O candidato de oposição à presidência do Corinthians, Augusto Melo, foi alvo de protestos na manhã desta segunda-feira, 20/11, no Parque São Jorge. Associadas do clube se manifestaram contra algumas polêmicas recentes envolvendo o oposicionista e acusaram o adversário da situação de ser “machista e racista”.
“Presidente racista não. Estamos em 2023! Existe machismo e racismo ainda? Fora do SCCP (sigla com as iniciais de Sport Club Corinthians Paulista)“, diz uma faixa estendida na parte interna do clube social. “Respeita as Minas. Não passarão“, diz outro cartaz – veja imagens abaixo.
Em nota divulgada, as associadas dizem que “este movimento não apenas repudia atitudes ofensivas, mas também reforça nosso compromisso coletivo com princípios fundamentais de igualdade e respeito”. O protesto foi pacífico em solidariedade à associada Cintia Montino. As protestantes entoaram gritos de “somos todas Cintias” durante a manifestação
Cintia Montino, assessora da diretoria administrativa do Corinthians, foi vítima de falas misóginas de Augusto Melo e registrou boletim de ocorrência contra o oposicionista no último sábado, 18. As ofensas foram gravadas em um áudio de WhatsApp que está circulando entre sócios e conselheiros no Parque São Jorge.
No áudio, que a Central do Timão teve acesso e que foi registrado no boletim de ocorrência, Augusto Melo faz a acusação de que a assessora estaria cobrando por serviços de natureza sexual: “A Cintia, eu vou pegar ela, e deixa que eu vou falar aqui que ela cobra dinheiro para dar a bu**** para os velhos aqui, deixa ela, eu vou catar ela aqui, vou acabar com ela aqui.”
Por meio de sua assessoria de imprensa ao UOL, Augusto Melo reconheceu ter sido o autor do áudio e manifestou arrependimento pelo uso dos termos utilizados. No entanto, classificou a denúncia como uma manobra eleitoral cuidadosamente planejada.
No boletim de ocorrência, Cintia relatou que enfrenta frequentes episódios de choro e vive com o receio de se deparar com Augusto, temendo que ele possa lhe causar danos. A preocupação decorre do fato de o candidato ser uma presença frequente no clube, onde seu grupo político exerce considerável poder e influência.
Racismo
Outra acusação das associadas no protesto diz que Augusto Melo é “racista”. Isso porque uma perícia feita em áudios que circulam na internet confirmou que alguns comentários racistas e machistas são de autoria do oposicionista.
Os áudios teriam sido gravados em 2018, quando Augusto estava no União Barbarense, time de Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo. O candidato de oposição chama uma cozinheira do clube de “gorda” e “negrona” em teor racista e, em outro arquivo, usa expressões machistas ao afirmar que “quem assiste futebol são os homens”, após dizer que “homem que paga” o plano de saúde de uma mulher não identificada.
“Quem paga o plano de saúde não é o marido, o namorado, o pai ou filho, sei lá, é homem que paga. Quem assiste futebol são os homens”, diz Augusto Melo em um áudio. “É os de sempre, né? A gorda ali em cima, a negrona, a cozinheira”, declara, em outro.
Em contato com a coluna do jornalista Diego Garcia, no UOL, Augusto Melo disse que a perícia é um “desespero” de seus rivais na eleição presidencial do Corinthians. Em entrevistas, o oposicionista declarou que as conversas são antigas e de quando não era mais assessor das categorias de base do clube, cargo que ocupou entre 2015 e 2017.
Eleições do Corinthians
O protesto das associadas acontece cinco dias antes das eleições que definirão o presidente do Corinthians para os anos de 2024, 2025 e 2026. O pleito está marcado para acontecer no sábado, 25, no Parque São Jorge. Augusto Melo disputa o cargo contra André Luiz de Oliveira, o André Negão, candidato que representa o grupo de situação Renovação & Transparência.
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Semana de eleição os caras metendo um louco o que a ganância desta atual diretoria não faz para se manter no poder mas São Jorge é justo.