Na tarde deste sábado, 5 de julho, às 15h (horário de Brasília), as lendas do Corinthians e do Boca Juniors se enfrentarão no Mercado Livre Arena Pacaembu em referência à decisão da Conmebol Libertadores de 2012, conquistada de maneira inédita e invicta pelo Alvinegro naquele ano.
Nesta quarta-feira, 4 de julho, o título diante dos argentinos completou 13 anos e dois dos campeões da América naquele ano concederam entrevista à imprensa como um aquecimento para o duelo, intitulado como Reencontro de Gigantes. São eles: o ex-lateral-direito Alessandro e o atacante Emerson Sheik. Em coletiva, ambos ressaltaram a relação com Tite, treinador do elenco corinthiano naquela época e multicampeão pelo clube.
“É muito especial reencontrar o professor. A gente procura sempre estar em contato e ainda tem essa relação de professor, treinador, de ensinamento e aprendizado, que foi algo do convívio de trabalho. Mas fica a relação de amizade, respeito, carinho e admiração. Uma pessoa que a gente tem uma gratidão tremenda. Falo por todo o grupo de 2011 a 13 e por aí a fora.”
“Não somente o professor, mas toda a equipe que trabalha com ele. Ele construiu conosco uma interação de muita admiração, de muita reciprocidade no convívio no dia a dia, num entendimento daquilo que era trabalho daquilo que era alegria, do treino, do jogo, enfim. As palavras são de gratidão por reencontrá-lo. Estou muito feliz em ver que está bem. É isso que fica e é isso que a gente deseja para todos sempre”, disse.
Em seguida, Emerson Sheik acrescentou: “Eu tenho 600, 700 mil histórias com ele (Tite), né? Nós estávamos comentando antes, e eu falei de 2011, 2012, que eu cheguei no Corinthians e tudo que eu vivi dentro do campo era completamente distinto do que eu vivia fora. Eu vivia um momento de solteiro, onde eu aprontei, né, professor? eu vivi momentos incríveis com o professor Tite, no qual eu me tornei, dentro do meu segmento, um cara mais responsável, um cara mais competente, com isso, o meu crescimento profissional veio, e talvez o motivo de eu estar aqui hoje, o senhor tem uma participação imensa nisso, e, sobretudo, o que eu sou como pessoa, como ser humano.”
“Eu me tornei um filho melhor, um irmão melhor, um pai muito melhor, e tenho no meu telefone o nome do professor Tite gravado da seguinte forma, pai Tite, e todos os lugares que eu tenho a oportunidade de falar do senhor, é ser repetitivo, é redundância falar da capacidade profissional, porque isso é só dar um Google, e nós vamos ver tudo o que o senhor conquistou”, comentou.
Em seguida, o ex-camisa 11 revelou bastidores do dia da decisão e disse que sonhou que marcaria pelo menos um gol: “Eu saí de Nova Iguaçu. Naquele dia, eu só pensava de onde eu saí e aonde eu poderia chegar depois daquele dia. Era sobre merecimento, o Tite me ensinou muito isso. Ele eleva o nível de concentração lá no alto. Sonhei que fiz o gol do título, eu só tinha certeza que ganharíamos o título.”
“Após o jogo, eu sabia que seria lembrado pelos gols. Mas, não podia deixar de dividir com o elenco. Fiz os gols como qualquer outro poderia fazer. Foi um momento mágico, acabei sendo o cara que decidiu o jogo. Mas, a emoção maior foi o título. Fico até desconfortável, não acho justo deixar de dividir com o grupo. Se não fosse a contribuição de todos, o Corinthians não seria campeão”, afirmou.
Por fim, Alessandro comentou como ficou sabendo que seria o capitão do Corinthians na partida de volta da final contra o Boca Juniors e ressaltou a sua gratidão pelo clube do Parque São Jorge.
“Falar do Corinthians para a minha vida profissional…. Um passo muito simples, por toda paixão, por todo respeito, por toda admiração que eu tenho pela instituição. E eu costumo trazer três palavras que significam tudo quando eu olho para essa instituição e tudo que vivenciei nela. Não me canso de dizer e vou carregar isso para o resto da minha vida, que o Corinthians é minha vida, é minha história, meu amor.”
“O Edu Gaspar, que era nosso executivo, se dirigiu até mim para me comunicar que eu seria o capitão daquela noite. Vindo de uma mensagem técnica, que eu iria colocar a faixa de capitão representando todo o grupo de trabalho: atletas, comissão técnica, parte diretiva, e, principalmente, os nossos torcedores durante o jogo. E depois, graças a um bom resultado, veio o momento especial de levantar o troféu”, finalizou.
Alessandro chegou ao Corinthians em 2008 e participou de toda a reconstrução da equipe desde a queda para a Série B até a conquista do Mundial, no Japão, em 2012. Ao todo, fora, 259 partidas pelo Alvinegro, quatro gols marcados e sete títulos conquistados: Campeonato Paulista (2009 e 2013), Campeonato Brasileiro (2011), Série B (2008), Copa do Brasil (2009), Conmebol Libertadores (2012), Mundial de Clubes (2012).
Por sua vez, Emerson Sheik chegou ao Parque São Jorge em junho de 2011. Ao todo, disputou 196 partidas com a camisa corinthiana e marcou 28 gols. Além disso, foram sete taças conquistas: Campeonato Brasileiro (2011 e 2015), Conmebol Libertadores (2012), Mundial de Clubes (2012), Recopa Sul-Americana (2013) Campeonato Paulista (2013 e 2018).
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