul-Americana. É o Corinthians.”
Fagner no banco (Emiliano Díaz)
“Estava apto, mas quando tiramos o Matheuzinho, se eles tivessem com 11, entraria o Fagner. Como estavam com 10, pensamos no Giovane para atacar mais. No primeiro tempo com o Flamengo sofremos muito com três volantes. Usamos o mesmo esquema no segundo tempo com o Atlético, contra o Inter. Analisamos, vimos o time podia jogar com dois volantes e dois por fora. E acho que deu certo. No 11 contra 11 controlamos o jogo. Tínhamos a pressão um pouco mais alta do que no primeiro tempo no Maracanã. E optamos por isso. Mas não tivemos o frescor. Vou repetir: todos os sistemas que usamos nós trabalhamos. Não usamos por usar.”
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