O presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, conversou com a imprensa após a entrevista coletiva de apresentação de Cuca, na última sexta-feira, 21, e fez algumas considerações sobre o processo que precedeu a contratação do treinador. O mandatário disse que pesquisou tudo acerca da condenação do técnico por estupro na Suíça, em 1987, e concluiu acreditando que o técnico é inocente no caso.
Duilio disse que acredita na inocência de Cuca principalmente pelas palavras da vítima, Sandra Pfaffli, que não reconheceu o técnico como um abusador – outros três jogadores do Grêmio estiveram envolvidos no caso.
Por sua vez, Cuca jura que não tem qualquer culpa no caso. O técnico destacou que foi condenado à revelia, por não apresentar defesa na época. Sobre isso, o treinador alegou que não sabia do julgamento e não tinha dinheiro para pagar uma defesa. Ele foi condenado pela Justiça da Suíça por 15 meses, mas não pagou a pena. A Constituição do Brasil não permite a extradição de brasileiros e a condenação prescreveu em 2004.
De acordo com Duilio, o Corinthians fez uma investigação completa sobre o caso. O clube procurou os departamentos de compliance e jurídico acerca da situação do treinador. Patrocinadores também foram consultados e, por isso, a diretoria não teme a possibilidade de alguma marca solicitar a rescisão contratual.
O presidente também pediu a opinião da diretora de futebol feminino, Cris Gambaré, além do técnico Arthur Elias, e conversou com o elenco masculino para saber o que os jogadores pensavam sobre o caso de 1987. Os atletas, então, não contestaram a chegada de Cuca.
Por todas as consultas que precederam a chegada de Cuca, Duilio não concorda com quem diz que o Corinthians mancha sua história de luta por minorias e causas sociais com a contratação do técnico.
Em meio a protestos de parte da torcida, Cuca estreia como técnico do Corinthians neste domingo, 23, às 19h (horário de Brasília), contra o Goiás, na Serrinha. O jogo será válido pela segunda rodada do Brasileirão.
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