Formado nas categorias de base do Corinthians, o zagueiro Carlão estreou na equipe profissional do Timão em 2006, com 20 anos, e teve a oportunidade de atuar ao lado de estrelas como Javier Mascherano e Carlos Tévez. Apesar de ter convivido com os argentinos por pouco tempo, o brasileiro lembra muito bem de histórias envolvendo a dupla e de como era a personalidade dos ex-companheiros.
Carlão recorda que o atacante, que acabou se tornando ídolo do clube, era um pouco mais tímido e não se comunicava tanto com o restante do elenco. Por outro lado, Mascherano era mais brincalhão e, nas concentrações, sempre oferecia chimarrão para o zagueiro.
“Na época, o Tévez, realmente, não se comunicava muito com os outros. Ele tinha o Betão, que era muito próximo, mas não se comunicava muito com os outros. O Mascherano já era mais comunicativo. Até cheguei a fazer algumas concentrações com eles. Mas, por mais que seja uma língua próxima à nossa, o jogador se retrai por não estar no seu país. É algo natural. Mas, por mais que não se comunicasse, ele fazia muito bem em campo”, declarou Carlão à “ESPN”.
“Eu lembro que ele tomava algo como chimarrão e, em toda concentração, ele falava: ‘Toma, Carlão, é gostoso’. E eu relutei até o final (risos)”, brincou.
Mesmo com as histórias inusitadas e brincadeiras, o estrelado elenco de 2005 e 2006 também acabava se desentendendo nos bastidores. Porém, para o zagueiro, que atualmente defende a Ferroviária e está com 36 anos, as brigas eram motivadas pela pressão pelos resultados que aquele time sofria.
“É normal, às vezes, por um resultado adverso, que haja discussão, algo normal. Quem cresce no Corinthians, tem muito isso. Aquela pressão de ganhar sempre, sempre, sempre. Aí, em um intervalo, há um resultado que não condiz com a camisa e há discussão. Vim calejado da base, sabendo que era algo super normal um cobrar o outro. Fazia parte. Para mim, era só mais um.”
“Quando se tem jogadores, muitas estrelas juntas, ou o ambiente é maravilhoso, ou não. Acho difícil ter um meio-termo. No futebol, ninguém é obrigado a ter amizade com ninguém. Lógico que um ambiente bom agrega muito. Mas faz parte, você chega para fazer um trabalho, não precisa estar conversando com ninguém, mas precisa fazer seu trabalho”, concluiu.
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