O Corinthians derrotou o Athletico-PR por 2 x 1, na noite deste sábado, e fez bonito em seu último teste para a final da Copa do Brasil. Balbuena, de cabeça, e Róger Guedes, de pênalti, marcaram os gols que garantiram a vitória alvinegra, na Neo Química Arena, em jogo válido pela 31ª rodada do Brasileirão.
Com um time alternativo e estreando sua nova terceira camisa, em homenagem ao Mundial de 2012, o Corinthians marcou seus gols ainda no primeiro tempo, e já vencia por 2 x 0 aos 22 minutos, tendo o total controle do jogo. Já no final da segunda etapa, o Athletico-PR diminuiu com Erick, mas não foi o suficiente para evitar que o Timão deixasse o campo sem mais três pontos na tabela.
E como fica?
O resultado faz o Corinthians pular duas posições e dormir na vice-liderança do Brasileirão, com 54 pontos. Para se manter na segunda colocação, o Timão precisa torcer para o Fluminense perder pontos contra o América-MG e para Goiás derrotar o Internacional, em jogos que serão realizados neste domingo.
O Corinthians, agora, foca todas as suas atenções na jogo de ida da final da Copa do Brasil, marcado para quarta-feira, dia 12 de outubro. O Timão recebe o Flamengo para abrir a decisão da competição nacional, em busca do tetracampeonato.
Escalação do Corinthians
Para o confronto, o técnico Vítor Pereira não pôde contar com três jogadores: o goleiro Cássio (trauma no pé), o zagueiro Gil (suspenso) e o volante Paulinho (em recuperação de uma lesão no joelho). Por outro lado, o treinador teve os retornos dos volantes Maycon e Fausto Vera e do lateral-direito Rafael Ramos.
Mesmo com poucos desfalques, o português optou por escalar um Corinthians alternativo, de olho no jogo de ida da final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, na quarta-feira. O Timão, portanto, entrou em campo com Carlos Miguel; Fagner, Balbuena, Robert Renan e Lucas Piton; Fausto Vera, Ramiro e Giuliano; Mateus Vital, Adson e Róger Guedes.
Escalação do Athletico-PR
Sexto colocado, o Atheltico-PR de Felipão entrou em campo buscando igualar os 51 pontos do Corinthians. O técnico não teve o capitão Thiago Heleno (suspenso) e o volante Fernandinho (poupado) para o duelo. Em contrapartida, contou com as voltas do zagueiro Pedro Henrique, do lateral-esquerdo Abner Vinicius e do atacante Vitor Roque.
Com poucas baixas, Felipão conseguiu montar um Athletico-PR próximo do ideal em Itaquera. Assim, o Furacão iniciou com Bento; Orejuela, Pedro Henrique, Nicolás Hernández e Abner Vinicius; Erick, Hugo Moura e David Terans; Vitinho, Vitor Roque e Canobbio.
Arbitragem
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) designou Anderson Daronco (FIFA-RS) para apitar o jogo. Ele foi auxiliado por Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (FIFA-RJ) e Rafael da Silva Alves (FIFA-RS) nas bandeiras. Já João Vitor Gobi (SP) foi o quarto árbitro, e Rafael Traci (SC) ficou responsável pela operação do VAR.
Primeiro tempo
O Corinthians foi o responsável pela saída de bola, mas a primeira chegada ao ataque foi do Athletico-PR, com apenas um minuto, em cobrança de lateral pela esquerda. O Furacão tentou passe em profundidade, e Carlos Miguel fez a defesa segura.
Os primeiros minutos foram do Athletico com posse de bola no campo ofensivo, mas sem encontrar espaços na zaga alvinegra. Aos três minutos, a primeira falta do jogo foi cometida por Pedro Henrique em cima de Róger Guedes, após o Corinthians tentar sair da sua defesa. Pouco depois, Nicolás colocou a mão na bola e o Timão teve nova infração, cobrada por Fagner e afastada pelos defensores adversários.
Primeiro gol do Corinthians: o Corinthians conseguiu abrir o placar na primeira finalização certa do jogo, aos cinco minutos. Fagner cobrou escanteio pela direita e mandou na cabeça de Balbuena, que venceu a marcação de Pedro Henrique e testou forte, no ângulo de Bento, sem chances para o goleiro rubro-negro – veja abaixo.
O jogo iniciou bem agitado, com as duas equipes tentando chegar ao ataque. O Athletico assustou pela primeira vez seis minutos depois do gol de Balbuena: Orejuela cruzou pela direita e encontrou Erick na segunda trave. Sem ângulo para finalizar, o volante ajeitou para trás e Vitor Roque chegou cabeceando. A bola saiu por cima da meta de Carlos Miguel.
O Corinthians respondeu quatro minutos depois. Róger Guedes foi lançado em profundidade e venceu a marcação em velocidade. Dentro da área, mas com pouco ângulo, o atacante finalizou e foi travado pelo zagueiro Nicolás Hernández. Em seguida, Fagner cobrou lateral diretamente para a área, e Adson chutou com perigo após bate-rebate.
No entanto, durante a jogada que originou a finalização de Adson, Ramiro levou uma entrada de Hugo Moura. Rafael Traci chamou Anderson Daronco para revisar o lance no VAR. Após a ida ao monitor, o árbitro anotou penalidade máxima para o Corinthians, aos 21 minutos.
Segundo gol do Corinthians: Róger Guedes assumiu a responsabilidade de um camisa 10, foi para a cobrança e converteu. O atacante chutou fraco, no meio do gol, mas foi o suficiente para vencer Bento e marcar mais um para o Corinthians na Neo Química Arena – veja abaixo.
Com o placar ainda mais favorável, o Corinthians foi deixando o jogo tranquilo e sem sofrer sustos do Athletico. Os dois zagueiros, Balbuena e Robert Renan, faziam partida segura e evitavam qualquer avanço rubro-negro. A primeira chegada do Furacão após o segundo gol alvinegro aconteceu após erro de Carlos Miguel na saída de bola, aos 31. Vitor Roque arriscou de longe com a defesa desarrumada, e isolou.
O Corinthians controlava o jogo, tanto com a bola quanto sem. Aos 34 minutos, Canobbio cobrou falta na intermediária, mandou para a área e Ramiro afastou, duas vezes. Na sequência, Adson mandou para longe. Pouco depois, Mateus Vital acionou Lucas Piton pela esquerda, o lateral cruzou em busca de Róger Guedes e a zaga rubro-negra mandou para escanteio. Fagner cobrou, mas o Timão não aproveitou.
Já aos 38 minutos, Róger Guedes recebeu nas costas da defesa, pela esquerda, avançou e finalizou por cima da meta de Bento. Mas, na sequência, o bandeira assinalouo impedimento do atacante. Dominante, o Corinthians seguia buscando suas chances, mas sem apertar o acelerador.
Sete minutos depois, o Timão teve outra boa chance com Róger Guedes. Do campo defensivo, Balbuena viu o atacante partindo em velocidade e acertou lindo lançamento. O camisa 10 acompanhou e ficaria cara a cara com Bento, mas errou o domínio e viu a bola ficar com o Athletico.
O árbitro Anderson Daronco acrescentou três minutos neste primeiro tempo. Já no tempo extra, o Furacão teve duas boas chances de diminuir a desvantagem: na primeira, Pedro Henrique ficou com a sobra após cobrança de falta na área e finalizou. A bola saiu em escanteio, cobrado na cabeça do zagueiro adversário, que tirou tinta da trave de Carlos Miguel. Em seguida, o juiz encerrou a etapa inicial com placar de 2 x 0 para o Corinthians.
Segundo tempo
O técnico Vítor Pereira realizou uma alteração no Corinthians durante o intervalo: Róger Guedes saiu e deu lugar a Yuri Alberto. Já no Athletico-PR, Felipão fez três modificações: saíram Hugo Moura, Vitor Roque e Canobbio para as entradas de Alex Santana, Cuello e Pablo.
O Furacão iniciou o segundo tempo buscando manter a posse de bola no ataque, para diminuir o prejuízo logo nos primeiros minutos. E a estratégia resultou na primeira finalização da etapa final, aos três, quando o Rubro-Negro mandou muito por cima do gol de Carlos Miguel.
O primeiro lance de perigo do Corinthians aconteceu aos seis minutos, com Adson. O meia-atacante recebeu pela esquerda e foi costurando a marcação de Orejuela. O colombiano precisou cometer falta no meia-atacante, rente à linha da grande área. Fagner cobrou e mandou nas mãos de Bento.
Já aos nove minutos, o Athletico colocou Carlos Miguel para realizar uma defesa difícil pela primeira vez no jogo. Terans recebeu pelo meio após furada de Fausto Vera, carregou e mandou uma bomba, de fora da área. O goleiro alvinegro, de 2,04m, se esticou todo para espalmar com a ponta dos dedos e mandar para escanteio.
Após a cobrança, os jogadores do Furacão ficaram pedindo pênalti por um suposto toque na mão de Fausto Vera, em meio a um bate-rebate na área. Daronco conversou com Rafael Traci, e mandou o jogo seguir.
Aos 15 minutos, Vítor Pereira fez mais duas mudanças no Corinthians: entraram Rafael Ramos e Gustavo Mosquito nas vagas de Fagner e Adson, respectivamente.
O Corinthians começou a se fechar na defesa no segundo tempo, e o Athletico-PR foi ganhando campo. Mesmo assim, a equipe paranaense ainda não conseguia levar perigo concreto ao Timão.
Já aos 19, Felipão decidiu fazer mais uma alteração no Athletico. O treinador Khellven no lugar de Orejuela.
Logo após a modificação, o Corinthians quase marcou o terceiro, na primeira finalização de Yuri Alberto. O centroavante recebeu na entrada da área e chutou forte e alto, de perna esquerda. A bola não pegou efeito, mas Bento teve de espalmar para escanteio.
O primeiro cartão amarelo da partida veio apenas aos 24 minutos do segundo tempo, para Ramiro. O volante atropelou Erick no meio-campo e foi advertido pelo árbitro Anderson Daronco. Logo após o reinício do jogo, Terans recebeu cruzamento na entrada da área, cabeceou no canto e exigiu mais uma ótima defesa de Carlos Miguel, que espalmou para escanteio.
Pendurado no jogo, Ramiro foi o escolhido por Vítor Pereira para deixar o campo logo após a intervenção de Carlos Miguel. O volante foi substituído por Du Queiroz.
Depois da modificação no Corinthians, Carlos Miguel teve de trabalhar novamente, em um bom momento do Athletico na partida. Vitinho finalizou rasteiro, da entrada da área, e o goleiro defendeu, mas não conseguiu segurar e deu rebote. O Furacão insistiu no lance, e a zaga alvinegra levou a melhor.
O Corinthians só voltou a assustar aos 30 minutos, quando Mateus Vital escapou da marcação no meio-campo e enxergou Gustavo Mosquito passando em velocidade na direita. O atacante dominou passe do meio-campista, avançou e finalizou fraco. O chute bateu na marcação, no meio do caminho, e Bento teve de espalmar para escanteio, mal aproveitado pelo Timão.
Dois minutos depois, Vítor Pereira chamou Maycon no banco de reservas. Ovacionado pela torcida do Corinthians, o volante entrou na vage Giuliano e voltou a atuar após mais de dois meses. Ele sofreu uma fratura no dedo do pé no início de agosto, contra o Flamengo, na Libertadores, e se recuperava desde então.
Primeiro gol do Athletico-PR: aos 35 minutos, o Athletico conseguiu escanteio. Cuello cobrou na primeira trave, na cabeça de Erick. O volante antecipou a marcação de Balbuena, venceu Carlos Miguel e diminuiu para o Furacão.
Após o reinício do jogo, Balbuena recebeu atendimento médico após sofrer um choque de cabeça com Erick no lance do gol. O Corinthians atuou com um jogador a menos durante alguns minutos. Já aos 38 minutos, Carlos Miguel ficou caído e também precisou ser atendido. Tanto o goleiro quanto o zagueiro paraguaio seguiram em campo.
O Athletico-PR, que já havia tido uma melhora no segundo tempo ainda antes do gol de Erick, se lançou ao ataque em busca do empate. Aos 44 minutos, Fausto Vera fez dois cortes seguidos dentro da área e evitou o segundo gol rubro-negro na partida.
Ao som de “é quarta-feira” nas arquibancadas, em alusão à final da Copa do Brasil, o Corinthians se segurava para garantir mais três pontos no Brasileirão. E teve de esperar mais cinco minutos para comemorar, tempo acrescido no segundo tempo pelo árbitro Anderson Daronco.
O Corinthians ainda chegou a assustar aos 46 minutos, quando Yuri Alberto limpou o lance com um toque de letra e deixou Mateus Vital em boas condições no ataque, pela esquerda. O meio-campista tentou o cruzamento, mas foi parado pela marcação. Os minutos finais foram dramáticos para o Timão, que sofria na defesa para garantir a vitória.
E o Athletico chegou muito perto do empate aos 49: Terans deu passe de cavadinha para Abner Vinicius por cima da zaga alvinegra, e o lateral emendou uma bicicleta, que passou perto da trave de Carlos Miguel. Depois desse lance, Daronco encerrou o duelo, e o Corinthians deixou o campo com mais uma vitória no Brasileirão.
Estatísticas gerais (SofaScore)
Corinthians: dois gols marcados, 51% de posse de bola, sete finalizações (três no gol, uma para fora e três travadas), cinco escanteios, quatro impedimentos, dez faltas cometidas, um cartão amarelo (Ramiro), uma grande chance criada (nenhum perdida), três defesas de Carlos Miguel, 322/411 passes, 20/65 bolas longas, 1/13 cruzamentos, 11/18 dribles, 149 perdas da posse de bola, 55 disputas de bola vencidas, dez disputas aéreas vencidas, 19 desarmes, 13 interceptações e 23 cortes.
Athletico-PR: um gol marcado, 49% de posse de bola, 19 finalizações (quatro no gol, oito para fora e sete travadas), seis escanteios, nenhum impedimento, 16 faltas cometidas, nenhum cartão amarelo sofrido, duas grandes chances criadas (uma perdida), uma defesa de Bento, 297/387 passes, 38/73 bolas longas, 7/21 cruzamentos, 4/10 dribles, 150 perdas da posse de bola, 42 disputas de bola vencidas, 15 disputas aéreas vencidas, 13 desarmes, seis interceptações e 14 cortes.
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