Na última quinta-feira, 11, o Corinthians demitiu Ivan Andrade, jornalista que atuava como apresentador e gerente de comunicação da Corinthians TV. Em entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã deste domingo, ele revelou que a justificativa apresentada pelo clube para sua demissão foi uma “reformulação” e desmentiu a acusação de que vazava informações internas.
“Essas notícias falsas [que a demissão teria sido por vazamento de informações], fake news que criaram, obviamente não existem. A minha justificativa para saída, se é que pode ser considerada justificativa: ‘reformulação’, a palavra utilizada (pelo clube), só“, iniciou Ivan Andrade.
O jornalista também comentou sobre suas ações na Corinthians TV, como a gravação de treinos e os elogios que recebeu de torcedores por mostrar o dia a dia do clube além das quatro linhas.
“Fiz coisas diferentes como mostrar o CT, o hotel, o departamento de fisiologia, o departamento médico… O dia que eu gravei e apresentei o hotel, teve torcedor que chegou pra mim e falou ‘pô eu não sabia que tinha um hotel’. Então, assim, eu consegui de uma forma ou de outra aproximar o torcedor do CT.“
“Aquelas entrevistas de 30 minutos com alguns atletas repercutiram super bem. Eu nunca puxei para o lado de rendimento, sobre Corinthians, eu sempre buscava o outro lado, mais humano”, continuou.
Por fim, Ivan Andrade comentou sobre como a falta de comunicação em todos os departamentos do clube prejudicou seu trabalho. Ele citou como exemplo a chegada do técnico António Oliveira e do executivo Fabinho Soldado para ilustrar essa ausência de diálogo no clube.
“Cara, eu não posso falar um ‘a’ de ninguém ali dentro do elenco, não posso falar um ‘a’. Seria leviano, irresponsável, oportunista. Minha função era aproximar o torcedor do clube. Nunca participei de uma reunião com Augusto, Fabinho, com Rubão na época. Nunca soube de nada. Estratégia, contratação… Por exemplo, eu nunca sentei com o Fabinho Soldado para falar sobre comunicação. Eu era o gerente de comunicação e ele nunca me chamou pra uma conversa“, afirmou Ivan Andrade.
“O António, uma das pessoas mais incríveis que eu conheci como profissional. A chegada do António… Cheguei no CT às 6h50, como disse, parei meu carro, e vejo uma van entrando. Falei ‘deve ser a comissão nova’. Aí o motorista abriu a porta da van, desceu António, Bernardo, Felipe, Diego, Bruno Lazaroni… Não tinha uma pessoa ali para recebê-los. Se eu não tivesse chegado ali, não teria ninguém. Aí os recebi, me apresentei, dei uma voltinha rápida no CT, no vestiário e tal e falei: ‘vamos tomar um café da manhã’, pedindo a Deus que alguém chegasse”, concluiu o jornalista.
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