Na manhã desta terça-feira, 3, sete clubes da Série A do Brasileirão assinaram, em um hotel em São Paulo, um documento que prevê a criação da nova Liga Brasileira. De início, Corinthians, Flamengo, América-MG, Red Bull Bragantino, Palmeiras, Santos e São Paulo, que estão na elite nacional, e o Cruzeiro, que está na Série B, se comprometeram com a Codajas Sports Kapital.
Um novo encontro entre os clubes, desta vez com a participação prevista de todos os 40 times das Séries A e B, foi marcado para a próxima semana. A reunião irá acontecer na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Todas as informações foram inicialmente divulgadas pelo “Globo Esporte”.
Corinthians, Red Bull Bragantino, Flamengo, Palmeiras, São Paulo e Santos foram os responsáveis pela convocação do encontro desta terça-feira, em São Paulo. Todos eles estão mais alinhados com a proposta da empresa Codajas Sports Kapital e pelo banco BTG, que deve organizar a Libra.
Representantes de 18 equipes da Série A compareceram na reunião, com exceção apenas de Cuiabá e Juventude. O presidente Duilio Monteiro Alves foi quem falou em nome do Corinthians. Cruzeiro, Guarani, Ponte Preta, Sport e Vasco foram os únicos times da segunda divisão nacional que estiveram no encontro.
Apesar das assinaturas, ainda há divergência entre dois grupos formados por clubes da primeira divisão. O primeiro conta com os cinco paulistas e com o Flamengo. O segundo é um movimento criado por dez times emergentes no cenário nacional (América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude), que recebeu o nome de “Forte Futebol”.
O desentendimento se dá por conta da divisão das receitas de TV. Por terem as maiores torcidas do Brasil e, consequentemente, o maior Ibope, Corinthians e Flamengo sempre se mostraram favoráveis a receberem maior parte do montante. A Codajas propôs divisão com 40% dos valores fixos, 30% variável pela performance e 30% por audiência, mas o “Forte Futebol” deseja a repartição em 50%, 25% e 25%, respectivamente. Isso deve ser alinhado nas próximas reuniões.
Os clubes não se reuniam formalmente para tratar do assunto desde 15 de março, quando a La Liga (Campeonato Espanhol) apresentou uma proposta para a administração da Liga Brasileira. A situação preocupava dirigentes. Há cerca de um mês e meio, a oferta espanhola para a divisão das receitas era a seguinte: 50% de forma igualitária, 25% conforme o desempenho e 25% de acordo com a audiência, o que inclui torcedores nos estádios.
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