Corinthians lamenta morte do padre Jaime Crowe, referência na luta pelos direitos humanos em SP

• Por Kennedy Cardoso / Redação da Central do Timão

Uma das principais referências na luta contra a violência no Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo, o padre Jaime Crowe faleceu na última segunda-feira, aos 77 anos, na Irlanda, seu país natal, vítima de um infarto enquanto realizava exames no Limerick Regional University. Na manhã desta terça-feira, o Corinthians lamentou a perda.

“O Sport Club Corinthians Paulista lamenta o falecimento do padre Jaime Crowe. Nascido na Irlanda, Crowe dedicou a vida a lutar pelos direitos humanos, principalmente no Jardim Ângela, em São Paulo, e era um grande torcedor do Timão”, escreveu o clube – veja a publicação abaixo.

“É com muito pesar que a Sociedade Santos Mártires comunica o falecimento do Padre Jaime Crowe, ocorrido nesta madrugada (20/2) na Irlanda, em decorrência de uma parada cardíaca. Uma vida dedicada à luta pela equidade, pelos direitos humanos e pela paz para todas as pessoas. Neste momento, ainda nos faltam palavras para agradecer tudo o que o Padre Jaime nos ensinou com simplicidade, amor e carinho para com o próximo”, comunicou, em nota, a Sociedade Santos Mártires.

“Seu legado jamais será esquecido, e seus ensinamentos sempre estarão em nossos corações, afinal, como ele sempre parafraseou um provérbio africano: ‘Gente simples, fazendo coisas simples em lugares de pouca importância geram grandes transformações’. Que Deus conforte sua família e nossos corações. Saudações corintianas.“

Nascido na Irlanda, Jaime Crowe chegou ao Brasil em 1969 e esteve no Jardim Ângela, bairro que já foi considerado o mais violento de São Paulo, desde 1986. Na Paróquia Santos Mártires, o padre denunciou diversas violações aos direitos humanos e criou a sociedade civil e beneficente Santos Mártires, sem fins lucrativos, que atua na região do M’Boi Mirim.

Pelo seu trabalho na luta contra a violência em São Paulo, padre Jaime recebeu o Prêmio USP de Direitos Humanos em 2005. Já em 2016, foi escolhido como o vencedor do Prêmio de Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns.

Veja a publicação do Corinthians:

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