O Corinthians firmou contrato com dois patrocinadores para o mesmo espaço na camisa do time de basquete feminino do clube. Um dos acordos foi assinado com a N. Zeppone para a exposição da marca Polpanorte, com validade até 28 de fevereiro de 2025. O outro contrato foi celebrado com a CNK, proprietária da marca Kasinski Consórcio, e tem vigência até 31 de dezembro deste ano. A informação foi divulgada inicialmente pelo Blog do Perrone, no portal Uol, e confirmada pela Central do Timão.
Ambos os contratos, aos quais a Central do Timão teve acesso, indicam que os patrocinadores têm o direito de divulgar suas marcas na parte frontal máster das camisas dos uniformes oficiais de jogo da equipe profissional de basquete feminino do Corinthians. Em outras palavras, cada contrato garante ao respectivo patrocinador a exclusividade da exibição de sua marca na parte da frente do uniforme.
“O que significa dizer que o Corinthians não poderá expor, durante a vigência deste contrato, nenhuma outra marca no referido espaço“, diz trecho dos documentos. No entanto, a Kasinski Consórcio acabou ocupando a parte posterior da camisa.
De acordo com o diretor da empresa, Leandro Rodrigues, a patrocinadora aceitou a mudança do local da estampa da marca sem receber compensação financeira. No entanto, cabe destacar que, durante a estreia da equipe feminina de basquete na LBF, o representante da Kasinski Consórcio estava visivelmente irritado com a alteração, segundo relatos de testemunhas presentes no local.
A assessoria do Corinthians respondeu ao Uol que há dois contratos com status de máster, um para a frente da camisa e outro para as costas, assegurando que os patrocinadores não estão em conflito e que os acordos permanecem vigentes.
Para estampar a marca da Kasinski Consórcio na camisa da equipe de basquete feminino, a CNK desembolsará R$ 450 mil em 10 parcelas mensais de R$ 45 mil. A Polpanorte, por sua vez, pagará R$ 526.315,79 em 12 parcelas de R$ 43 mil. Ambos os contratos incluem pagamento de comissão por intermediação, mas apenas o contrato com a N. Zeppone, intermediado pelo empresário Rodrigo Bezerra da Silva, será pago pelo Timão.
O Corinthians pagará como comissão ao empresário o equivalente a 7% do montante líquido de cada parcela recebida pelo patrocínio da Polpanorte. O valor deste acordo e o pagamento da comissão não foram divulgados pelo clube no anúncio da parceria. Assim como no caso da empresa que intermediou o contrato com a VaideBet, patrocinadora máster do futebol masculino, a intermediação não está entre as atividades econômicas da empresa de Rodrigo Bezerra da Silva.
Sérgio Moura, diretor de marketing licenciado do Corinthians, assina como testemunha em ambos os contratos. Recentemente, ele solicitou licença do cargo por tempo indeterminado para se defender das acusações relativas ao pagamento de comissão pela intermediação do contrato com a VaideBet.
A Kasinski Consórcio, que também patrocinou a equipe sub-20 na Copinha e o futebol feminino do Corinthians, além do basquete, ainda utiliza o camarote 540 do clube na Neo Química Arena. Segundo o diretor da empresa, a cessão do espaço foi parte da negociação para os patrocínios e consta em contrato. Entretanto, nossa reportagem não encontrou menção à cessão de camarotes em nenhum dos acordos firmados entre a empresa e o clube.
Somente no contrato de patrocínio do uniforme da equipe de futebol feminino, pelo qual a administradora de consórcios desembolsa R$ 2,1 milhões, está estipulado o direito do patrocinador a 10 ingressos por jogo com mando de campo do time profissional de futebol feminino, “desde que o jogo seja aberto ao público e a comercialização dos ingressos seja responsabilidade exclusiva do Corinthians”.
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