As lendas de Corinthians e Boca Juniors se enfrentaram na tarde deste sábado, 5 de julho, no Mercado Livre Arena Pacaembu, em confronto festivo relembrando os 13 anos da conquista corinthiana inédita e invicta da Conmebol Libertadores 2012. A partida foi intitulada como Reencontro de Gigantes e terminou empatada por 1 x 1. O gol corinthiano foi marcado pelo ex-lateral-esquerdo Fábio Santos.
Pouco antes do início do evento, o ex-volante Paulinho, titular na campanha da conquista do título internacional em 2012, foi questionado sobre a importância do técnico Tite em sua carreira e não segurou as lágrimas. O ex-camisa 8 também revelou que a preleção do comandante foi idêntica a da véspera da decisão do dia 4 de julho de 2012.
“Eu sou muito suspeito para falar do professor Tite, até porque nós já vivenciamos muitas histórias e ele me emociona um pouco, porque foi o cara que eu tive a oportunidade de sair duas, três vezes do Corinthians e a primeira pessoa que eu conversava era ele. E ele deixava muito claro que eu que decidia, mas eu precisava de ajuda e tudo aqui que ele me passava, todas aquelas informações eu pensava, absorvia da melhor maneira possível para poder tomar a minha decisão. Graças a Deus, as decisões que eu tomei foi permanecendo no Corinthians com a ajuda do Tite e várias outras coisas, né?
“É uma coisa que eu levo o Tite, a família dele, com muito carinho, com muito amor para o resto da minha vida. Um momento que ele passou agora, esses últimos tempos aí, eu fui um cara que tive muito presente, participei bastante desse ocorrido. Então, eu sei o quanto foi difícil pra ele, pra família, mas é mais uma vez como eu falei, a gratidão de ter tido ele como treinador, como pai, como amigo e hoje podendo de alguma forma retribuir o carinho que ele teve com todos nós.”
Situações marcantes daquele elenco de 2012
“Não tem uma específica, até porque era, como eu falei, um dos melhores elencos que eu trabalhei. Não tem nenhuma específica, mas a única certeza que eu posso passar para vocês é que todo o treino, que todo o jogo, que toda a concentração era um grupo que tinha tudo isso, de responsabilidade, de caráter, personalidade, mas era um grupo muito feliz e sabia o que queria. Então, nós conseguimos levarmos isso para dentro do campo. Essa alegria toda, esse sentimento, esse carinho, esse respeito com a camisa, mas com muita alegria dentro do vestiário.”
Volta ao Pacaembu
“É um filme bonito ainda de lembra. A chegada do ônibus, caminho que nós fomos por muitos anos. Teve momentos difíceis também, mas vamos recordar os momentos bons. Eu estava falando com o Paulo André agora no ônibus, que hoje desse outro lado nós achamos que era muito fácil. Nós chegávamos e jogávamos e não. Existe muita coisa por trás do atleta chegar e jogar futebol. Então hoje a gente vê a importância de uma gestão de pessoas que se doam para o futebol, para tentar oferecer o melhor para os atletas. Então tudo isso você lembrando, indo lá no passado, isso é bom, isso é gostoso. Espero que agora desse outro lado (como dirigente – Mirassol) eu possa ajudar também.”
Preleção de Tite idêntica a de 2012
“Mesmo jeito, da mesma forma, com a mesma concentração que ele fala, estar mentalmente forte, então é uma coisa que hoje, não sendo mais atleta profissional, mas não tem jeito, você vê nos olhos dele quanto ele se doou, ele se doa pro futebol, e a vontade dele de vencer ela nunca para, é impressionante. Então, foi do mesmo jeito que foi em 2012.”
Conquista inédita da Libertadores
“São muitos sentimentos. Muitas as adrenalinas que aconteceram naquela competição. Mas é uma lembrança lembrança especial, era uma responsabilidade gigantesca. E nós sabíamos que, pelo menos eu, seria uma última oportunidade para eu tentar retribuir o que o Corinthians, o torcedor, o que a instituição fez por mim. E aqui é falando agora por mim e pelo elenco.”
“Nós sabíamos que estava muito perto, então nós sabíamos que tínhamos que fazer algo diferente. E o diferencial, muitas das vezes as pessoas acham que é ali dentro, não é com a bola, não. O diferencial, ela passa também por um grupo focado e sabia o que queria fora do campo também, concentrado, com responsabilidade. Então isso nos trouxe a uma grande conquista e é por isso tudo que nós vamos deixar. O nosso legado e a nossa história marcada na história do Corinthians.”
Em duas passagens pelo Corinthians (2010-2013 e 2022-2024), Paulinho entrou em campo 219 vezes com a camisa corinthiana (166 como titular) – 109 vitórias, 59 empates e 51 derrotas – aproximadamente 60% de aproveitamento – e marcou 40 gols. Além disso, conquistou quatro títulos: Campeonato Brasileiro (2011), Conmebol Libertadores (2012), Mundial de Clubes (2012) e Campeonato Paulista (2013).
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