A história por trás da transmissão da final do Brasileirão Feminino – Blog do Vini Bonadie

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Parte 1: Vencemos na casa das adversárias! Rival 0x1 Corinthians

O Corinthians sagrou-se tricampeão brasileiro no futebol feminino no último domingo (26), quando derrotou o seu maior rival, por 3×1, no jogo da volta na Neo Química Arena. A Central do Timão cobriu os dois jogos in loco, além de toda a equipe na transmissão por live.

Vocês já sabem como foram as partidas, já sabem os resultados e todas as curiosidades. Então por qual motivo estou escrevendo este texto? Porque vou contar para vocês sobre a nossa cobertura. Você vai ler uma história e não um texto jornalístico, vamos lá.

No dia oito de setembro, quatro dias antes da primeira partida da final, Ciro, chefe da Central do Timão, mandou as escalas no grupo de setoristas da CDT e, posteriormente, começamos os preparativos para cobrir o primeiro Derby, válido pelo jogo de ida da grande final. Fui à casa do rival, no Allianz Parque, junto com Matheus Fernandes. Por lá, nós nos revezamos entre ficar na transmissão ao vivo e prestar atenção ao jogo.

A CDT fez a live com o narrador Yago Delbuoni e com as comentaristas Nay Perone e Nubia no pré-jogo, transmissão e no pós-jogo, além, é claro, de nós (eu e Matheus) que estávamos no estádio. As outras pessoas da equipe participaram da maratona que antecedeu à final feminina, com a expectativa da estreia de William no masculino (não aconteceu), tendo o Biro-Biro, ídolo do Corinthians, na live.

Tudo pronto e organizado para o jogo, a Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, nos deu as credenciais necessárias para a partida, enfatizei aqui e expliquei mais no segundo episódio o motivo.

A final estava marcada para o domingo (12), às 21h. Eu moro próximo ao local do jogo, então organizei minhas coisas e cheguei ao Allianz por volta das 19h30. A fila para entrar no jogo era enorme e lenta, graças a organização. Eles autorizavam entrar apenas três pessoas por vez – entrar significa que ainda iriam verificar a credencial e o seu documento para te liberarem.

Eu estava ansioso e nervoso com a demora, queria que o jogo começasse logo, estava otimista, mas sabia das dificuldades, eram os dois melhores times do campeonato. Finalmente, depois de um bom tempo na fila, eu entrei (primeira vez que fui naquele estádio). Os jornalistas foram designados para o último andar do Allianz, longe do campo, porém tinha bancada com tomada e Wi-Fi. Tudo o que precisamos! M instalei ali e esperei a chegada do Matheus.

Foto: Agência Corinthians

O último andar é bem alto e as arenas têm uma arquitetura que faz com que o som suba, então o volume do hino e músicas do rival que saíam dos altos falantes eram altos e atrapalhava a live, principalmente pelo conteúdo que falava do nosso maior rival, né?

Algumas curiosidades: O narrador do estádio (a voz que fala as escalações) não dizia o nome do Corinthians. No telão, o símbolo do Timão era muito menor que o da equipe alviverde, coisas de rivalidade, que eu, particularmente, gosto muito, é divertido.

O Matheus chega, entramos na live e rola a bola do primeiro Derby. O Corinthians é melhor que o Palmeiras durante todo o primeiro tempo, inclusive, faz um gol que é anulado na sequência. Mesmo sendo melhor, a equipe do técnico Arthur Elias não aproveita as brechas, que eu chamei bastante atenção na transmissão. As costas da defesa do adversário estavam sempre livres, tinha campo para a Portilho e Tamires arrancarem.

No intervalo, tentamos contato com o analista de desempenho do Corinthians, mas ele estava trabalhando, claro, não conseguimos uma palavrinha. Eu e o Matheus, mais uma vez, vamos nos revezando entre live e informações do jogo. Começa o segundo tempo.

Durante a live, eu falei algumas vezes que a Vic Albuquerque não estava jogando tão bem como ela sempre joga e comentei que ela poderia sair. Vic foi lá e me calou. Em falta sofrida pelo meio, ela dá assistência para Gabi Portilho fazer um lindo gol de cobertura. 1×0 pro Time do Povo. Tudo nosso e nada deles!

O jogo fica bem pegado, Zanotti que o diga…A nossa 10 foi caçada durante a partida, se irritou e levou cartão. Um lance bizarro foi quando a jogadora do Corinthians, Jheniffer tentou proteger a bola e o seu quadril acertou o rosto da atleta Augustina, defensora do rival. O VAR chamou a arbitra Thayslane, será que poderia ser lance de vermelho? Não, seria ainda mais estranho, a arbitra vê o lance e resolve dar amarelo, AI NÃO, NÉ? Errou e muito, não pode dar amarelo em lance acionado pelo VAR. Mais um cartão entre tantos que o Timão levou. Péssima a arbitragem no jogo.

Com polêmicas e apenas 1×0 no placar, o Coringão saiu vitorioso. Após o final do jogo, eu e Matheus fomos tentar alguma entrevista, não ia ter coletiva. Tentamos acesso ao campo, não deixaram. Tudo bem, eu já esperava. Então eu vi a Aline Pelegrino, Coordenadora de Competições Femininas da CBF, ela trabalhava na Federação Paulista de Futebol na época que eu fui estagiário lá, então eu esperei para ver se ela passava por mim e assim conseguia uma entrevista, em vão, não deu.

Bora pra casa, né? Saio do estádio, chamo meu carro de aplicativo (não farei propaganda gratuita), me despeço do Matheus que vai embora antes e quem aparece na saída do Allianz? A Aline Pelegrino, mas bem na hora que meu “motorista” chega, sem entrevista, com vitória e um sorriso no rosto, eu parto.

Quer mais? Fica pro próximo texto! A finalíssima na Neo Química Arena teve briga da CDT com a CBF, dificuldade para chegar no estádio, ansiedade a mil, show das meninas, título, pizza, entrevista com a Érika e com a capitã Tamires…Tudo isso na parte dois, fui!

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