O Campeonato Brasileiro deste ano contará com alterações em algumas regras, entre elas, nova orientação da CBF para que árbitros punam mais rigorosamente reclamações de jogadores e integrantes das comissões técnicas. Na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, essa ordem rendeu 21 cartões, sendo 19 amarelos e dois vermelhos.
No jogo entre Corinthians e Cruzeiro, por exemplo, dois cartões foram distribuídos por conta dessa orientação. Pelo lado do time mineiro, o meia Nikão foi advertido, e pelo lado do Timão, Róger Guedes foi amarelado por reclamar com o árbitro Anderson Daronco, durante a revisão do VAR no gol marcado pelo atacante corinthiano.
A nova diretriz prevê que caso o árbitro se sinta excessivamente pressionado durante a partida pelos profissionais localizados na área técnica e banco de reservas, incluindo membros da comissão técnica, deve parar o jogo e aplicar o cartão amarelo ou vermelho. Os técnicos Abel Ferreira, do Palmeiras, e Maurício Barbieri, do Vasco, foram os primeiros a serem expulsos por este motivo.
A nova medida tem gerado muito debate. O ex-árbitro e atual comentarista de arbitragem do Grupo Globo, Sálvio Spínola, acredita que a nova conduta adotada pode gerar desgaste e gerar um conflito entre os juízes e os atletas.
“A medida cria uma guerra entre a arbitragem e o indisciplinado. Mandar punir é mandar ir para guerra e romper um relacionamento. O árbitro não é policial. Não deve sair de casa para punir alguém. Tem que punir o ato. O campeonato é longo. Como vai ficar essa arbitragem daqui a dez rodadas?”, questionou o ex-árbitro.
“Não é ser amiguinho do técnico. É construir uma ponte de relacionamento. É preciso estreitar o relacionamento, com uma ponte entre um e outro. Com esse buraco, vai faltar árbitro pro campeonato”, completou Sálvio.
A nova orientação faz parte de um pacote de mudanças que a CBF determinou para o Brasileirão deste ano. Além dela, também haverá a extensão do tempo de acréscimo, obedecendo a determinação da Fifa de que tenha 60 minutos de bola rolando, revisões do VAR no telão dos estádios e linhas de impedimento que, na dúvida, passarão a beneficiar os atacantes.
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